Telhas soltas, buracos na pista, goteiras e vazamentos de água, banheiros sem torneiras e grades de proteção danificadas. São nessas condições de aparente abandono que estão funcionando os cinco terminais de ônibus da cidade.
A estrutura dos terminais é alvo de constantes reclamações por parte dos usuários do transporte coletivo. Os locais não passam por grandes reformas há mais de dez anos.
Diariamente, pelo menos 80 mil usuários transitam pelos terminais na cidade. A desativação dos locais vem sendo anunciada pela prefeitura pelo menos desde 2006, quando o sistema de integração temporal foi implantado.
Os problemas mais graves foram constatados pela reportagem nos terminais 3, 4 e 5, nas zonas Norte e Leste de Manaus, respectivamente.
No terminal 3, na Cidade Nova, uma parte do telhado está danificada, além de estar com banheiros quebrados, buracos na pista dos ônibus e ferros de rampas enferrujados.
No terminal 4, no Jorge Teixeira, as grades de proteção estão danificadas e há goteiras de vazamentos de água em quase todas as colunas.
É possível ver uma camada de lodo nos locais. “Esse terminal é um nojo. Infelizmente, tenho que passar aqui todos os dias para ir trabalhar. Quem vê assim, de longe, parece que está abandonado mesmo”, afirmou a vendedora Kamylla Pereira dos Santos, 37, que mora no João Paulo, Zona Leste de Manaus.
Buracos e goteiras são vistos em quase toda a estrutura do Terminal 5, no São José. Segundo usuários, com o fechamento da entrada principal do terminal, apenas o espaço onde era a saída está funcionando para a entrada e saída de ônibus e usuários. No local há, ainda, banheiros desativados.
“Eu acredito que esse é o pior terminal de todos. Essa estrutura tão grande fica sem manutenção e os problemas aparecem e ficam cada vez piores. Quando chove fica cheio de goteira aqui, sem falar na água escorrendo nas colunas”, disse a estudante Gisela Guimarães, 21.
No T2, na Cachoeirinha, os usuários sofrem com a falta de espaço. O terminal é um dos mais antigos e fica lotado constantemente.
No terminal 1, no Centro, o principal problema são os banheiros. O motorista Mário Jorge Cordeiro, 42, disse que sempre evita ir aos terminais. “Além de ter que aguentar demora, ônibus lotado e cacareco, temos que aguentar também os terminais caindo aos pedaços”, diz ele, que precisa utilizar o T4 pelo menos três vezes por semana.
Fonte: A Critica
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