A pane de cerca de uma hora acontecida ontem no metrô é recorrente no Distrito Federal. Só nos dois primeiros meses do ano, um trem parou pelo menos quatro vezes e provocou transtornos aos usuários e atraso nas viagens. Ainda mais comuns são falhas registradas quase diariamente, como a religação do sistema em minutos. “Para a nossa felicidade, poucas panes dessas chegam ao conhecimento da imprensa. Muitas vezes, nem o passageiro percebe”, reconhece o diretor de Operação e Manutenção da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF), Fernando Sollero.
Ele afirma que as falhas existem no Brasil e no mundo, “apesar de o Metrô-DF trabalhar para que elas não aconteçam”. Segundo Sollero, o sistema para ao identificar alguma falha por uma questão de segurança. A empresa identificou que a pane de ontem ocorreu no sistema de sinalização e controle, responsável por manter os comboios afastados. “Ele desliga para que um trem não bata no outro”, explica o diretor de Operação e Manutenção do Metrô.
Quando uma composição interrompe a viagem, há dois procedimentos possíveis: no primeiro, o piloto consegue religar o sistema e o trem chega à próxima estação, em uma velocidade mais baixa, e deixa os passageiros. Caso não volte a funcionar imediatamente, o veículo aguarda um reboque para levá-lo até o terminal seguinte. “Falhas semelhantes ocorrem em outros metrôs do país, em Belo Horizonte, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Não é problema específico de Brasília”, ressalta Sollero. “Em uma situação normal, o trem que apresentou defeito iria para a manutenção, os técnicos trocariam a peça defeituosa e ele estaria rodando à tarde. Mas hoje (ontem) (os passageiros) quebraram todo o veículo”.
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