Motoristas e cobradores do Distrito Federal iniciaram nesta quinta-feira (5) uma paralisação de 24 horas pelo pagamento de um reajuste de 7,88%. Segundo o sindicato a categoria, o índice havia sido acertado em convenção coletiva e deveria começar a ser pago nos salários de maio.
A paralisação dos rodoviários deixou os pontos de ônibus cheios. Na Rodoviária do Plano Piloto, passageiros recorriam ao transporte pirata para poder chegar ao trabalho.
Com a greve, o Metrô passou a funcionar às 5h30, meia hora antes do horário normal, e disponibilizou trens extras para os horários de pico (das 6h às 9h e das 16h30 às 20h).
O presidente do sindicato da categoria, João Osório, estima que a paralisação atinja 13 mil rodoviários, incluindo motoristas e cobradores das cooperativas de transporte. Nesta sexta (6) os motoristas e cobradores voltam a trabalhar normalmente. Está marcada para domingo (8) uma assembleia para decidir sobre uma possível greve geral da categoria.
Acordo
No ano passado, um acordo assinado entre os rodoviários e as empresas evitou a greve geral da categoria. O acordo previa reajuste de 7,88% nos salários, na cesta básica e no ticket refeição feita pelas empresas de ônibus.
O acordo previa também as manutenção dos benefícios garantidos pela no acordo coletivo de 2010, além do pagamento de R$ 150 por trabalhador para garantir plano de saúde e de R$ 15 para seguro odontológico.
Metrô
O metrô do DF também já tem um aumento considerável no número de passageiros na manhã desta quinta-feira (5/7). Segundo a assessoria de imprensa do órgão, foram colocados dois trens extras em circulação no horário de pico, que vai até às 9h. Ao todo, são 26 veículos a disposição da população. A empresa ainda abriu o serviço 30min mais cedo. Para o final da tarde, o número de trens também será igual ao da manhã. O vagões param de rodar às 23h30, como de costume.
Rodovias
Enquanto isso, cidadãos que tem carro tentam chegar ao trabalho enfrentando longos congestionamentos, que tomaram conta das principais vias do Distrito Federal. O tráfego na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), Estrutural, Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e BR-040, que liga Luziânia à Brasília, está fluindo com muita lentidão devido ao excessivo número de veículos.
Transporte pirata
Embora seja ilegal, a opção para muitas pessoas tem sido o transporte pirata e as lotações. O aposentado José Dantas da Silva, 47 anos, não teve escolha. Ele saiu de casa em Águas Claras às 3h30 e ficou duas horas no ponto de ônibus, até que devidiu pegar um transporte ilegal com destino à Taguatinga para embarcar no metrô. Ainda assim Silva não conseguiu e até às 7h o aposentado não tinha conseguido entrar no transporte.
Informações: G1 DF e Correio Braziliense
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