Motoristas e representantes das empresas do transporte coletivo chegaram a um acordo em relação à proposta de reajuste salarial para os trabalhadores. As negociações foram intermediadas pelo Ministério Público do Trabalho, e homologadas no órgão. A proposta aprovada prevê reajuste de 8% para os salários dos motoristas.
A remuneração atual é de R$ 1126,25 mensais, e a partir da mudança passará a ser R$ 1212,35. O ticket alimentação teve aumento de 15,57%, com isto os trabalhadores passam a receber por este benefício R$ 245, ao invés dos R$ 212 que recebiam antes. O reajuste será aplicado de forma retroativa com data base no dia primeiro de março deste ano.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes (Sindtransporte), Alberto Magno, ficou satisfeito com o saldo final das negociações. “A categoria ficou contente. Foi uma Assembleia grande no domingo, com a aprovação quase total, apenas cinco votos contra. Não era o que a gente esperava, mas também ficou de bom tamanho. As duas partes cederam e chegaram a um equilíbrio”, avaliou Alberto.
O presidente do Sindtransporte garantiu que não há mais risco de greve a partir de agora. “O Ministério Público do Trabalho nos chamou, fez uma segunda mediação, conseguimos eliminar alguns detalhes da outra proposta que a categoria não aceitava, e a proposta foi aceita”, complementou.
Negociações tranqüilas
Segundo o procurador do trabalho, José Marcos da Cunha, o acordo este ano entre empresas e motoristas foi bem mais tranqüilo do que ano passado. “Depois de algumas discussões, e cada uma das quais apresentou suas razões, nós fizemos uma proposta para evitar a greve, porque parece que há um temor de uma greve. As demais cláusulas da convenção coletiva iam ser mantidas para essa próxima convenção. Realmente o clima esse ano está muito favorável a um acordo”, comentou.
Para Alberto Magno, a maior conquista dos motoristas na proposta aceita foi a manutenção do anuênio em 3%. “A questão dos intervalos está no Ministério Público, e foi dado um prazo de 120 dias para a solução desse problema. Essa discussão continua fora da convenção e teremos que achar uma solução até o final dos 120 dias, tanto o Sinditransporte, quanto o Setransp, tem que achar uma solução que atenda as exigências do Ministério do Trabalho e do próprio Ministério Público”, avaliou.
Fonte: Portal 730
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