A implantação do sistema de integração do transporte coletivo de Teresina passa por um estudo minucioso dos órgãos competentes. O cuidado não é à toa. Com a mudança o impacto na tarifa será inevitável. No entanto, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT), Herbert Miura, garantiu ontem (15), durante café da manhã com a imprensa, que a meta é que o novo sistema não afete a tarifa.
Atualmente, o usuário do transporte coletivo de Teresina desembolsa em cada passagem R$ 1,90. De acordo com ele, o grande impasse hoje para impedir reajustes da tarifa é a falta de subsídios públicos. “Em grandes capitais há um subsídio do poder público. Na prática se um estudante paga meia, o município paga a outra meia e isso não incide no bolso de quem paga inteira. Porque o sistema de transporte tem um custo. Se houvesse esse subsídio a passagem seria apenas de R$ 1,40”, disse o presidente do Setut.
Herbert Miura pontua que 14% dos usuários de transporte coletivo na capital não pagam a tarifa. São deficientes, policiais militares e civis, oficiais de justiça e idosos. Nos cálculos feitos pelos empresários de ônibus esse percentual representa 900 mil passagens mensais que deixam de ser recolhidas. A estimativa é que 7 milhões de passagens são recolhidas em Teresina todos os meses.
O sistema de integração está previsto para ser implantado no próximo ano. Serão instalados oito terminais de integração: no balão da avenida dos Expedicionários, Buenos Aires, Matadouro, Santa Isabel, Piçarreira, Dirceu, Bela Vista e Parque Piauí.
Em Teresina, já circulam 20 ônibus padronizados. De acordo com a Prefeitura, é o início do processo de integração do SITT (Sistema de Transporte de Teresina). A previsão é que em até cinco anos toda a frota estará padronizada para atender o Plano Diretor de Trânsito, sendo esta a primeira etapa do processo de integração do transporte coletivo.
A cidade tem atualmente uma frota de aproximadamente 570 ônibus urbanos que integram o Sistema de Transporte Coletivo na capital. Juntas elas operam em 87 linhas nos vários bairros de Teresina transportando uma média de 7 milhões de passageiros por mês, segundo dados do Setut.
Metrô subterrâneo é opção viável
Uma ideia ousada foi apresentada pelo SETUT para a cidade de Teresina. Os dirigentes da entidade propõem a implantação do Bus Rapid Transport (BRT), um corredor subterrâneo de 10 quilômetros de metrô. É possível transportar diariamente 150 mil pessoas.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT), Herbert Miura, é necessário um investimento de R$ 201 milhões e o tempo mínimo de implantação é de 10 anos. “Esse é um modelo considerado como opção mais viável para o transporte coletivo por ter baixo custo de implantação e necessita de um período muito menor entre o projeto e a operacionalização”, acrescentou.
O BRT se baseia em três ações: pagamento da tarifa antecipado, embarque e desembarque rápidos e vias exclusivas para ônibus.
Fonte: Tribuna do Sol
0 comentários:
Postar um comentário