Serão iniciadas nas próximas semanas as negociações entre as empresas de ônibus e as prefeituras da região para discutir os percentuais de reajustes nas tarifas cobradas nas linhas municipais. Segundo o diretor jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Grande ABC, Francisco Bernardino Ferreira, as propostas de aumento deverão ser enviadas às administrações até a próxima semana.
Ferreira informa que ainda não é possível adiantar a taxa que será reivindicada pelas companhias. "Cada viação e cada cidade têm a sua realidade. As empresas estão finalizando as planilhas de custos." Na opinião do diretor, o preço da passagem cobrado na região é defasado. "A tarifa pode parecer elevada aos olhos de quem paga, mas quem recebe sabe que ela não recompõe os gastos", acrescenta.
O diretor do sindicato patronal compara os pisos salariais do Grande ABC aos da Capital para ressaltar a necessidade do aumento. Na região, motoristas de veículos leves recebem R$ 1.505, enquanto os de convencionais ganham R$ 2.047. O salário dos cobradores é de R$ 1.182. Em São Paulo, condutores recebem piso de R$ 1.676, enquanto cobradores têm remuneração de R$ 968. "Essa diferença impacta na nossa decisão de pedir reajuste, com certeza. Em São Paulo a Prefeitura subsidia a tarifa, o piso é menor e, ainda assim, a passagem sai a R$ 3, portanto, mais cara do que no Grande ABC.", comenta.
Outro fator apontado pelo dirigente é o excesso de gratuidades, que, segundo ele, não têm os valores repostos pela municipalidade. Apesar das leis municipais que determinam os subsídios, são poucas as cidades que cumprem o compromisso. Em Diadema, a Prefeitura informa que subsidia as passagens de 3% do total de usuários. São Bernardo afirma que 15% da demanda equivale às gratuidades, e que esse montante é compensado à empresa operadora. Mauá e São Caetano não fornecem subsídios. Os demais municípios não responderam aos questionamentos do Diário.
SANTO ANDRÉ
Na terça-feira, a Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André protocolou pedido de aumento de 17,6% no valor da tarifa. Caso o índice seja aceito, a passagem municipal passará dos atuais R$ 2,90 para R$ 3,41.
Informações: Diário do Grande ABC
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