A Prefeitura de Cuiabá não desiste e corre contra o tempo para buscar junto ao Ministério dos Transportes a viabilização da construção de um segundo modal de transporte coletivo para a Copa de 2014: o BRT. A proposta é que o BRT complemente o trajeto do VLT. Ocorre que falta menos de um ano para o Mundial e a prefeitura ainda está na fase de refazer o projeto que fora apresentado há alguns anos. Depois dessa etapa, virá ainda a fase de aprovação do financiamento para assegurar os recurso, a licitação e o início do empreendimento.
O secretário municipal de Cidades, Suelme Evangelista, explica que o município não conseguiu emplacar o modal até agora porque as linhas do BRT eram as mesmas do VLT e eles se tornariam concorrentes. Agora a prefeitura está refazendo o traçado para que o ônibus articulado com faixa exclusiva não choque com o metrô de superfície. “O BRT vai sair da estação do Altos do Parque e integrar toda aquela região passando pelo Tijucal, Avenida das Torres, Osmar Cabral e chegando ao Pedra 90, além de ter um braço de alimentação no Parque Cuiabá”, explica.
Já o VLT, que já iniciou as obras, integrará a região do Comando Geral da PM, na avenida do CPA, até o aeroporto internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, e ainda terá um braço que ligará a região do Coxipó até o Morre da Luz na região Central por onde passará a linha central. O BRT também é feito para atingir o desempenho e qualidade de um sistema de metrô, mas com a simplicidade, flexibilidade e custo de um sistema de ônibus. Por isso, trafegam em canaletas exclusivas ou vias elevadas e possuem estações e ônibus de qualidade.
O sistema foi defendido por Blairo Maggi (PR) na época em que foi governador, mas quando Silval Barbosa (PMDB) assumiu o Governo em março de 2010, conseguiu mudar a matriz de responsabilidade firmada com a FIFA para que o transporte da Copa passasse a ser o VLT. Mesmo custando R$ 1,4 bilhão, quase o triplo do valor do BRT (R$ 563 milhões), sob a justificativa de que é mais moderno e eficiente com vida útil maior. Com o abandono do projeto do BRT pelo Governo do Estado, o ex-prefeito Chico Galindo (PTB) até tentou assumir a empreitada para si para que fosse mais uma opção de transporte coletivo, mas não teve força política ou tempo hábil para viabilizá-lo.
Informações: Cenário MT
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