O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Goiás (Sindittransporte) anunciou no último domingo (28) a paralisação dos motoristas de ônibus do transporte coletivo de Goiânia. A greve, que deve se iniciar à meia-noite de quinta-feira, 1º de maio, é motivada pelo impasse quanto ao reajuste salarial dos motoristas.
A proposta inicial era de reajuste de 19% enquanto a contraproposta oferecida pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (Setransp) foi de 6,75% no aumento salarial. A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE-GO), que atua como mediadora no impasse, sugeriu índice de 10% para o reajuste de salário e 30% para os tickets alimentícios – os motoristas pediram inicialmente 35%.
De acordo com a assessoria de imprensa do Sindittransporte, os motoristas estão dispostos a aceitar os valores sugeridos pela SRTE-GO, mesmo que estes estejam abaixo do desejado. Já o Setransp, contudo, não se mostrou apto a aceitar o proposto, o que acarretou que o sindicato dos motoristas determinasse a paralisação.
Ainda nesta segunda-feira (29), será encaminhado um ofício para o Setransp e o Ministério Público, informando-os da greve, bem como o presidente do Sindittransporte, Alberto Magno, deverá se reunir com representantes do Setransp para determinar a frota que circulará no período.
Em nota enviada à reportagem, o Setransp, no entanto, afirmou que “se mantém determinado e dedicado a um entendimento com os representantes dos motoristas, de forma a garantir a continuidade dos serviços públicos de transportes de passageiros.” Para o sindicato das empresas, “manifestações sobre eventual paralisação da categoria são legítimas e comuns neste período de dissídio, mas não refletem o espírito de negociação e entendimento mantidos entre as partes”.
Cumprindo a legislação específica, que determina um intervalo mínimo de 72 horas entre o comunicado e o efetivo início da paralisação, para serviços considerados essenciais, os motoristas aguardam até o dia 1º de maio. A greve não tem tempo determinado para sua duração, mas pode ser suspensa inclusive neste prazo de 72 horas, caso o Setransp aceite as negociações.
0 comentários:
Postar um comentário