Transporte Coletivo não precisa de quantidade apenas, mas de qualidade.
Assim, não bastam as empresas de ônibus colocarem mais veículos nas ruas, ou as operadoras de trem e metrô mais composições nos trilhos, se os serviços não focarem o bom atendimento e a relação digna com a comunidade que é responsável pela sobrevivência desta empresa de ônibus.
Assim, não bastam as empresas de ônibus colocarem mais veículos nas ruas, ou as operadoras de trem e metrô mais composições nos trilhos, se os serviços não focarem o bom atendimento e a relação digna com a comunidade que é responsável pela sobrevivência desta empresa de ônibus.
E o setor de transportes coletivos mostra a diferença entre operadoras de ônibus. Enquanto há viações que são retiradas do sistema por ilegalidades e má prestação de serviços e outras que usam de artifícios como atraso no pagamento de salários e direitos trabalhistas, outras buscam acompanhar a modernização da sociedade, que está mais crítica e conta com órgãos mais atuantes em defesa da população como o Ministério Público e parte de uma imprensa mais participante no dia a dia das pessoas.
Todas as empresas de ônibus, metrô ou trem objetivam o lucro. O que não é erro nenhum, afinal, não deixa de ser um negócio (de responsabilidade pública, mas outorgado à iniciativa privada) e quanto melhor for a condição da empresa, mais possibilidade ela tem de investir em avanços.
Para reconhecer os esforços destas empresas, a ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos, realiza o Prêmio de ANTP de Qualidade.
As cinco melhores empresas do País, de acordo com a análise das bancas julgadoras compostas por técnicos são:
Viação Fortaleza (Ceará), Expresso Medianeira (Rio Grande do Sul), Viação Nobel (Paraná), Itamaracá Transportes (Pernambuco) e Trensurb (Rio Grande do Sul).
A premiação é realizada a cada dois anos.
Todos os critérios de avaliação são extremamente rigorosos e boa parte se baseia no MEG Modelo de Excelência de Gestão da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade.
Para serem certificadas, as empresas não são avaliadas apenas na prestação de serviços nas ruas. Diversos aspectos são avaliados como: Eficiência e formas de gerenciamento, viabilidade econômica da empresa, segurança e ambiente de trabalho, instalações da garagem, adequação quanto a evolução tecnológica operacional e no atendimento ao cliente, relacionamento com a comunidade e respeito aos aspectos ambientais.
Assim, não é analisado apenas se os ônibus são novos, velhos ou se atrasam, apesar de estes fatores serem levados em consideração.Ações espontâneas de apoio a pessoas carentes e programas de preservação da natureza, como reaproveitamento de água e reciclagem, também contam para o prêmio, que é considerado um dos mais respeitados e sérios por especialistas em transportes.
A participação das empresas conta com várias fases.
Primeiro as empresas de ônibus respondem um extenso questionário que ocupa uma apostila inteira.
As respostas são comparadas com os indicadores de gestão e qualidade.
As empresas que passam para a outra fase recebem uma visita de técnicos em suas garagens, linhas, terminais e pontos de ônibus.
No Congresso, além de discussões sobre melhores formas de oferecer mobilidade diante dos novos desafios, como crescimento da população, do trânsito e a aproximação de eventos mundiais, como Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, são apresentados novos serviços, materiais e veículos. Destaques para os modelos de ônibus feitos para atendimento de serviços de BRT – Bus Rapid Transit, corredores de ônibus rápidos e modernos.
É verificado se tudo o que as empresas responderam no questionário condiz com a realidade.
Neste processo são feitas entrevistas surpresas que podem ser desde com o funcionário mais simples até o dono da empresa, de acordo com o critério dos técnicos.
Depois estes técnicos fazem relatórios sobre suas visitas.
Os documentos são avaliados por outra banca julgadora formada por profissionais em transportes, de formação, o que leva aos resultados da premiação.
O objetivo é incentivas as empresas que buscam qualidade e criar exemplos que podem ser seguidos por outras viações.
A entrega dos prêmios foi realizada nesta quarta-feira, dia 19 de outubro, durante o 18º Congresso de Transporte e Trânsito promovido pela ANTP, desta vez no Rio de Janeiro.
No evento são realizadas discussões de como oferecer uma melhor mobilidade para as pessoas, diante de desafios como crescimento populacional e urbano, aumento das necessidades de deslocamentos por transportes públicos diante do trânsito cada vez mais caótico e também como preparar as cidades brasileiras para eventos mundiais, a exemplo da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 ,respeitando, no entanto, as condições financeiras e o dinheiro público de cada localidade.
Um dos desafios é como mudar a página, inovar, no entanto, sem gastar mais do que a população pode arcar, com responsabilidade em relação ao dinheiro público.
Inovações da indústria como produtos, serviços e veículos preparados para atender aos novos sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), corredores modernos e que oferecem rapidez aos ônibus, marcam o Congresso. Destaque para o Viale BRT, da Marcopolo, e Mega BRT, da Neobus, ônibus com design diferenciado, com mais visibilidade para o passageiro e motoristas, maior espaço interno, mais acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência, e configuração que minimiza os impactos no meio ambiente.
Inovações da indústria como produtos, serviços e veículos preparados para atender aos novos sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), corredores modernos e que oferecem rapidez aos ônibus, marcam o Congresso. Destaque para o Viale BRT, da Marcopolo, e Mega BRT, da Neobus, ônibus com design diferenciado, com mais visibilidade para o passageiro e motoristas, maior espaço interno, mais acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência, e configuração que minimiza os impactos no meio ambiente.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
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O Congresso foi realizado em outubro de 2011.
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