Os usuários de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) devem ficar atentos à paralisação de três horas prevista para acontecer das 16h às 19h de hoje, com início, portanto, no mesmo horário do início das manifestações que serão realizadas na capital. Mesmo advertidos pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de que a suspensão do serviço é ilegal durante as negociações e que a atitude pode resultar em demissões, os trabalhadores decidiram manter o ato.
A liderança do movimento afirmou que a população terá como voltar para casa após o trabalho, pois a frota será restabelecida após as 19h. Os organizadores calculam que 60% da categoria cruzarão os braços hoje. Será a segunda paralisação em seis dias. Na última sexta-feira, os rodoviários interromperam as atividades pela manhã, no Centro e em alguns terminais, mas os efeitos na mobilidade foram sentidos até a noite.
“Independentemente do dia ou da hora, enquanto as partes estiverem negociando perante o MPT, inclusive com a participação do movimento oposicionista à administração atual do sindicato profissional, não será tolerada nenhuma forma ilegal de paralisação que venha causar tumulto ou prejuízo à sociedade”, destacou o procurador regional do Trabalho, Aluisio Aldo da Silva Júnior, durante audiência de negociação na última terça-feira.
O próximo encontro está marcado para o dia 25. Os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho, aumento de 33% nos salários de motoristas e fiscais, estabelecimento de piso de R$ 1,2 mil para cobradores e o acréscimo de R$ 140 no ticket-alimentação. Eles também querem mudança na presidência do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário, que representa oficialmente a categoria no estado e é responsável por participar das rodadas de negociações com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado (Urbana-PE).
Ontem, o MPT oficiou o Comando Geral da Polícia Civil e a Secretaria de Defesa Social, além do Gabinete Civil do Estado de Pernambuco, para recomendar a implementação de medidas que visem preservar a ordem pública e o serviço de transporte de passageiros. “Democracia é a responsabilidade de conviver com a disciplina da lei e por isso, estando aberta a negociação coletiva, não se podem criar obstáculos ao seu objetivo maior, que é o direito do trabalhador em conjunto com a convivência pacifica da sociedade”, acrescentou o procurador regional do trabalho.
Informações: Diário de Pernambuco
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