O primeiro trem de alta velocidade capaz de circular em áreas de temperaturas extremamente baixas fez neste sábado sua primeira viagem, através de três províncias do nordeste da China, informou a agência estatal de notícias Xinhua.
A linha ferroviária pretende revitalizar a indústria, em parte obsoleta, dessa região remota do país asiático, que disponibiliza 67 viagens diárias. Hoje, quatro deles saíram de forma simultânea às 9h locais das cidades de Harbin, Changchun, Shenyang e Dalian. O percurso Harbin-Dalian foi construído por russos e japoneses no século passado, convertendo-se em uma via de acesso ao nordeste da China por parte dos países vizinhos.
A nova linha funcionará paralelamente com os velhos trens de indústria russo-japonesa, mas a primeira fará o percurso pelas três províncias na metade de tempo da antiga, o que deve levar ao estímulo das indústrias química, automobilística e manufatureira locais.
A linha, de 921 km de extensão, entrou em funcionamento após ser submetida a testes durante dois meses, nos quais a região foi sacudida por fortes nevascas e temperaturas de até 40 graus negativos.
Antes de ser colocado em prática o trajeto Harbin-Dalian, havia apenas três linhas ferroviárias circulando em áreas de frio extremo, todas no norte da Europa e na Rússia, mas sem a velocidade dos trens chineses e com um percurso muito menor.
As três linhas juntas somam menos de 700 km, e a mais rápida, que une Moscou e São Petersburgo, chega a 250 km/h em períodos não superiores a 20 minutos.
"A nova linha de trens de alta velocidade representa um grande progresso para o projeto de construir "quatro serviços verticais" e "quatro horizontais" deste tipo", afirmou hoje à Xinhua Lu Chunfang, vice-ministro do Ministério de Ferrovias.
Até o momento, a China tem 8,6 mil km de trilhos de trens de alta velocidade, o que a coloca na liderança mundial do setor. No entanto, o governo pretende estimular ainda mais suas conexões ferroviárias, e pretende chegar à marca de 18 mil km de trajetos de trens de alta velocidade em 2015.
Informações: Portal Terra
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