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Greve no Metrô DF entra no 4º dia sem previsão de acabar

quinta-feira, 17 de março de 2011

O terceiro dia de greve dos metroviários teve, mais uma vez, trens abarrotados no início da manhã e no fim da tarde de ontem, quando apenas sete das 22 composições do Metrô estavam em funcionamento — o número foi reduzido a apenas quatro carros fora dos horários de pico. A categoria permanece de braços cruzados desde a última segunda-feira, dia que marcou o início da paralisação motivada pela demora nas negociações com a Companhia do Metropolitano (Metrô-DF). Com apenas 30% dos funcionários trabalhando, o tempo de espera enfrentado pelos passageiros, entre um trem e outro, varia de 40 minutos a uma hora.

Em Ceilândia e em Taguatinga, a luta não era nem por assento, mas sim por um espaço entre os passageiros que já chegavam em situação bastante desconfortável nos vagões lotados. Durante os horários mais movimentados, a saída dos trens era atrasada pelos usuários que insistiam em tentar entrar nos carros, impedindo o fechamento das portas.

Assustados com a situação, muitos desistiam de lutar por um lugar no trem, mesmo após o longo tempo de espera. O alfaiate aposentado José Soares, 67 anos, nem mesmo entrou na competição que os passageiros travavam na manhã de ontem na porta de um vagão na estação central de Ceilândia. Como nenhuma pessoa ofereceu a ele o assento preferencial a que tem direito, Soares preferiu esperar mais 40 minutos até a chegada do próximo trem para ir à farmácia de baixo custo e comprar seus remédios para a dor de coluna e a pressão alta. “Não é fácil. É até arriscado ocorrer um acidente, pois aqui é a lei do ‘eu primeiro’”, lamentou o idoso.

Empurra-empurraDevido à greve, muitos passageiros decidiram seguir viagem de ônibus ou de carro. Mas as alternativas não são viáveis para todos que dependem do transporte subterrâneo. Nos últimos dois dias, a funcionária pública Terezinha Borges, 53 anos, moradora de Taguatinga, tirou o veículo da garagem para ir trabalhar no Plano Piloto, mas ontem ela decidiu enfrentar o metrô. “Não posso ficar gastando gasolina, e ônibus é pior ainda. Vou arriscar para ver”, avaliou Terezinha.

Embora as estações estivessem mais vazias que o normal, o número reduzido de trens não é suficiente para as poucas pessoas que se aventuraram a usar o metrô durante a greve. Os vagões lotados tornaram a viagem quase insuportável. Passageiros não hesitavam em empurrar uns aos outros para abrir espaço na massa de gente. “O metrô está sempre atrasado, mas acho que ele está indo muito carregado de gente. Já era ruim, agora piorou”, reclamou o programador Élio da Costa Silva, 43 anos morador da Guariroba, em Ceilândia.

Um imprevisto ocorrido ontem prolongou ainda mais a espera na Asa Sul. Pela manhã, um dos quatro trens em funcionamento teve de ser substiuído por um novo. Por volta das 9h, o veículo sofreu uma pane e parou na estação da 108 Sul por um longo tempo. Quando o trem chegou à 112 Sul, todos os passageiros tiveram de descer e esperar pelo novo veículo.

DemoraA situação de desconforto para os usuários do metrô ainda deve se prolongar por mais algum tempo. A discórdia entre o Metrô-DF e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (Sindimetrô-DF) tem como causa a dificuldade de diálogo entre representantes dos empregados e do patronato. Na última terça-feira, o sindicato e a companhia se encontraram separadamente com a procuradora do Trabalho, Hilda Leopoldina Pinheiro Barreto Furtado, para discutir as reivindicações, mas uma conversa entre as duas partes tem sido evitada.

No mesmo dia, o Metrô-DF não recebeu os representantes do Sindmetrô para uma negociação — a companhia informou que o encontro só ocorreria se a greve não fosse deflagrada. O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10) indeferiu, também na terça-feira, o pedido de liminar da companhia pela ilegalidade da paralisação. A companhia requeria multa de R$ 480 mil e a manutenção de 80% da frota e do efetivo de empregados, nos horários de pico, e de 60% no restante do dia.

Os porta-vozes do sindicato e do Metrô foram ao Ministério Público do Trabalho na tarde de ontem, mas a entidade afirmou que o encontro não seria uma audiência de conciliação. A reunião não havia terminado até o fechamento desta edição, às 18h30. “O Ministério Público vai forçar a barra para que tomem providências, mas o GDF não tem nenhuma proposta. Eles disseram que não vão negociar enquanto não acabar a greve”, afirmou Anderson Ferreira, secretário de Administração e Finanças do Sindmetrô. O sindicato pede que uma lista de 75 reivindicações seja discutida para o firmamento do novo acordo coletivo de trabalho da categoria — o anterior vence em 1º de abril. Entre as exigências dos metroviários está o aumento de 25% no salário, a criação de uma gratificação de 50% e o reajuste de outros benefícios, como auxílio-creche e vale-alimentação.

O assunto também foi debatido em uma audiência pública na Câmara Legislativa no fim da tarde de ontem. A continuidade da greve será discutida hoje em uma assembleia, marcada para as 20h na Praça do Relógio, em Taguatinga.


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