No segundo dia de greve no transporte coletivo da Grande Florianópolis, os ônibus novamente não saíram das garagens na manhã desta terça-feira (11). Em reunião na noite de segunda (10), o sindicato dos trabalhadores decidiu não cumprir a frota mínima de 100% em horários de pico e 50% nos demais estabelecida pelo Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT/SC).
Os participantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Floriantópolis (Sintraturb) votaram no final da noite de domingo (9) pela greve. Na segunda (10), os ônibus não saíram das garagens.
Nesta terça, a Secretaria Municipal de Transportes de Florianópolis vai disponibilizar novamente um transporte alternativo através de vans que saem do Centro em direção aos bairros. Sobre o preço das passagens para esses veículos, que custam entre R$ 5 e R$ 7, o secretário Valmir Piacentini afirmou, em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, que "não dá para comparar a capacidade um ônibus e de uma van. Há um custo para ser dividido por menos pessoas do que no ônibus". Ele também disse que a posição do executivo da capital é "determinar ao Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município de Florianópolis (Setuf) que coloquem os ônibus nas ruas".
A Justiça convocou uma rodada de negociações com todos os envolvidos para as 14h desta terça (11).
Sem acordo
O secretário de comunicação do Sintraturb, Dionísio Linder, disse que os grevistas só cumprirão a decisão com a catraca livre. Já o presidente do Setuf, Waldir Gomes da Silva, afirmou que fez a chamada dos empregados e disponibilizou a frota, mas aqueles que queriam trabalhar foram impedidos por colegas. A proposta de 'catraca livre' feita pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus de Florianópolis na tarde desta segunda-feira (10) foi considerada uma "palhaçada" pelo secretário de Transportes, Mobilidade e Terminais da prefeitura, Valmir Piacentini, que defendeu a manutenção de frota mínima determinada pela Justiça.
Trânsito
Às 7h da manhã desta terça (11), o trânsito já começava a ficar complicado na capital. A situação já era de congestionamento na Via Expressa em direção à Ilha, até a Ponte Pedro Ivo Campos. O fluxo também já começava a ficar lento nas saídas do Continente, em Coqueiros e no Estreito, também indo para a Ilha. Havia lentidão também na Avenida Beira-Mar Norte.
O trânsito fluía bem na Avenida Gustavo Richard e na SC-401, no Norte da Ilha. É preciso lembrar, porém, que a partir das 9h o fluxo deve ficar em meia pista no quilômetro 19 devido às obras que estão sendo realizadas na chamada "curva da morte".
Transporte alternativo
A Prefeitura elaborou um plano de ação para o transporte dos usuários. Serão cerca de 200 vans e micro-ônibus do serviço de turismo e escolar, distribuídos em cinco pontos da cidade, todas com saída do centro em direção aos bairros. Para levar os passageiros às regiões da capital, entre às 6h e 23h, a condução terá dois valores: R$ 5 e R$ 7.
Os veículos que vão para o Continente saem da frente do Terminal Rodoviário Rita Maria, com o custo de R$ 5. Já os que têm destino ao Centro-Leste, partem da parada de ônibus localizada embaixo da passarela da Avenida Paulo Fontes. Será cobrado R$ 5 de quem desembarcar até o ponto do Morro da Lagoa e R$ 7 para quem descer nas paradas posteriores. As pessoas que vão ao Norte da Ilha devem embarcar em frente ao camelódromo do Terminal de Integração do Centro. O camelô defronte ao Terminal Cidade de Florianópolis será o ponto do moradores do Sul. Ambas as viagens terão o custo de R$ 7.
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, os veículos cadastrados na Prefeitura tem número de registro colado na traseira. Além disso, está sendo fixado no para-brisa dos veículos um papel com a bandeira da cidade durante o período em que as vans e micro-ônibus estiverem operando.
Informações: G1 SC
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