Entre os grandes desafios de dirigir no Recife está a Avenida Agamenon Magalhães. Alguns motoristas dizem que se alguém for capaz de cruzar a avenida, em hora de rush, merece uma condecoração. Tanto pelo exercício de dirigir defensivamente - pois os cruzamentos da via com outras ruas e avenidas são um teste de atenção -, quanto pela lentidão do trânsito. Nos horários de pico, as velocidades médias são de 20,6 km/h (manhã) e de 16,3 km/ (noite).
"Essa Agamenon é uma prova de fogo", acredita o auxiliar administrativo Ubirajara Silva, 50 anos. Ele passa pela prova pelo menos cinco vezes por semana, quando se desloca de Rio Doce, bairro de Olinda, com destino à Zona Sul do Recife. E no sentido contrário. Experiência em dirigir na avenida Ubirajara tem. Mesmo assim, o auxiliar administrativo evita trafegar na via em horários de maior movimento ou assumir compromissos em diferentes pontos da avenida. "Procuro andar somente o que é indispensável", revela.
O caminho de Ubirajara ao trabalho coincide com parte do corredor PE-15/Ponte Paulo Guerra, analisado pela reportagem do Diario. No percurso, ele se depara com a Avenida Pan-Nordestina, onde o tráfego costuma fluir bem. A maior parte do melhor trecho do corredor para se dirigir, entretanto, fica de fora do roteiro de Ubirajara. É o de pistas triplicadas, que possui vias exclusivas para ônibus e outras destinadas aos demais veículos. Uma viagem por aí tem ares de passeio se comparada com o desafio imposto pelo girador do Complexo de Salgadinho, em Olinda, e a Agamenon Magalhães.
Do início da PE-15 ao Shopping Tacaruna, de manhã, podem ser feitas viagens a uma média de 30,6 km/h. Mesmo à noite, com o tráfego intenso, o percurso no sentido contrário ficou em 28,7 km/h. Lembre-se das "broncas" matinais do trânsito nos Bultrins, em Olinda, e das noturnas no semáforo ao lado terminal do Sistema Estrutural Integrado (SEI) da rodovia. O semáforo controla o acesso a Rio Doce e Jardim Atlântico. Superada a demora, argumenta o secretário de Transporte de Paulista Sérgio PinhoAlves, o que se vê é o exemplo de primeiro mundo. E que seja implantado em outros lugares da Região Metropolitana.
Fonte: Diário de Pernambuco
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