Não deu tempo nem de aproveitar as melhorias na Linha Oeste do metrô de Fortaleza. A ação de vândalos quebrou os vidros e amassou parte das laterais dos seis veículos leves sobre trilhos (VLTs) colocados em circulação há pouco mais de três meses no percurso entre a Capital e Caucaia e obrigou a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) a retirá-los da operação para conserto. Com isso, o percurso entre Fortaleza e Caucaia, de 19,5 quilômetros, voltou a ser feito pelos veículos "Pidner" com locomotivas.
De acordo com o Metrofor, foram investidos R$ 120 milhões na compra e em melhorias dos veículos, que estão fora de circulação
Foto: Kid Júnior |
De acordo com o assessor da presidência do Metrofor, Fernando Mota, foram mais de 100 pedradas que destruíram as janelas dos 24 vagões distribuídos nos seis VLTs. "É uma pena que o vandalismo de alguns prejudique tanta gente", lamenta. Ele informa que foram investidos, tanto nas benfeitorias estruturais quanto na compra dos veículos, cerca de R$ 120 milhões. "E tudo para oferecer maior comodidade aos passageiros da Linha Oeste", assegura.
O tempo de espera entre um trem e outro aumentou. Era de 30 minutos e, agora, é de 45 minutos, o que vem provocando muita reclamação por parte dos usuários. Na manhã de ontem, a reportagem embarcou em um dos dois veículos em circulação atualmente e conferiu a tranquilidade em alguns horários e o sufoco em outros com a lotação dos vagões. "Essa demora é complicada para quem usa o trem há 15 anos", lastima a professora Maria Lúcia de Moura.
"É triste sim, e lamentamos também, mas a redução foi em consequência da depredação nos veículos novos", rebate Fernando Mota, frisando que o tempo de espera antes dos "Pidners" chegou a ser de uma hora.
As duas locomotivas e oito carros que compõem a linha são responsáveis pelo transporte de mais de 12 mil pessoas por dia - a maioria formada por profissionais liberais, estudantes e operários - entre as estações João Felipe, Álvaro Weyne, Padre Andrade, Antônio Bezerra, São Miguel, Parque Albano, Conjunto Ceará, Jurema, Araturi e Caucaia. O primeiro horário é às 5h30, de segunda-feira ao sábado. Desde a semana passada, o trem não circula aos domingos e feriados pela baixa quantidade de passageiros.
Horários de pico
A exemplo dos ônibus, os horários de pico na manhã e fim de tarde e noite são os mais concorridos. "Tem hora que não dá nem para respirar direito de tanta gente", diz a dona de casa Margarete Vieira. Mesmo assim, ela não troca o trem pelo ônibus. "Moro em Caucaia e vou ao Conjunto Ceará. De trem, são 25 minutos e, de busão, chega a mais de uma hora", compara.
A dona de casa Raquel Pinto concorda. "Se for sair de ônibus do Centro para o Conjunto Ceará, gasto mais de uma hora e, de trem, são apenas 25 minutos sem engarrafamentos", destaca.
No horário normal, viajar de trem é sinônimo de tranquilidade. Que o diga a professora Jaqueline de Araújo. Ela faz o percurso Padre Andrade/Caucaia sentada e aproveita para ler. "São 30 minutos. Não dispenso uma boa leitura e a viagem de trem me dá esse prazer", afirma.
Outra questão observada pelos passageiros é que, nesses veículos, não existem mapas ou sinais sonoros para identificação das estações. "A gente tem que saber de cor e salteado as estações, senão passa reto", diz o aposentado Francisco de Assis de Oliveira.
A rapidez da viagem, o custo baixo - a tarifa custa R$ 1,00 (inteira) - e um conforto maior do que nos demais transportes públicos são as grandes vantagens da linha férrea.
Melhorias
Fernando Mota, ainda destaca que os trens em operação passaram por reforma e ganharam visual moderno, sendo totalmente revestidos em fibra de vidro reforçado e pintura automotiva, além de sistema de climatização usado em veículos ferroviários de última geração.
Também foram colocadas, nas novas composições, janelas em policarbonato, mais resistentes contra atos de vandalismo; pisos em PVC/PRFV, que apresentam uma resistência mecânica mais elevada; e bancos com assentos individuais. Foram realizadas, ainda, melhorias na iluminação e nas portas.
O tempo de espera entre um trem e outro aumentou. Era de 30 minutos e, agora, é de 45 minutos, o que vem provocando muita reclamação por parte dos usuários. Na manhã de ontem, a reportagem embarcou em um dos dois veículos em circulação atualmente e conferiu a tranquilidade em alguns horários e o sufoco em outros com a lotação dos vagões. "Essa demora é complicada para quem usa o trem há 15 anos", lastima a professora Maria Lúcia de Moura.
"É triste sim, e lamentamos também, mas a redução foi em consequência da depredação nos veículos novos", rebate Fernando Mota, frisando que o tempo de espera antes dos "Pidners" chegou a ser de uma hora.
As duas locomotivas e oito carros que compõem a linha são responsáveis pelo transporte de mais de 12 mil pessoas por dia - a maioria formada por profissionais liberais, estudantes e operários - entre as estações João Felipe, Álvaro Weyne, Padre Andrade, Antônio Bezerra, São Miguel, Parque Albano, Conjunto Ceará, Jurema, Araturi e Caucaia. O primeiro horário é às 5h30, de segunda-feira ao sábado. Desde a semana passada, o trem não circula aos domingos e feriados pela baixa quantidade de passageiros.
Horários de pico
A exemplo dos ônibus, os horários de pico na manhã e fim de tarde e noite são os mais concorridos. "Tem hora que não dá nem para respirar direito de tanta gente", diz a dona de casa Margarete Vieira. Mesmo assim, ela não troca o trem pelo ônibus. "Moro em Caucaia e vou ao Conjunto Ceará. De trem, são 25 minutos e, de busão, chega a mais de uma hora", compara.
A dona de casa Raquel Pinto concorda. "Se for sair de ônibus do Centro para o Conjunto Ceará, gasto mais de uma hora e, de trem, são apenas 25 minutos sem engarrafamentos", destaca.
No horário normal, viajar de trem é sinônimo de tranquilidade. Que o diga a professora Jaqueline de Araújo. Ela faz o percurso Padre Andrade/Caucaia sentada e aproveita para ler. "São 30 minutos. Não dispenso uma boa leitura e a viagem de trem me dá esse prazer", afirma.
Outra questão observada pelos passageiros é que, nesses veículos, não existem mapas ou sinais sonoros para identificação das estações. "A gente tem que saber de cor e salteado as estações, senão passa reto", diz o aposentado Francisco de Assis de Oliveira.
A rapidez da viagem, o custo baixo - a tarifa custa R$ 1,00 (inteira) - e um conforto maior do que nos demais transportes públicos são as grandes vantagens da linha férrea.
Melhorias
Fernando Mota, ainda destaca que os trens em operação passaram por reforma e ganharam visual moderno, sendo totalmente revestidos em fibra de vidro reforçado e pintura automotiva, além de sistema de climatização usado em veículos ferroviários de última geração.
Também foram colocadas, nas novas composições, janelas em policarbonato, mais resistentes contra atos de vandalismo; pisos em PVC/PRFV, que apresentam uma resistência mecânica mais elevada; e bancos com assentos individuais. Foram realizadas, ainda, melhorias na iluminação e nas portas.
SAIBA MAIS
Linha Oeste Fortaleza/CaucaiaPercurso
19,5 quilômetros
Estações
João Felipe, Álvaro Weyne, Padre Andrade, Antônio Bezerra, São Miguel, Parque Albano, Conjunto Ceará, Jurema, Araturi e Caucaia
Número de passageiros
12 mil usuários por dia
Número de viagens
40 por dia
Valor da tarifa
R$ 1,00 (inteira) e R$0,50 (meia)
Horários
A partir das 5h30 em intervalos de 45 minutos até as 19h45. Devido ao pequeno número de passageiros, os trens não funcionam aos domingos e feriados
Fonte: Diário do Nordeste
Linha Oeste Fortaleza/CaucaiaPercurso
19,5 quilômetros
Estações
João Felipe, Álvaro Weyne, Padre Andrade, Antônio Bezerra, São Miguel, Parque Albano, Conjunto Ceará, Jurema, Araturi e Caucaia
Número de passageiros
12 mil usuários por dia
Número de viagens
40 por dia
Valor da tarifa
R$ 1,00 (inteira) e R$0,50 (meia)
Horários
A partir das 5h30 em intervalos de 45 minutos até as 19h45. Devido ao pequeno número de passageiros, os trens não funcionam aos domingos e feriados
Fonte: Diário do Nordeste
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