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Metrô Leve que ligará São Bernardo à estação Tamanduateí vai custar R$ 3 bilhões

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O morador do Jardim Laura, em São Bernardo, Edicarlos Roberto de Souza, de 39 anos, faz parte de uma banda de MPB e forró. Para comprar os equipamentos de som que utiliza é preciso ir até o centro de São Paulo. “Tenho que pegar um ônibus intermunicipal até o terminal Sacomã e de lá seguir de metrô. Ao todo, levo uma hora e vinte para chegar”, explicou o músico que mora a um minuto da Estrada do Alvarenga.
A operadora de telemarketing Daniele Bini, de 16 anos, mora na Estrada do Alvarenga, em São Bernardo, e costuma  ir à avenida Paulista para passear com os colegas. “Fico 30 minutos em um ônibus da minha casa até o terminal Ferrazópolis. Depois passo quase uma hora no trólebus até o Metrô Jabaquara e  por último pego o metrô até a Linha Verde”, explicou a estudante que demora quase duas horas para completar o trajeto.

Em breve Daniele e Edicarlos devem demorar menos para chegar ao local de lazer e compras. Com o metrô leve que está para ser construído na  região, a perspectiva é de que os moradores gastem aproximadamente 35 minutos para se deslocarem de casa até a estação Tamanduateí da linha verde do metrô.
O projeto é uma promessa de campanha do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, e só agora a administração está definindo datas para licitações e obras. A prefeitura já gastou cerca de  R$ 1, 3 milhão para entregar o esboço da obra no ano passado.
Os novos prazos foram discutidos ontem, durante uma reunião do prefeito Marinho  com o secretário de Transportes Metropolitanos do Estado, Jurandir Fernandes. O chefe da pasta estabeleceu datas e firmou o compromisso para a construção da obra.  “ Vamos lutar a ferro e fogo para começar essa obra em maio  de 2012” afirmou.
O orçamento total é de R$ 3 bilhões, ou seja, uma média de R$ 150 milhões por quilômetro.  O financiamento ficará por conta do Estado e prefeituras de São Caetano, São Bernardo e Santo André.  Segundo o secretário, além da contribuição em dinheiro as administrações deverão ceder áreas e cuidar das desapropriações.
O secretário disse que em 15 dias será decidido quais das duas opções de trem serão escolhidas, o monotrilho ou veículo leve sobre pneus (VLT). Após isso, começará o desenvolvimento do projeto básico que consiste na estruturação da obra. Esse processo  deve levar  nove meses para ser executado,  e a partir de novembro devem começar os editais de licitação.

Obra completa terá 20 quilômetros de extensão Durante reunião ontem com o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, o secretário de Transportes Metropolitanos do Estado, Jurandir Fernandes anunciou mais detalhes sobre o projeto do Metrô Leve na região.
Segundo o secretário, a obra vai incluir a construção de 20 quilômetros de linha para o metrô, sendo 14  de São Paulo até o centro  de São Bernardo e mais 6 até a Estrada do Alvarenga.
O metrô leve andará sob uma linha elevada no seguinte itinerário:  avenida Café Filho,  avenida Capitão Casa,  viaduto sobre a via Anchieta,  Terminal Ferrazópolis, avenida Faria Lima, Centro, avenida Pereira Barreto, avenida Aldino Pinotti, avenida Lauro Gomes, avenida Winston Churchill, Fundação Santo André,  Faculdade Mauá, avenida Guido Aliberti e Estação Tamanduateí do Metrô.
As obras não têm previsão de conclusão, mas segundo o secretário “as pessoas podem ficar cientes de que pode demorar, mas vai acontecer”. O chefe da pasta ainda disse que a  inauguração deve ser feita por trechos, assim como ocorreu com as linhas verde e amarela do Metrô, em São Paulo.
Durante a reunião, Marinho falou da importância da obra para a região. “Uma obra de R$ 3 bilhões é muito importante para o ABC. O metrô vai valorizar a região e melhorar a qualidade de vida dos moradores de São Bernardo, São Caetano e Santo André.”

IntegraçãoO secretário estadual ainda comentou sobre a integração entre os sistemas de transportes. "É um processo que depende de engenharia financeira, política e administrativa, e isso é o mais complicado. Já temos uma bilhetagem bastante evoluída na orla metropolitana, composta por 38 municípios, mas é um processo que está em discussão.”


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