Moradores da localidade de Enseada do Brito, em Palhoça, na Grande Florianópolis, foram surpreendidos na manhã desta segunda-feira. Motoristas e cobradores da empresa Paulo Tur paralisaram as atividades e fazem um manifesto ao lado do campo de futebol da comunidade, nas proximidades do posto da Polícia Militar.
A diarista Nazaré França, 47 anos, disse que a segunda-feira será um dia perdido já que, sem o transporte coletivo, ela não conseguirá ir trabalhar.
— Como recebo por dia, hoje não ganharei nada Não tenho como reverter isso. Desisto de esperar. Volto para casa para avisar a minha patroa que não terei como ir trabalhar.
Suzana Fernandes, 50 anos, é doméstica em São José. Também desistiu depois de esperar até às 8h3omin.
— Vamos fazer o quê? Quem tem como pegar carona dá um jeito. Eu não tenho como. Vou ligar para a minha patroa para avisar.
O encanador João Batista Martins, 46 anos, trabalha na reforma do Centro Integrado de Cultura (CIC). Depois de esperar por mais de duas horas pelo ônibus, a empresa na qual ele trabalha foi buscá-lo.
Os usuários do ponto, localizado em frente à igreja da localidade, reclamam que ninguém foi avisado sobre a paralisação.
A greve é parcial e motivada porque três funcionários teriam sido demitidos na semana passada.
O secretário de finanças e jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb), Díonisio Lendel, disse que manifestação ocorre para forçar uma negociação com a empresa.
A Paulo Tur foi procurada, mas não quis comentar o assunto.
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