O Brasil está mudando. A necessidade crescente das médias e grandes cidades por soluções que melhorem a mobilidade urbana está mobilizando a indústria ferroviária no Brasil. Nos últimos dez anos, a produção de locomotivas cresceu significativamente. Segundo estatísticas da entidade que representa o setor, a ABIFER, enquanto em 2000, a produção nacional limitou-se a uma unidade, em 2010, a indústria nacional fabricou 68 locomotivas – volume que não se via desde o final da década de 70.
Também a produção de vagões acompanhou o forte ritmo de crescimento. Saiu de 1.238 unidades há uma década para 3.261. No caso dos vagões de passageiros, a evolução foi de 62 para 430 (confira mais dados aqui). A Abifer estima, ainda, que as indústrias devam investir, no mínimo, R$ 240 milhões até 2013, incluindo novas fábricas e tecnologias.
De acordo com seu presidente, Vicente Abate, em Sete Lagoas (MG), a Progress Rail Services (subsidiária da Caterpillar) construirá uma fábrica de locomotivas diesel-elétricas. Ela poderá gerar 600 empregos na região. Em Araraquara (SP), outra fábrica de trens está programada e se dará a partir de uma joint venture entre a japonesa Hitachi e a brasileira Iesa (grupo Inepar).
Novas fábricas
Outra empresa que também construiu sua fábrica de trens no Brasil é a espanhola Construções e Auxiliar de Ferrovias (CAF). O empreendimento localiza-se Hortolândia (SP) e já foram investidos cerca de R$ 200 milhões na unidade. Além disso, a espanhola teria acabado de assinar um contrato com o Metrô de São Paulo, de R$ 615 milhões, para a fabricação de 26 trens da Linha 5 Lilás.
Os investimentos em transportes de massa não se dão apenas por conta da Copa do Mundo ou das Olimpíadas. Eles atendem, sobretudo, à saturação da atual estrutura de transporte no país – ainda apoiada nos ônibus. Estão previstos novos trens, veículos leves sobre trilhos (VLTs) e ampliação de metrôs.
Fonte: Correio do Brasil
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