A Prefeitura de Manaus conclui neste mês de junho, os estudos sobre um novo sistema de transporte coletivo: o Veículo Leve sobre Pneus (VLP) ou “Translorh”. A opção em estudo custaria ao poder público R$ 1,6 bilhão.
Conforme o cronograma das empresas francesas NTL, fabricante dos veículos, e a de engenharia Ingerop, se a conclusão do trabalho indicar condições favoráveis, a implantação do modelo em Manaus será viabilizada por meio de parcerias com empresas financiadoras.
A ideia, segundo o superintendente Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho, é dar a concessão dos serviços em troca do financiamento do projeto. Carvalho conheceu o VLP, há dois meses, numa viagem a Clermont-Ferrand, na França, onde ele está sendo implantado.
Carvalho destacou que o VLP, ou ônibus guiado, é um sistema com características semelhantes ao BRT (Bus Transit Rapid) e ao Monotrilho. O sistema (VLP) utiliza carros semelhantes a ônibus movidos a energia elétrica que percorrem trajetos em cima de trilhos.
De acordo com o cronograma, a decisão sobre a escolha do sistema será feita com o aval dos governos Federal, Estadual e Municipal, bem como o anuncio da licitação. No mês seguinte, a escolha e contratação da empresa. O próximo passo, aconteceria em setembro com a apresentação do projeto básico proposto pela empresas. E dois meses depois, seria feita a encomenda dos veículo.
A malha viária, segundo Carvalho, seria de 41,5 quilômetros com 83 paradas e pólos de integração. Para o superintendente, seriam necessários 40 veículos com quatro vagões e 44 com seis vagões para atender a demanda de mobilidade urbana da cidade.
A implantação do sistema de transporte por VLP, conforme Pedro Carvalho, também permitirá a integração com o sistema de transporte coletivo atual, exatamente nas estações de onde partirão as chamadas linhas alimentadoras. “O projeto da Prefeitura de Manaus prevê a implantação de solução eficiente de transporte em via segregada, já integrada ao novo arranjo de eixo de transporte e terminais de ônibus em estudo pelo órgão municipal”, comentou.
A solução exposta já é realidade em diversas cidades do mundo que adotaram o mesmo sistema de transporte, a exemplo de Medelin (COL), Shanghai (CHI), Veneza (ITA) e Clermont Ferrand e Saint-Denis (FRA). Nesta última, onde esteve em meados de abril deste ano, o superintendente da SMTU, Pedro Carvalho, juntamente com a equipe técnica do órgão, acompanharam todo o processo de implementação do sistema VLP na cidade. “É um sistema de transporte suave e atraente, assim como as estações de integração”, diz.
Por Naferson Cruz
Informações: A Crítica Manaus
1 comentários:
Boa tentativa, mas péssima escolha de sistema, já que a empresa NLT é a única que produz esse tipo de veículo. A pergunta é a seguinta: E se for necessário a mudança de fornecedor? Ou se o mesmo fornecedor resolva parar a produção desses tipos de veículo? Será então necessário escolher outro tipo de sistema.
A escolha do VLT (Veículos Leves sobre Trilhos) seria a melhor escolha, já que é um sistema padrão (não importa qual seja o fornecedor ou em que país seja produzido, este tipo de veículo pode ser usado em qualquer sistema) e existem vários fornecedores no mundo, caso um deles também resolva parar a produção.
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