O transporte intermunicipal entre Araraquara (SP) e São Carlos (SP) tem sido alvo da reclamação dos usuários que utilizam a linha diariamente. Segundo eles, a superlotação e a falta de manutenção dos ônibus são os principais problemas.
De acordo com os estudantes, os atrasos nas viagens são constantes. “Eu pego esse ônibus todo dia de manhã e a cada dia é uma história nova de ônibus quebrado ou atrasado. A gente tem horário. Parece que a empresa não está nem aí para o conserto e para a manutenção. Parece que o ônibus é de graça e não é”, diz a estudante Mariana de Oliveira.
O estudante Matheus Zingarelli depende do transporte há sete anos. Segundo ele, a falta de manutenção e o excesso de passageiros são graves. “Vai gente em pé e eu não entendo porque isso não é proibido, já que é uma viagem entre duas cidades. Também há falta de cobradores em alguns horários, o que acaba onerando o motorista, que tem que fazer cobrança, verificar certidão de nascimento de crianças”, afirma.
Na sexta-feira passada, Zingarelli seguia viagem quando o ônibus em que ele estava quebrou. O veículo ficou parado no acostamento e muitos passageiros desceram. “Chegando em Ibaté ele bambeava a qualquer aceleração. A chuva e a neblina ainda prejudicaram a viagem. O ônibus já vai lotado com 45 pessoas sentadas e mais gente em pé. Eles colocaram a vida de 60 pessoas em risco e o carro poderia ter sido trocado por causa do problema mecânico”, diz o estudante.
Responsáveis
A empresa responsável pelos ônibus afirmou que os veículos usados na linha entre Araraquara e São Carlos são novos e passam por revisões regularmente. Para evitar a superlotação, a empresa informou que coloca carros extras nos horários de pico.
A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e as prefeituras são responsáveis pela fiscalização do transporte intermunicipal.
Em nota, a assessoria da Artesp informou que em 2012 a ouvidoria já recebeu cinco reclamações sobre a empresa, mas nenhuma por superlotação. Ainda segundo a Artesp, nesse tipo de linha os passageiros podem viajar em pé.
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