Quem precisa pegar ônibus no Terminal da Calçada, em Salvador, é obrigado a ficar três horas em média à espera do transporte público. O terminal fica próximo à estação de trem, na região da Cidade Baixa, e a maioria das linhas é para municípios da região metropolitana e Litoral Norte.
Foto: Reprodução TV |
Mato, lixo, entulho e moradores de rua, que dormem debaixo dos abrigos, fazem parte do ambiente do terminal, que está localizado na Avenida Oscar Pontes, no bairro da Calçada. A sensação de falta se segurança, especialmente à noite, é reclamação constante dos usuários. "Se você olhar aqui ao redor, praticamente não tem [segurança]. Eu digo para vocês que se não tivesse outras pessoas, eu não estaria aqui, iria procurar até pagar um transporte a mais, mas não ficaria aqui", afirma o encarregado de serviços gerais, Maurício Marinho.
Nem todo mundo tem confiança em ficar agurdando o transporte dentro do terminal. A auxiliar administrativa Priscila Reis prefere procurar abrigo em um bar, enquanto espera ônibus para Candeias, cidade da região metropolitana de Salvador. "Aqui é um lugar ermo, não tem nenhuma segurança, vários usuários de drogas circulando pelo local, o ônibus já está quase duas horas atrasado e nós preferimos ficar aqui, que é um local mais movimentado", afirma. Já a cozinheira Telma de Souza conta que sofreu dois assaltos no mesmo terminal. "Levaram duas vezes o meu celular", comenta.
O líder comunitário da Calçada, Antônio Batista, acrescenta que, para além da falta de segurança, o terminal não tem mínima infraestrutura. "O pessoal não tem, infelizmente, onde fazer as necessidades fisiológicas, faz no meio da rua. É uma situação de extrema calamidade e nós somos vítimas, sempre. Sem contar as outras coisas, como as drogas. É preciso tomar uma providência. Pagamos impostos de primeira e os serviços são de terceira", afirma.
O motorista do ônibus diz que também evita parar o ponto do terminal porque o local não traz segurança para os profissionais e usuários. "O pessoal já sabe, uma boa parte já estava até aqui no ônibus, o ponto não é de confiança, tem muito ladrão", afirma Euclides da Cruz.
Fonte: G1 BA
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