Circular pelo trânsito do Recife hoje é uma tarefa cada vez mais difícil, é só circular pelas principais vias da cidade e vê carros e mais carros parados no trânsito.
E ao vermos esses carros engarrafados, podemos observar que mais de 80% deles só levam mesmo seus condutores, e nestas mesmas vias vemos os ônibus transportando muito mais pessoas. Se fomos levar a constituição ao pé da letra, em que todos temos os mesmos direitos, então numa via com 03 vias por exemplo, 02 deveriam ser destinadas ao transporte coletivo, pois este transporta mais de 70% da população.
O secretário João Braga disse que o rodízio será diferente do que ocorre em São Paulo e deve funcionar nos horários de pico, das 6h30 às 8h30 e das 17h às 19h.
Porém esta medida é vista de maneira errada por quem usa os carros é claro, e este será o maior entrave a ser vencido para colocar esta medida em prática. Hoje, cerca de 1 milhão de carros circulam pela Região Metropolitana e as perspectivas para os próximos anos é que mais carros ainda ocupem as vias da cidade.
Lei da Mobilidade Urbana, permite aos municípios adotar rodízios e até fazer Pedágios Urbanos
Uso sustentável do automóvel
Além de orientar a expansão do transporte coletivo, a lei traz também medidas de racionalização do uso do automóvel. Entre elas, estão dispositivos não econômicos ou econômicos. Assim, os municípios passam a poder aplicar taxas para a circulação de carros em determinadas regiões, o chamado pedágio urbano. O valor arrecadado será necessariamente vinculado com a ampliação do transporte coletivo. “É uma medida importante, pois possibilita a criação de um financiamento privado para o setor de transporte”, esclarece Gomide, diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest). Cabe destacar que a implantação ou não das taxas é uma decisão de cada prefeitura.
“A lei estabelece instrumentos para mudar aos poucos relação da sociedade brasileira com o carro. Ela assume que o uso intensivo de transporte individual causa mais custos que benefícios e que quem causa esses custos deve pagar por eles, e não jogar para a sociedade. Ao mesmo tempo, estabelece mecanismos de incentivo aos meios coletivos e mais sustentáveis. Mas isso vai depender muito mais da pressão da sociedade que de uma imposição”, afirma Alexandre Goimide. “A lei não é contra a posse do automóvel, mas coloca a maneira de usá-lo de forma mais inteligente e sustentável”, completa.
O fato é que somente com investimentos em transporte coletivo, é que veremos uma mobilidade urbana mais justa na cidade, pois quando o motorista estiver no seu carro parado e vê ao seu lado os ônibus transitarem livremente, certamente ele pensará duas vezes em sair de carro todos os dias.
Blog Meu Transporte
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