Há sete meses, a Justiça determinou que a prefeitura de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, retire o terminal de ônibus do Largo Santo Antônio, no centro da cidade. A decisão, no entanto, ainda não foi cumprida porque o governo municipal recorreu da sentença.
Para a Justiça, o terminal está abalando a estrutura do prédio do convento que fica em frente ao ponto de ônibus. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o intenso movimento de ônibus provoca trepidação e prejudica a estrutura do convento, prédio tombado pelo instituto.
A retirada definitiva do terminal do Largo Santo Antônio ainda não tem data. De acordo com a Procuradoria Geral do Município, o processo está suspenso até que seja concluído um estudo de mobilidade urbana e assim definido o melhor lugar para a construção do novo terminal.
Uma área de 5.400 metros quadrados, na Avenida Julia Kubitschek, a cerca de 50 m do atual terminal, está sendo avaliada pela prefeitura. O projeto já foi até encaminhado para o parecer preliminar do Iphan. A gerente regional do instituto, Gabriela Silgueiro, explica que acompanha o processo, mas o prazo para a remoção do terminal agora é com a justiça.
No local, chegam e partem 16 linhas, passando cerca de 8 mil passageiros diariamente. Quem passa pelo terminal reclama que não há qualquer tipo de sinalização indicando o destino e horários dos ônibus. Além dos problemas estruturais, há também a falta de segurança. É comum os passageiros embarcarem nos ônibus no meio da rua, já que os veículos param em fila dupla por falta de espaço.
De acordo com o secretário de Transporte de Cabo Frio, Victor Moreira, na reunião desta sexta-feira (27) a prefeitura apresentou uma proposta de sinalização do terminal, mas o Iphan solicitou um projeto para análise. A prefeitura informou que vai elaborar o projeto, mas não deu prazo para isso.
Já a empresa responsável pelo transporte coletivo na cidade, Auto Viação Salineira, informou por meio de nota que não tem nada a declarar sobre o assunto, transferindo para a prefeitura toda a responsabilidade sobre o tema.
Imagens: Reprodução
Informações: G1 Região dos Lagos
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