Da soja às microalgas provenientes da água doce ou do mar, o Brasil avança ano a ano na produção de combustíveis mais limpos e menos dependentes de fontes não renováveis. Trabalhos científicos e pesquisas realizadas em diversas regiões do país buscam novas matérias-primas que obedeçam a leis ambientais, critérios sociais e que ainda sejam economicamente viáveis.
Nesse cenário, a cana-deaçúcar se apresenta, mais uma vez, como uma alternativa interessante aos combustíveis de origem fóssil. Depois do etanol se mostrar como uma opção à gasolina no abastecimento dos veículos leves, agora é a vez do diesel de cana ser uma opção ao diesel mineral no caso de ônibus e caminhões. O novo combustível foi desenvolvido pela Amyris,
empresa norte-americana que há três anos mantém sede em Campinas (SP), e já está sendo testado, em campo, desde julho deste ano.
O projeto é uma parceria com a Viação Santa Brígida, empresa de ônibus urbanos de São Paulo, a Mercedes-Benz, a SPTrans (Secretaria de Transporte da cidade de São Paulo) e a Petrobras. Para os testes que serão finalizados ainda este mês, foram selecionados seis veículos da Santa Brígida. Três deles foram abastecidos com uma mistura de 10% do diesel de cana e 90% do diesel metropolitano (B5 S50) e os outros três, com 100% do diesel metropolitano. Os veículos já rodaram até o momento, aproximadamente, 20 mil quilômetros pelas ruas da capital paulista.
De acordo com os resultados preliminares apresentados pelo diretor de marketing da Amyris no Brasil, Adilson Liebsch, o novo combustível foi capaz de reduzir entre 8% e 30% os níveis de opacidade dos gases de escapamento (indicadores da poluição causada pelos veículos) quando comparados aos veículos de referência utilizando somente o diesel fóssil. “Além disso, por ser de origem renovável, testes com diesel de cana puro mostraram redução de 12% nas emissões praticamente todos os gases de efeito estufa emitidos durante a sua produção e consumo são absorvidos na própria cadeia produtiva do combustível. Estimamos que a redução desses gases seja superior a 90% quando comparado ao uso do combustível mineral”, afirma Liebsch.
Segundo ele, o novo combustível é similar ao biodiesel já comercializado no país porque ambos são provenientes de fontes renováveis. Porém, tecnicamente, os dois combustíveis são diferentes. “O diesel que produzimos a partir da cana tem as mesmas características técnicas do diesel de origem fóssil e, por isso mesmo, é possível garantir a total substituição do combustível sem alterações nos motores existentes”.
Testes de bancada realizados pela Mercedes-Benz comprovam isso. De acordo com Salvador Sanles, gerente de motores da montadora, nenhuma alteração de performance ou consumo foi verificado nos veículos movidos com 100% de diesel de cana.
“Não identificamos a necessidade de modificação no motor nem no plano de manutenção dos veículos com qualquer percentual de diesel de cana. Foi mantida a mesma potência, o mesmo consumo e, ainda, reduziu-se a emissão de poluentes”.
Os testes com 100% do novo combustível mostraram uma redução de 12% de material particulado e de 6% na emissão de NOX
(óxido de nitrogênio). Segundo o gerente da Mercedes, existem planos de ampliar o percentual do diesel de cana em testes de campo, mas ainda não há data prevista para a realização dos mesmos.
A redução das emissões não é a única vantagem do diesel de cana, garante a Amyris. Segundo a empresa, o combustível também não tem enxofre, o que ajuda ainda mais na melhora da qualidade do ar, reduzindo a emissão de particulados, possui motor diesel, e tem influência direta na partida e no seu funcionamento sob carga. Ainda mantém baixo ponto de névoa, que permite sua utilização em baixas temperaturas e a lubricidade dentro dos limites especificados para a proteção dos sistemas de injeção de combustível.
Para Itamar Lopes dos Santos, gerente de manutenção da Santa Brígida, ainda é preciso aguardar a finalização dos testes para verificar se não houve qualquer alteração nos componentes dos veículos, mas, segundo ele, “tudo colabora para a aprovação da nova matriz”.
O processo de produção do diesel de cana é muito similar ao do etanol. Em ambos, é utilizado o caldo da cana, mas no processo de fermentação do diesel, leveduras modificadas são capazes de produzir hidrocarbonetos (substância orgânica formada por átomos de carbono e hidrogênio) no
lugar de álcool. Como os hidrodestilação para eliminar algumas impurezas orgânicas”, explica Liebsch, da Amyris.
Numa segunda etapa do processo, após a purificação, é realizado um procedimento de saturação das moléculas, o que dá ao combustível as propriedades que o fazem adequado à distribuição, armazenamento e consumo nos veículos. A produção do diesel em escala comercial deve ser iniciada em 2012. A usina produtora será a São Martinho, em Pradópolis (SP). A previsão é que no primeiro ano sejam produzidos 50 milhões de litros do produto, podendo ampliar a capacidade para até 100 milhões de litros.
Nesse cenário, a cana-deaçúcar se apresenta, mais uma vez, como uma alternativa interessante aos combustíveis de origem fóssil. Depois do etanol se mostrar como uma opção à gasolina no abastecimento dos veículos leves, agora é a vez do diesel de cana ser uma opção ao diesel mineral no caso de ônibus e caminhões. O novo combustível foi desenvolvido pela Amyris,
empresa norte-americana que há três anos mantém sede em Campinas (SP), e já está sendo testado, em campo, desde julho deste ano.
O projeto é uma parceria com a Viação Santa Brígida, empresa de ônibus urbanos de São Paulo, a Mercedes-Benz, a SPTrans (Secretaria de Transporte da cidade de São Paulo) e a Petrobras. Para os testes que serão finalizados ainda este mês, foram selecionados seis veículos da Santa Brígida. Três deles foram abastecidos com uma mistura de 10% do diesel de cana e 90% do diesel metropolitano (B5 S50) e os outros três, com 100% do diesel metropolitano. Os veículos já rodaram até o momento, aproximadamente, 20 mil quilômetros pelas ruas da capital paulista.
De acordo com os resultados preliminares apresentados pelo diretor de marketing da Amyris no Brasil, Adilson Liebsch, o novo combustível foi capaz de reduzir entre 8% e 30% os níveis de opacidade dos gases de escapamento (indicadores da poluição causada pelos veículos) quando comparados aos veículos de referência utilizando somente o diesel fóssil. “Além disso, por ser de origem renovável, testes com diesel de cana puro mostraram redução de 12% nas emissões praticamente todos os gases de efeito estufa emitidos durante a sua produção e consumo são absorvidos na própria cadeia produtiva do combustível. Estimamos que a redução desses gases seja superior a 90% quando comparado ao uso do combustível mineral”, afirma Liebsch.
Segundo ele, o novo combustível é similar ao biodiesel já comercializado no país porque ambos são provenientes de fontes renováveis. Porém, tecnicamente, os dois combustíveis são diferentes. “O diesel que produzimos a partir da cana tem as mesmas características técnicas do diesel de origem fóssil e, por isso mesmo, é possível garantir a total substituição do combustível sem alterações nos motores existentes”.
Testes de bancada realizados pela Mercedes-Benz comprovam isso. De acordo com Salvador Sanles, gerente de motores da montadora, nenhuma alteração de performance ou consumo foi verificado nos veículos movidos com 100% de diesel de cana.
“Não identificamos a necessidade de modificação no motor nem no plano de manutenção dos veículos com qualquer percentual de diesel de cana. Foi mantida a mesma potência, o mesmo consumo e, ainda, reduziu-se a emissão de poluentes”.
Os testes com 100% do novo combustível mostraram uma redução de 12% de material particulado e de 6% na emissão de NOX
(óxido de nitrogênio). Segundo o gerente da Mercedes, existem planos de ampliar o percentual do diesel de cana em testes de campo, mas ainda não há data prevista para a realização dos mesmos.
A redução das emissões não é a única vantagem do diesel de cana, garante a Amyris. Segundo a empresa, o combustível também não tem enxofre, o que ajuda ainda mais na melhora da qualidade do ar, reduzindo a emissão de particulados, possui motor diesel, e tem influência direta na partida e no seu funcionamento sob carga. Ainda mantém baixo ponto de névoa, que permite sua utilização em baixas temperaturas e a lubricidade dentro dos limites especificados para a proteção dos sistemas de injeção de combustível.
Para Itamar Lopes dos Santos, gerente de manutenção da Santa Brígida, ainda é preciso aguardar a finalização dos testes para verificar se não houve qualquer alteração nos componentes dos veículos, mas, segundo ele, “tudo colabora para a aprovação da nova matriz”.
O processo de produção do diesel de cana é muito similar ao do etanol. Em ambos, é utilizado o caldo da cana, mas no processo de fermentação do diesel, leveduras modificadas são capazes de produzir hidrocarbonetos (substância orgânica formada por átomos de carbono e hidrogênio) no
lugar de álcool. Como os hidrodestilação para eliminar algumas impurezas orgânicas”, explica Liebsch, da Amyris.
Numa segunda etapa do processo, após a purificação, é realizado um procedimento de saturação das moléculas, o que dá ao combustível as propriedades que o fazem adequado à distribuição, armazenamento e consumo nos veículos. A produção do diesel em escala comercial deve ser iniciada em 2012. A usina produtora será a São Martinho, em Pradópolis (SP). A previsão é que no primeiro ano sejam produzidos 50 milhões de litros do produto, podendo ampliar a capacidade para até 100 milhões de litros.
Fonte: SóNotícias
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