Cada vez mais próximo do governador Jaques Wagner (PT), o prefeito João Henrique (PP), em entrevista exclusiva à Tribuna, defendeu a implementação do BRT como novo transporte de massa para a capital baiana. “Seja pelo fator tempo, pelo fator recursos financeiros, seja pelo fator mão de obra, nós não temos como fazer o VLT, mas temos como fazer o BRT. Tudo leva para a adoção do BRT”, disse. O gestor conclamou ainda a união dos poderes com o intuito de acelerar as obras da Copa do Mundo de 2014. Quando o assunto foi a sucessão de 2012, o gestor minimizou. Segundo ele, falar agora sobre o tema só atrapalharia a gestão.
TB- Já está tudo certo para ser o BRT o sistema de transporte de massa a ser adotado na cidade? Já foi batido o martelo?
João Henrique- Bem, o estado lançou a PMI e agora acabou de receber as propostas. Parece-me que há uma comissão avaliando as propostas. Agora, por parte da prefeitura - sempre trabalhando em harmonia com o estado-, temos uma posição definida de que é muito mais indicado que seja implantado o BRT. O BRT não é impeditivo a médio e longo prazo para o VLT. As pistas que servem para o BRT no pós Copa do Mundo, tendo o aporte financeiro necessário, podem ser integradas depois ao VLT. Temos um marco regulatório que é a Copa do Mundo e não há como pensar agora em VLT. Imagine que seis quilômetros de metrô levaram onze anos para ficarem prontos. Nós estamos em 2011 e a Copa é em 2014. Estou falando de três anos. Outra coisa, cerca de R$560 milhões estão sendo tomados pelo governo do estado para o BRT – 14 quilômetros da Avenida Paralela. Pois bem, se for VLT, os mesmos 14 quilômetros você não faz por menos de R$ 3 bilhões. Seja pelo fator tempo, pelo fator recursos financeiros, seja pelo fator mão de obra, nós não temos como fazer o VLT, mas temos como fazer o BRT. Tudo leva para a adoção do BRT.
TB- Já está tudo certo para ser o BRT o sistema de transporte de massa a ser adotado na cidade? Já foi batido o martelo?
João Henrique- Bem, o estado lançou a PMI e agora acabou de receber as propostas. Parece-me que há uma comissão avaliando as propostas. Agora, por parte da prefeitura - sempre trabalhando em harmonia com o estado-, temos uma posição definida de que é muito mais indicado que seja implantado o BRT. O BRT não é impeditivo a médio e longo prazo para o VLT. As pistas que servem para o BRT no pós Copa do Mundo, tendo o aporte financeiro necessário, podem ser integradas depois ao VLT. Temos um marco regulatório que é a Copa do Mundo e não há como pensar agora em VLT. Imagine que seis quilômetros de metrô levaram onze anos para ficarem prontos. Nós estamos em 2011 e a Copa é em 2014. Estou falando de três anos. Outra coisa, cerca de R$560 milhões estão sendo tomados pelo governo do estado para o BRT – 14 quilômetros da Avenida Paralela. Pois bem, se for VLT, os mesmos 14 quilômetros você não faz por menos de R$ 3 bilhões. Seja pelo fator tempo, pelo fator recursos financeiros, seja pelo fator mão de obra, nós não temos como fazer o VLT, mas temos como fazer o BRT. Tudo leva para a adoção do BRT.
Fonte: Tribuna da Bahia
2 comentários:
João Henrique: desinformado e anti-evolucionista.
O prefeito de Salvador João Henrique Carneiro reconheceu ao jornal Bahia Notícias a sua incapacidade administrativa ao não dispor de um prazo para a entrega do Metrô de Salvador. Mas, inconcebível mesmo é a desculpa que dá: "a cultura local não está acostumada à obra pioneira, que foi uma quebra de paradigmas" e, pior que isso, é querer nos manter no atraso por toda a vida ao defender o corredor de ônibus para a av. Paralela: "O BRT se origina de uma cultura predominante, está dentro de uma cultura existente".
João Henrique demonstra a intenção clara, explícita e inequívoca em querer manter a cidade de Salvador no atraso em que está quanto à mobilidade urbana ao dizer que a construção do Metrô é uma “obra pioneira e quebra de paradigmas” e, ao mesmo tempo, defender o corredor de ônibus, que alguns chamam de BRT, ao invés de apoiar o transporte sobre trilhos (Metrô ou VLT) na av. Paralela.
Demonstra desinformação por desconhecer o estudo sobre mobilidade urbana realizado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) que conclui:
“Investimentos em metrô, VLT – veículo leve sobre trilhos – e trem, que integram e comportam mais pessoas, são mais rápidos e poluem menos, podem ser soluções de melhor qualidade, se não for possível reduzir o contingente e a concentração populacional das metrópoles aferida hoje. Essas alternativas, aliadas ao incentivo do governo para promover novas modalidades de transporte, em substituição aos automóveis e ônibus, diminuiriam o fluxo de veículos, os atrasos, o desconforto da população e a emissão de gases poluentes na atmosfera, beneficiando a saúde pública.”
Mas João Henrique não possui somente defeitos, também tem suas qualidades. Uma delas é a humildade ao reconhecer a sua incompetência administrativa quando diz: "imagine que seis quilômetros de metrô levaram onze anos para ficar(em) prontos”. Ora, sr. prefeito, estes seis quilômetros ainda não estão prontos e dos onze anos mais da metade, seis anos e cinco meses, são de sua responsabilidade.
O movimento "Eu quero VLT em Salvador" defende o transporte sobre trilhos (Metrô, VLT e Trem) como o principal meio de transporte coletivo para a cidade de Salvador e Região Metropolitana. Participe, assine o manifesto e faça parte deste grupo que quer Salvador uma cidade moderna, livre de engarrafamentos e com transporte público de qualidade.
O movimento "Eu quero VLT em Salvador" está alerta e ativo.
Blog - http://vltemsalvador.blogspot.com/
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