Para acabar com os assaltos a ônibus, o consórcio PróUrbano prevê o fim do uso de dinheiro em espécie para o pagamento dos bilhetes do transporte coletivo dentro dos veículos. O diretor do consórcio, Luís Gustavo Vianna, diz que a ideia partiu da própria Polícia Militar. A Transerp diz que vai estudar a proposta.
“Demos sugestões da retirada desse dinheiro em espécie de dentro dos ônibus. Antes nós tínhamos só 50 pontos de recarga de cartões na cidade, hoje são 250 o que atende perfeitamente o sistema. Agora falta uma decisão conjunta da Transerp e da prefeita [Dárcy Vera]”, afirma.
O assunto foi levantado em reunião ocorrida no palácio do Rio Branco, onde representantes do consórcio pediram intensificação do policiamento para ações preventivas, tendo em vista os dois ônibus queimados na última segunda-feira (25) como suposta forma de retaliação à morte de um traficante ocorrida momentos antes, no Ipiranga.
O coronel José Roberto Malaspina, da PM, diz que a média mensal de roubos em 2012 dentro de ônibus foi de quatro casos. “Durante esses três meses de 2013 sabemos que não tem chegado a três casos por mês. O perfil desses assaltantes são jovens do sexo masculino que usam o dinheiro roubado para manter a dependência química”, afirma.
A retirada deixa os usuários divididos. “Acho que não vai ser bom porque você vai ter que andar sempre com o cartão recarregado, vai exigir tempo do passageiro”, explica Renato Cardoso, 25 anos.
A auxiliar de limpeza Ivonice Aparecida das Dores, 52 anos, acha que vai facilitar bastante o troco e ajudar na agilidade do embarque. “Só uso o cartão, acho que vai resolver o problema dos assaltos”, afirma.
Outros acham que a remoção do dinheiro das passagens pode fazer com que o assaltante se volte para os passageiros. “Vai chegar para roubar e não vai ter dinheiro aí ele vai roubar quem? A gente”, afirma a doméstica Deise Alexandre de Carvalho.
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