Os protestos contra o aumento da passagem de ônibus, ocorridos em junho em todo Brasil, geraram resultados em São Paulo que vão além da revogação do aumento: a Câmara Municipal instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as planilhas de custos das companhias com a prefeitura, que há duas semanas cancelou o processo de licitação para renovar os convênios. Os contratos, que vencem no dia 17, foram prorrogados por um ano.
Até lá, a prefeitura vai avaliar o desempenho dos consórcios, que, juntos, devem abocanhar R$ 46 bilhões em 15 anos. Pressionada pelo Ministério Público, a SPTrans, empresa que gere a operação das linhas, formulou um ranking – a que o iG teve acesso – com o desempenho de cada uma.
Rafael Brito/Futura Press |
A lista foi dividida entre as empresas permissionárias e concessionárias, entre as companhias que levam a população da Região Metropolitana para os subcentros da capital (por meio de vans e micro-ônibus) e aquelas que recolhem esses passageiros para levá-los até o centro expandido. As empresas foram classificadas de acordo com o número de reclamações recebidas em relação ao volume de passageiros transportados.
As reclamações mais comuns são: superlotação, comportamento inadequado dos condutores, falta de paradas nos pontos, intervalo excessivo entre ônibus da mesma linha, más condições dos pontos e não realização de partidas.
Na lista das 16 empresas concessionárias, a Expandir – que pertence ao Consórcio Plus – é a campeã de reclamações. Responsável por levar a população da zona nordeste (entre a zona leste e a cidade de Guarulhos) para o centro, a companhia teve uma média de 112 denúncias por mês no ano passado, segundo o levantamento. Este ano, o pico de queixas foi em janeiro (214). Em abril, o número caiu para 59 e voltou a subir para 120 em maio, longe da meta de 31 queixas mensais estipulada pela SPTrans.
Na sequencia, aparece a Oak Tree (Consórcio Sudoeste), que circula na zona oeste. Ela apresentou média de 88 reclamações no ano passado, pico de 155 queixas em março deste ano e meta de 28. O bronze ficou com a Novo Horizonte (Consórcio Leste 4), com média de 1072 reclamações em 2012. Como é uma das maiores frotas da cidade, a meta é que as reclamações mensais não passem de 262.
No lado oposto da lista aparece a Transkuba, a concessionária mais bem avaliada. Atuante na região sudoeste, sua meta é de 117 reclamações por mês, mas em maio último ela havia recebido 104 queixas. Ela é seguida pela Gatusa e Campo Belo, que servem a mesma região.
Entre as vãs e micro-ônibus, a empresa Nova Aliança está na primeira e na terceira colocações no ranking de reclamações. Isso ocorre porque ela atua nas regiões nordeste e sudoeste. A Fenix aparece na segunda e quarta posições, com veículos no norte e noroeste de São Paulo, enquanto a Cooperlíder, com atuação na zona sul, ocupa a terceira posição. (Confira a tabela completa abaixo).
Prestação de Contas
O levantamento foi organizado pela SPTrans, que desde o dia 28 de junho se comprometeu a se reunir uma vez por mês com o Ministério Público e com representantes das concessionárias e permissionárias para debater as queixas e traçar soluções para melhorar o transporte público. “A intenção é reduzir as reclamações ao longo do tempo”, afirma o promotor Saad Mazloum, que participou do encontro. “As companhias se comprometeram a apresentar soluções para as queixas mais frequentes.”
Veja o ranking completo:
Concessão
Expandir
Oak Tree
Novo Horizonte
VIP ´
Ambiental
Via Sul
VIP
Sambaiba
Transppass
Mobibrasil
Gato Preto
VIP
Santa Brígida
Cidade Dutra
Tupi
Gato Preto
Campo Belo
Gatusa
Transkuba
Permissão
Nova Aliança
Fenix
Nova Aliança
Fenix
CooperLíder
Unicoopers
Transcooper
Transcooper
CooperPam
Transcooper
Cooperalfa
Coopertranse
Associação Paulistana
CooperPam
Informações: Ultimo Segundo
0 comentários:
Postar um comentário