Todo mundo que anda de ônibus já passou por isso. Esperar, esperar e esperar no ponto, até cansar. O resultado essas pessoas também estão cansadas de saber: atraso para compromissos importantes, chegar tarde ao trabalho, perder aquela sessão de cinema.
A fiscalização dos técnicos do TCM (Tribunal de Contas do Município) agora conseguiu dimensionar o tamanho do problema e constatou que, de cada dez ônibus em São Paulo, sete saem atrasados.
O pior é que as empresas não podem reclamar de falta de dinheiro. O preço da passagem subiu mais que a inflação. E isso apesar de as companhias receberem quase R$ 1 bilhão em ajuda (subsídios) da prefeitura.
O serviço, portanto, tinha obrigação de ser bem melhor. São necessários mais ônibus, para diminuir a superlotação nos momentos de maior movimento, e também mais empenho para cumprir os horários.
A prefeitura diz que aplicou 48 mil multas por atrasos (seriam três, em média, para cada um dos 15 mil ônibus da cidade). Mas alguma coisa está errada. Ou o valor (R$ 360) é baixo, ou as empresas não estão pagando. Se doesse no bolso de verdade, o serviço iria melhorar.
Esse é apenas um dos problemas. Os corredores prometidos pelo prefeito Gilberto Kassab ainda não se concretizaram. Não adianta nada o ônibus sair no horário e ficar parado no trânsito infernal da cidade.
O itinerário para melhorar o transporte público está traçado: aumentar a fiscalização e a cobrança sobre as empresas e cumprir as promessas de criar mais corredores. Do contrário, o paulistano vai continuar esperando por um serviço de qualidade que nunca chega.
Fonte: Agora São Paulo
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