A ausência de parceria entre o poder público e entidades de classe que defendem os direitos dos deficientes físicos são as principais causas da falta de acessibilidade em Manaus. De acordo com o presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Amazonas (Adefa), Isaac Benayon, no Amazonas são cerca de 518 mil pessoas com deficiência física, mental e sensorial que, diariamente, enfrentam dificuldade em se locomover. “A acessibilidade faz a vida do deficiente ter mais qualidade”, afirmou.
Entre os problemas enfrentados pelos deficientes, está a dificuldade em conseguir assento no transporte coletivo, utilizar banheiros especiais e vagas de estacionamento. Além disso, Benayon relata que a travessia segura de cadeirantes e deficientes visuais mesmo em locais com semáforos é rara. “O sinal existe, mas esqueceram de avisar para os motoristas que eles precisam parar”.
Moisés Sarmento, 56, portador de deficiência na perna esquerda em função de sequelas de uma poliomielite, relata que as dificuldades de locomoção já iniciam quando ele sai de casa. Morador do bairro Compensa, a rua onde mora é esburacada. Quando finalmente chega na parada de ônibus, onde não existe rampa para o acesso à calçada, inicia a segunda parte da ‘maratona’.
“As pessoas empurram a gente sem ligar se corremos o risco de nos machucarmos, sem falar que os passageiros sentam na cadeira preferencial e viram para o outro lado para não ceder o lugar”, disse.
Mas não são apenas os usuários que desrespeitam os deficientes, segundo Moisés. “Os motoristas dos ônibus não querem que a gente entre pela frente. Somos obrigados a entrar por trás e ficarmos em pé, as vezes, durante toda a viagem”, reclamou.
Intolerância
Para Benayon, a intolerância dos manauaras com os deficientes é um problema de educação que requer atitudes efetivas do poder estadual e municipal de educação. “Pedimos dos dois secretários de Educação que uma matéria de organização e normas cívicas seja incluída na matriz curricular de ensino das crianças”, informou.
O trabalho, defendido pela Adefa, estaria baseado na formação cidadã das crianças por meio de desenhos animados mostrando as diversas situações vividas pelos deficientes no dia a dia. “É preciso desconstruir a intolerância do ser humano para com o outro, evitando afirmações e comportamentos preconceituosos e desrespeitosos sobre os deficientes”.
Parceria valiosa
Benayon destaca que a parceria entre o poder público e as entidades que lutam pela inclusão dos deficientes é fundamental, mas ainda inexistente em Manaus.
Exemplo disso, segundo ele, é a passarela localizada na Avenida Darcy Vargas, atualmente, em fase de finalização, e que não contou com o auxílio de nenhuma entidade representante dos deficientes ou dos idosos.
“Eles não nos deram a oportunidade de dizer que a inclinação da rampa vai quebrar o eixo da cadeira ou pode derrubar um idoso. Eles acham que porque está na lei e nas normas da ABNT já é o suficiente”, desabafou.
Outra atitude que demonstra a necessidade de parceria, segundo a Adefa, é o tempo dos semáforos. “Uma pessoa que utiliza muletas, por exemplo, não tem condições de atravessar uma rua em dois minutos”, contestou o presidente da Adefa.
Entre os problemas enfrentados pelos deficientes, está a dificuldade em conseguir assento no transporte coletivo, utilizar banheiros especiais e vagas de estacionamento. Além disso, Benayon relata que a travessia segura de cadeirantes e deficientes visuais mesmo em locais com semáforos é rara. “O sinal existe, mas esqueceram de avisar para os motoristas que eles precisam parar”.
Moisés Sarmento, 56, portador de deficiência na perna esquerda em função de sequelas de uma poliomielite, relata que as dificuldades de locomoção já iniciam quando ele sai de casa. Morador do bairro Compensa, a rua onde mora é esburacada. Quando finalmente chega na parada de ônibus, onde não existe rampa para o acesso à calçada, inicia a segunda parte da ‘maratona’.
“As pessoas empurram a gente sem ligar se corremos o risco de nos machucarmos, sem falar que os passageiros sentam na cadeira preferencial e viram para o outro lado para não ceder o lugar”, disse.
Mas não são apenas os usuários que desrespeitam os deficientes, segundo Moisés. “Os motoristas dos ônibus não querem que a gente entre pela frente. Somos obrigados a entrar por trás e ficarmos em pé, as vezes, durante toda a viagem”, reclamou.
Intolerância
Para Benayon, a intolerância dos manauaras com os deficientes é um problema de educação que requer atitudes efetivas do poder estadual e municipal de educação. “Pedimos dos dois secretários de Educação que uma matéria de organização e normas cívicas seja incluída na matriz curricular de ensino das crianças”, informou.
O trabalho, defendido pela Adefa, estaria baseado na formação cidadã das crianças por meio de desenhos animados mostrando as diversas situações vividas pelos deficientes no dia a dia. “É preciso desconstruir a intolerância do ser humano para com o outro, evitando afirmações e comportamentos preconceituosos e desrespeitosos sobre os deficientes”.
Parceria valiosa
Benayon destaca que a parceria entre o poder público e as entidades que lutam pela inclusão dos deficientes é fundamental, mas ainda inexistente em Manaus.
Exemplo disso, segundo ele, é a passarela localizada na Avenida Darcy Vargas, atualmente, em fase de finalização, e que não contou com o auxílio de nenhuma entidade representante dos deficientes ou dos idosos.
“Eles não nos deram a oportunidade de dizer que a inclinação da rampa vai quebrar o eixo da cadeira ou pode derrubar um idoso. Eles acham que porque está na lei e nas normas da ABNT já é o suficiente”, desabafou.
Outra atitude que demonstra a necessidade de parceria, segundo a Adefa, é o tempo dos semáforos. “Uma pessoa que utiliza muletas, por exemplo, não tem condições de atravessar uma rua em dois minutos”, contestou o presidente da Adefa.
Fonte: D24 am
1 comentários:
Embora existam muitas ações importantes neste sentido aqui em São Paulo, o que se observa é um verdadeiro caos para quem realmente necessita de acessibilidade. www.lojamais.com.br/estribo www.estribos-janelas.blogspot.com
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