Há anos a situação dos pontos de ônibus em Porto Velho é crítica. Sobram transtornos aos passageiros, que pagam pelo serviço, mesmo deficitário. O recurso para a execução do Plano de Mobilidade Urbana da capital gira em torno de R$ 90 milhões e, segundo o secretário de Trânsito do município, Carlos Gutemberg, o projeto básico já foi aprovado em Brasília. Mas se o governo federal não liberar a verba à Prefeitura de Porto Velho, os 2,5 mil pontos de ônibus devem continuar como estão.
Em uma das principais avenidas da capital, nem mesmo dois abrigos juntos conseguem oferecer o mínimo de conforto aos passageiros. Para fugir do sol, que toma conta dos bancos, Ingrid Silva Ferreira precisa esperar o coletivo em pé. “É precário né. Se chover a condição é a mesma. Aí tem que esperar assim, ou no sol ou na chuva”, conta a usuária do transporte coletivo.
Além da espera de mais de uma hora, o ajudante de entrega Fernando Bezerra precisou sentar sobre um pedaço de concreto para garantir uma sombra. “Fazer o que? Tem que esperar, tem que depender dos ônibus para chegar em casa”, diz Bezerra.
A situação já foi tema de uma audiência pública em Porto Velho, no fim de janeiro. A precariedade dos veículos que circulam pelas ruas também foi alvo de fiscalização. No começo de fevereiro 13 coletivos foram retirados de circulação por causa de irregularidades na documentação dos veículos.
Segundo Carlos Gutemberg, secretário de Trânsito, a execução de melhorias no setor do transporte público está orçada em cerca de R$ 90 milhões. “Porto Velho tem 2,5 mil paradas de ônibus e nós pretendemos melhorar consideravelmente essas paradas com construção de abrigos, proteção de sol, de chuva”, afirma Gutemberg.
Mas não se sabe quais cidades serão contempladas com os recursos. Sem a verba federal, o transporte coletivo deve permanecer como está. “O orçamento que recebemos esse ano não contempla recursos para a execução de alguns desses serviços”, garante o secretário.
Informações: G1 RO
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