A greve do transporte público em cinco capitais brasileiras que são gerenciadas pela CBTU (Companhia Brasileira de Transportes Urbanos) completa uma semana nesta segunda-feira (21), sem negociações.
Porto Alegre (RS) aderiu à paralisação durante a manhã. De acordo com a Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários), os metroviários e ferroviários reivindicam por aumento salarial.
Os metroviários de Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal decidiram pela greve no último dia 14 de maio. Os sindicatos dos metroviários de cada capital afirmam que estão abertos a negociações com a CBTU para que a greve termine, mas durante sete dias a empresa não cedeu às reivindicações da categoria.
Segundo o presidente da Fenametro, Paulo Roberto Pasin, na última sexta-feira (18), o presidente da CBTU convocou uma reunião com todos os sindicatos dos Estados envolvidos na paralisação, mas não compareceu. De acordo com Pasin, representantes da empresa colocaram em pauta o retorno dos trabalhos, ainda sem o reajuste salarial, para que, a CBTU pudesse argumentar com o Governo Federal algum índice para o aumento.
— Essa atitude de sequer aparecer na reunião demonstra que ele não se preocupa em resolver o problema. Diante disso, todas as assembleias decidiram manter a greve.
De acordo com dados da Fenametro, a paralisação em Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal afeta cerca de 500 mil pessoas, impacto que é reduzido com a operação dos trens nos horários de pico, ou seja, mesmo durante a greve, o transporte público opera em determinados horários.
São Paulo
Os metroviários da capital paulista afirmam que a greve da categoria acontecerá na próxima quarta-feira (23), em função do descaso do Governo do Estado de São Paulo com os funcionários e usuários do transporte público.
Segundo a Fenametro, o Metrô-SP apresentou a proposta de reajuste salarial de 4,15% — aplicável ao vale-refeição e cesta básica —,aumento real de 0,5% e participação nos resultados a partir de fevereiro de 2013. Para o sindicato, esses números são inaceitáveis, sendo que a categoria exige reajuste salarial de 5,13% e aumento real de 14,99%.
O presidente da Federação Nacional dos Metroviários afirma que neste ano houve apenas reuniões com o Governo onde nenhuma negociação foi concluída.
De acordo com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, a categoria ainda espera que o Metrô de São Paulo apresente uma segunda proposta para que a greve não aconteça.
O diretor executivo do Sindicato dos Metroviários, Alexandre Carvalho Leme, após o anúncio da paralisação o Metrô exigiu que 100% da frota circule na data, visando não afetar a população.
Fonte: R7.com
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