O Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE) e a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) promovem, no dia 4 de maio, em São Paulo, o seminário “O etanol na era do veículo elétrico – transporte verde e eficiente”. O programa do evento prevê o debate sobre os temas alta eficiência do motor exclusivo a etanol; a substituição do diesel pelo etanol no transporte urbano e a alternativa do uso do veículo elétrico híbrido a etanol; e o uso do etano de forma mais eficiente, frente a maior complexidade e competitividade potencial da nova matriz energética do país.
“A entrada de veículos elétrico-híbridos abre uma oportunidade para o etanol unir dois mundos. Posso afirmar que esse seria, de longe, o veículo mais verde do mundo”, revela Buarque de Hollanda, diretor geral do INEE. O Brasil já registra experiências no uso de VEH a etanol, como a patrocinada por Itaipu Binacional, com o desenvolvimento de um protótipo plug-in.
Ônibus, que foi usado em dezembro de 2010 na Reunião de Cúpula do Mercosul, usa em parte energia da rede elétrica, complementando a energia elétrica produzida a bordo, e usa motor de combustão interna de menor potência. Na Suécia, a solução é utilizada em 85 ônibus fabricados pela Scania que entraram em operação em 2010 e fazem parte do transporte público de Estocolmo. Até 2012, esta alternativa deverá atender a pelo menos 50% do transporte de passageiros da cidade.
O uso deste combustível já provou sua força por aqui. Os carros flex fuel, em 2010, responderam por 86% da vendas ou seja, 2,8 milhões de novos carros podem usar esse biocombustível, misturado ou não à gasolina. Além da fácil aceitação, o etanol traz ainda uma outra vantagem: de ser um combustível neutro do ponto de vista do efeito estufa e sua utilização reduz a poluição urbana, ao contrário da gasolina e do diesel.
A questão da eficiência será o destaque da mesa-redonda “Melhorando e aumentando o uso do etanol”, que será coordenada por Marcos José Marques, presidene do conselho diretor do INEE. O debate vai girar em torno das diferentes alternativas energéticas do país fazendo com que o espaço de cada uma seja corretamente utilizado, levando em conta a dependência do Brasil a eventual suprimento externo de energia ou a mercados mais interessantes a serem alcançados pela exportação.
Para ele, qualquer fonte primária de energia, desde a produção até o seu uso final, deve caminhar na linha da maior eficiência. “Em especial a cana de açúcar, base do etanol, pelas suas características específicas, propiciando ganhos importantes à matriz energética do país, inclusive no plano ambiental”, comenta o executivo, acrescentando que “para tornar competitivo, o etanol deve ter seu papel bem definido na política energética do país, especialmente quando o Pré-Sal parece definir os rumos do que pode ser uma linha equivocada”.
Fonte: Ambiente Energia
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