O último relatório operacional divulgado pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) informa que, entre 16h e 17h, 44,09% da frota total dos ônibus da Capital estavam nas ruas. Em dias comuns, a frota prevista seria de 1.506 ônibus, mas somente 664 estavam em operação até as 17h.
O Sindicato dos Trabalhadores Transporte Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro) foi notificado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) por volta do meio-dia desta quarta-feira (20) a cumprir um percentual mínimo de 70% de ônibus no horário de pico e 50% nos demais horários. Mesmo não tendo se pronunciado ainda sobre a determinação do TRT, o Sintro cumpriu, até as 16h, os números mínimos estabelecidos pelo tribunal. De acordo com o TRT, o descumprimento da determinação acarretará em multa diária de R$ 50 mil ao Sintro.
Para o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará
(Sindiônibus), a decisão do TRT não é suficiente. O sindicato pretende colocar
toda a frota para funcionar. Sobre as negociações com os motoristas, o
Sindiônibus afirma que todas as propostas apresentadas até agora estão nulas, e
as negociações serão realizadas pela Justiça do Trabalho, através do TRT.
O Sintro afirmou que nenhuma proposta de negociação para o fim da greve foi
feita desde a deflagração do movimento, e que o Sindiônibus não entrou em
contato com a diretoria do Sintro para oferecer propostas para o fim da greve.
Às 16h a diretoria do sindicato dos trabalhadores vai se reunir para avaliar,
entre outros assuntos, a paralisação e a decisão do TRT.
Protestos
Com a greve dos motoristas de ônibus, o dia começou com quebradeira, poucos
coletivos circulando e garagens fechadas pelos sindicalistas nos locais de
concentração dos veículos. Um
ônibus foi quebrado em frente ao Terminal da Integração da Parangaba na manhã
desta quarta-feira (20).
A
greve também repercutiu nas redes sociais, mostrando as queixas dos usuários
sobre a paralisação do transporte coletivo em Fortaleza.
Algumas pessoas reclamaram do aumento no preço das corridas de mototáxi, que
estariam se aproveitando
da falta de ônibus para subir o preço das viagens. A alta foi de R$ 3 a R$ 5
por corrida.
Fonte: Diário do Nordeste
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