Às vésperas da última rodada de negociações entre o Sindicato dos Rodoviários e os empresários do setor, a população de Salvador vive a expectativa de que um acordo seja firmado para que a greve do principal segmento de mobilidade urbana na capital não seja deflagrada.
No entanto, o impasse parece estar longe de ser resolvido. Jorge Castro – representante da entidade patronal (Setps) nas reuniões com a categoria – disse que entre as exigências contidas na pauta entregue no dia 27 de março, o reajuste salarial é “de fato” o grande impasse para o consenso.
“Nós [Setps] não temos nenhuma condição de acatar todas as solicitações dos trabalhadores, principalmente a questão do reajuste, que só iremos poder negociar no mês de setembro. Amanhã [terça-feira, dia 15] vamos tentar contar com o bom senso da categoria para chegarmos a um acordo”, reiterou. Segundo Castro, o Setps está interessado no acerto, mas não poderá impedir a interrupção das atividades por parte dos motoristas e cobradores de ônibus, caso eles não aceitem a contraproposta.
“Vamos ter que apelar para a criatividade, buscar um consenso. No entanto, se não houver um acordo e eles resolverem instalar a greve, terá que haver dissídio coletivo”, avisou, sobre a possibilidade de os empresários levarem o pleito à Justiça do Trabalho.
Os trabalhadores reivindicam um reajuste de 13,8% – que corresponde à inflação do período calculada pelo Diesee (5,37%), mais 8% de ganho real e quinquênio –, um incremento de 15% para 30% na participação dos lucros, aumento no vale-alimentação de R$ 10,7 para R$ 15, e de 26 para 30 dias, com o pagamento também no período de férias, fim da terceirização, plano de saúde pago pelos empresários para titulares e dependentes, entre outros itens. Desde a entrega da pauta de reivindicações, nove assembleias entre as partes já aconteceram, mas todas sem um parecer final.
Fonte: salvadorbahianews.com.br
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