A Prefeitura de São Paulo pretende lançar programa em conjunto com a iniciativa privada para a construção de shoppings sobre terminais de ônibus da cidade, segundo apurou o G1 com um representante da gestão de Fernando Haddad nesta sexta-feira (25). De acordo com a proposta inicial, quatro dos 31 terminais já foram selecionados para receber a iniciativa.
Para sair do papel, o projeto deve ser aprovado pela Câmara Municipal. A prefeitura estuda o modelo de parceria público-privada para os contratos com empresas que serão responsáveis pelos espaços. O projeto da Prefeitura deve ser enviado para votação em fevereiro, quando os vereadores voltam do recesso.
O objetivo é conseguir recursos para a administração municipal com o aluguel das lojas. O dinheiro arrecadado deve ser utilizado na reforma e manutenção dos atuais terminais e na construção de novos.
Segundo a proposta inicial, quatro locais passariam a ter centros comerciais. No Centro, os escolhidos foram os terminais Bandeira e Parque Dom Pedro 2º. Na Zona Sul, foram selecionados os terminais Grajaú e Campo Limpo.
As lojas serão construídas sobre a estrutura do terminal e devem ser similares aos modelos dos Shoppings Tatuapé e Santa Cruz, segundo o governo. Não foram divulgados outros detalhes do projeto.
Futuramente, a ideia é que os centros comerciais cheguem a outros terminais de regiões populosas da cidade, como Santana e Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte.
A Prefeitura avalia que, com a verba das PPPs, será possível modernizar o método de embarque e desembarque dos passageiros e das informações fornecidas, como com a colocação de paineis que mostram o itinerário do veículo e tempo de espera. O recurso ainda não está disponível atualmente em todos os locais.
Ainda de acordo com a Prefeitura, a medida também será uma forma de acelerar a expansão do transporte urbano em São Paulo. Na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) havia promessa de entregar nove nos terminais urbanos, mas somente dois foram concluídos: Campo Limpo e Pinheiros.
Como funciona a parceria público-privada
As chamadas PPPs são contratos de prestação de serviços ou obras firmados por entre 5 ou 35 anos entre empresas e o governo federal, estadual ou municipal. A principal diferença em relação às concessões é a forma de pagamento.
Na concessão comum, a remuneração da empresa vem de tarifa cobrada ao usuário. Nas PPPs, as empresas são pagas diretamente pelo governo ou pela combinação de tarifas cobradas mais recursos públicos. O pagamento é vinculado ao cumprimento de metas estabelecidas em contrato.
Por Tatiana Santiago
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