A implantação do sistema eletrônico que auxiliará deficientes visuais a usar o transporte público de forma independente pode se tornar realidade. A BHTrans apresentou parecer favorável quanto ao projeto do DPS 2000. A apresentação do relatório aconteceu na manhã dessa segunda-feira, durante a última plenária realizada pela Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania, realizada por meio do Conselho Municipal de Pessoas Portadoras de Deficiência de Belo Horizonte (CMPPD).
De acordo com a BHTtans, além da capital mineira, o analista de transportes e trânsito da BHTRANS, Marcos Fontoura, sinalizou a importância de o sistema ser ampliado para atender toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), passando de três mil para seis mil ônibus utilizando o sistema de radiofrequência.
Para que o sistema seja adotado, o analista de transporte e trânsito Marcos Fontoura pontuou recomendações, em relatório que foi entregue ao CMPPD, que precisarão ser avaliadas e corrigidas através de uma comissão técnica especial, que deverá ser criada para dar continuidade ao processo e fazer com que o DPS 2000 se torne totalmente viável na capital.
Segundo Fontoura, o custo do investimento seria de R$ 5 milhões, somente para Belo Horizonte. Se estendido para a Região Metropolitana, os custos devem dobrar, afirma o analista.
O sistema DPS2000 permite que o deficiente visual acione o ônibus correto e seja avisado por um alarme sonoro quando o veículo se aproxima. Na capital, 20 voluntários do Instituto São Rafael aprenderão como usar o equipamento na tarde desta quinta-feira. Pela manhã, foi a vez dos motoristas da linha 4205 (Ermelinda-Salgado Filho), que contará com 13 ônibus equipados com dispositivos sonoros.
Segundo o diretor comercial da Geraes Tecnologias Assistivas, Adriano Rabelo Assis, o projeto do DPS2000 foi desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) há mais de 10 anos, mas ainda não estava disponível por não haver viabilidade mercadológica. Criada em 2009, a empresa licenciou a patente da universidade e, desde então, faz o desenvolvimento e comercialização do equipamento.
O sistema consiste em dois aparelhos: o transmissor, que fica com o usuário, e o receptor, instalado no ônibus. O aparelho que fica com o passageiro é do tamanho de um celular, com uma tecla móvel. Através dele, é possível cadastrar as linhas de ônibus do usuário com menus vocalizados pelo dispositivo. Ao chegar ao ponto de embarque, o passageiro escolhe a linha no aparelho e este emite um sinal que alcança 100 metros de distância.
Quando o coletivo entra na área de alcance, o auto-falante do receptor instalado no coletivo emite um bip avisando ao motorista que há um portador de deficiência que quer embarcar no próximo ponto. Na parada, o dispositivo sonoro, que fica instalado próximo à porta, informa repetidamente o número da linha permitindo que o deficiente visual se direcione para o local onde o veículo parou. O auto-falante só é desligado pelo passageiro, através do transmissor, após o embarque.
Informações: Estado de Minas
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