Com a falta de educação, fiscalização e infraestrutura no trânsito, usar a bicicleta em vias públicas da Grande Goiânia e até mesmo nas rodovias (prática de atletas) tem sido um risco. Somente este ano, o Hospital de Urgências de Goiânia já registrou 274 atendimentos a ciclistas feridos. Nos dois últimos anos, o Hugo atendeu 2.866 ciclistas acidentados. Destes, de acordo com estatística do Detran, 37 morreram.
A morte de Walter Rodriges Pereira, atropelado no último sábado, por volta das 18 horas, na GO-020, próximo ao autódromo (perímetro urbano) – quando pedalava sua bicicleta – contribuiu mais uma vez para a negativa estatística. Walter estava com um grupo de ciclistas que transitava pelo acostamento sentido Bela Vista-Goiânia quando foi atingido por um Fiesta, conduzido por Iraides Cardoso Texeira. A versão dos ciclistas é contestada pela mulher, que não prestou socorro às vítimas, mas se apresentou no 8° DP em Goiânia. Segundo o grupo, eles pedalavam pelo acostamento, já a mulher alegou que eles estavam na pista.
Na ocorrência policial não foi registrado se a vítima utilizava os equipamentos de segurança exigidos desde 2000 pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O artigo 105 estabelece a instalação de equipamentos obrigatórios como campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais e espelho retrovisor do lado esquerdo.
A falta de fiscalização se destaca devido à não regulamentação municipal da Resolução nª 46, do Contran. Mas vale ressaltar que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define leis para que haja compartilhamento das vias e, inclusive, aponta que a bicicleta tem a preferência. Todos os motoristas, inclusive os que escolheram essa atividade como profissão, como por exemplo, os motoristas de ônibus, devem estar atentos a estas leis e segui-las.
No entanto, a realidade é outra. Livres, sem qualquer tipo de fiscalização e ciclovias, os ciclistas se arriscam pelas ruas. Alguns trafegam pela contramão, fazem ultrapassagens à direita, passam pelo semáforo vermelho e pedalam em cima das calçadas – local destinado aos pedestres. O órgão municipal que deveria ser responsável pelas autuações é a Agência Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (AMT), que no passado chegou a fiscalizar ciclistas que se aventuravam a pegar carona na traseira, pratica conhecida como “rabeirão”, nos ônibus de transporte coletivo. Agora nem isso mais é feito.
Fiscalização
O diretor de Fiscalização da AMT, Vicente Mendonça Júnior, diz que ainda não existe regulamentação em nível nacional dos dois artigos referentes aos equipamentos de segurança e a proibição de trânsito de bicicletas pelas calçadas. “Isso impede que a AMT atue de maneira fiscalizadora.” Ele assume que o ciclista que possui veículo não registrado com placa se sente impune e, por isso, continua a desrespeitar as leis de trânsito. “Maioria tem conhecimento do que é certo e errado.”
A morte de Walter Rodriges Pereira, atropelado no último sábado, por volta das 18 horas, na GO-020, próximo ao autódromo (perímetro urbano) – quando pedalava sua bicicleta – contribuiu mais uma vez para a negativa estatística. Walter estava com um grupo de ciclistas que transitava pelo acostamento sentido Bela Vista-Goiânia quando foi atingido por um Fiesta, conduzido por Iraides Cardoso Texeira. A versão dos ciclistas é contestada pela mulher, que não prestou socorro às vítimas, mas se apresentou no 8° DP em Goiânia. Segundo o grupo, eles pedalavam pelo acostamento, já a mulher alegou que eles estavam na pista.
Na ocorrência policial não foi registrado se a vítima utilizava os equipamentos de segurança exigidos desde 2000 pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O artigo 105 estabelece a instalação de equipamentos obrigatórios como campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais e espelho retrovisor do lado esquerdo.
A falta de fiscalização se destaca devido à não regulamentação municipal da Resolução nª 46, do Contran. Mas vale ressaltar que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define leis para que haja compartilhamento das vias e, inclusive, aponta que a bicicleta tem a preferência. Todos os motoristas, inclusive os que escolheram essa atividade como profissão, como por exemplo, os motoristas de ônibus, devem estar atentos a estas leis e segui-las.
No entanto, a realidade é outra. Livres, sem qualquer tipo de fiscalização e ciclovias, os ciclistas se arriscam pelas ruas. Alguns trafegam pela contramão, fazem ultrapassagens à direita, passam pelo semáforo vermelho e pedalam em cima das calçadas – local destinado aos pedestres. O órgão municipal que deveria ser responsável pelas autuações é a Agência Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (AMT), que no passado chegou a fiscalizar ciclistas que se aventuravam a pegar carona na traseira, pratica conhecida como “rabeirão”, nos ônibus de transporte coletivo. Agora nem isso mais é feito.
Fiscalização
O diretor de Fiscalização da AMT, Vicente Mendonça Júnior, diz que ainda não existe regulamentação em nível nacional dos dois artigos referentes aos equipamentos de segurança e a proibição de trânsito de bicicletas pelas calçadas. “Isso impede que a AMT atue de maneira fiscalizadora.” Ele assume que o ciclista que possui veículo não registrado com placa se sente impune e, por isso, continua a desrespeitar as leis de trânsito. “Maioria tem conhecimento do que é certo e errado.”
Vicente garante que a AMT já realizou trabalhos educativos voltados para ciclistas. “Mas, atualmente, não realizamos mais esse tipo de abordagem. Foi suprimida por outras demandas.” Para ele, o ciclista precisa entender que é um dos componente mais frágeis do trânsito. O órgão não tem relação de acidentes envolvendo ciclistas, pois em sua totalidade são acidentes com vítimas. “A AMT atende apenas ocorrências sem ferido.”
O vendedor Adriano José da Silva, 42 anos, utiliza a bicicleta como principal veículo há 20 anos. “Troquei o transporte coletivo e ganhei agilidade.” Mesmo com toda experiência no guidom, ele sofreu nos últimos cinco anos dois acidentes. “Fui atropelado por motocicletas.” Em um dos acidentes ficou desacordado por duas horas e levado ao Hugo. Mesmo satisfeito com a mobilidade que o veículo lhe proporciona, considera o transporte como de risco. “Pedalo 60 quilômetros por dia e percebo que tanto ciclistas e motoristas não respeitam o trânsito.”
Adriano disse que utiliza equipamentos de segurança antes de subir ao veículo de duas rodas. “Tenho capacete, luvas, olho de gato – farol dianteiro.”
O vendedor Adriano José da Silva, 42 anos, utiliza a bicicleta como principal veículo há 20 anos. “Troquei o transporte coletivo e ganhei agilidade.” Mesmo com toda experiência no guidom, ele sofreu nos últimos cinco anos dois acidentes. “Fui atropelado por motocicletas.” Em um dos acidentes ficou desacordado por duas horas e levado ao Hugo. Mesmo satisfeito com a mobilidade que o veículo lhe proporciona, considera o transporte como de risco. “Pedalo 60 quilômetros por dia e percebo que tanto ciclistas e motoristas não respeitam o trânsito.”
Adriano disse que utiliza equipamentos de segurança antes de subir ao veículo de duas rodas. “Tenho capacete, luvas, olho de gato – farol dianteiro.”
Fonte: Jornal o Hoje
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