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Em São Luís, Prefeitura quer implantar Corredor de Transporte Urbano

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A população de São Luís é penalizada diariamente com o trânsito caótico que tomou conta de nossas avenidas e ruas. A lentidão do nosso trânsito irrita e causa problemas para quem utiliza automóvel próprio e, principalmente, para os 600 mil passageiros de ônibus e vans que circulam todos os dias na ilha. Passar pela Avenida Jerônimo de Albuquerque nos horários de pico é um exercício estressante que exaspera qualquer pessoa. Fica a pergunta que não quer calar: o que as autoridades estão fazendo para resolver esse caos que São Luís enfrenta às vésperas de se tornar quatrocentona?

A prefeitura de São Luís e o governo do Maranhão apresentaram suas propostas e estão tentando captar recursos junto à União para viabilizar seus respectivos projetos. A prefeitura apresentou o projeto chamado “Novo Corredor de Transporte Urbano de São Luís” na Câmara de Vereadores da capital, na Assembléia Legislativa e no Ministério das Cidades em Brasília. O projeto municipal está orçado em R$ 430 milhões e prevê a construção de um corredor de transporte com três faixas de trânsito por sentido, com uma faixa exclusiva para os ônibus e a introdução de onze ônibus articulados (com 120 lugares cada). A primeira etapa do corredor irá do centro da cidade ao Bairro da Cohab, interligando a Avenida Ferreira Gullar com uma via a ser construída à margem esquerda do rio Anil.

O corredor terá 12,37 quilômetros de vias, 11,5 quilômetros de ciclovia e dez estações de embarque e desembarque de passageiros com passarelas. Beneficiará 44 bairros com uma população estimada de 450 mil habitantes, cruzando a Avenida Daniel da La Touche, na altura do Ipase, e terá estações de transbordo, para fazer a interligação com dezenas de linhas do sistema de transporte coletivo atual.

A proposta prioriza o grave problema do transporte público, encurtando os tempos médios de viagem de uma hora para quinze minutos, além de desafogar o trânsito no sentido Centro-Cohab-Centro. O projeto prevê remanejamento populacional nos bairros do Jaracati, Recanto do Vinhais, Cohafuma, Santa Cruz, Vila Palmeira e Ipase com a construção de apartamentos do PAC I, PAC II, FNHIS e projeto Minha Casa Minha Vida. A prefeitura está realizando todos os estudos de impacto ambiental e providenciando todas as licenças necessárias para a realização da obra. E a apresentação feita por técnicos da prefeitura foi considerada com nível de Excelência em Brasília.

Diante de tudo isso, o que o governo do Maranhão fez até agora? Há algumas semanas houve uma reunião em Brasília onde representantes do governo estadual apresentaram um esboço, uma espécie de desenho geométrico, do trajeto da Avenida Metropolitana, obra prometida por Roseana Sarney na campanha eleitoral de 2010 em seu programa transmitido na primeira semana de setembro passado, que ligaria a zona rural de São Luís à estrada da Maioba, passando por Cidade Operária e do Maiobão, por exemplo. Antes, numa primeira reunião, nada foi apresentado.

Por outro lado, o que tem que ser visto aqui é a badalação em cima da Via Expressa, que começa no Bairro do Jaracati, próximo aos shoppings São Luís e Jaracati, e termina no Ipase, ao lado do futuro Shopping da Ilha, na Avenida Daniel de La Touche. Nenhum estudo ambiental – apesar da obra rasgar de ponta a ponta o Parque Ambiental Santa Eulália - ou proposta de remanejamento populacional, com desapropriações e construção de novas moradias foi sequer citado.

Segundo o secretário de Infraestrutura, Max Barros, a Via Expressa deverá custar cerca de R$ 120 milhões. Pelo o que foi apresentado por Barros, segundo técnicos da prefeitura, a Via não desafogará a Av. Jerônimo de Albuquerque, pois o trecho entre o elevado da Cohama e a Cohab – onde está o maior gargalo de trânsito da capital maranhense -, segundo eles, ficará ainda mais congestionado, nem tornará o transporte público mais rápido e eficiente. Ou seja, vai apenas empurrar ainda mais os engarrafamentos para aquele corredor, além de engrossar ainda mais a ‘dor de cabeça’ entre a ponte do Caratatiua e o elevado da Cohama, acreditam esses técnicos.

São Luís precisa de mais fluidez para descongestionar o trânsito, deslocando veículos e usuários de transportes públicos para uma via alternativa. Portanto, tentar inviabilizar um importante projeto elaborado pelo município, com incursões em gabinetes de Brasília, é, no mínimo, lutar contra o desenvolvimento da cidade, contra o povo de São Luís.

Os interesses da população de mais de um milhão de habitantes devem ser a prioridade de qualquer projeto de desenvolvimento urbano de São Luís, acima de qualquer interesse pessoal, político ou partidário, como bem diz em suas falas o prefeito João Castelo. Do contrário, é pura falta de espírito público. Que a governadora Roseana Sarney se sensibilize e procure colocar o interesse público acima das brigas políticas. É isso que a população espera, e é isso que poderá credenciá-la a apoiar, com força, uma candidatura à prefeitura de São Luís. Com a boa votação que teve na capital nas últimas eleições, se fizer isso pode dar dor de cabeça ao prefeito João Castelo, que almeja a reeleição.


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