A frota do Distrito Federal vai circular com 25% menos ônibus nesta quinta-feira (17/6). Em reunião na manhã desta quarta (16/6), a diretoria do Sindicato dos Rodoviários decidiu, como forma de protesto, colocar os coletivos na ruas fazendo uma "jornada legal".
A partir da meia-noite de quinta, os rodoviários param de fazer a chamada meia hora - trabalho extra que varia de 30 minutos a quatro horas diárias. Contudo, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte do DF, a redução na frota será de 52%, e não 25%, porque as viagens extras correspondem a 52% da circulação nos horários de rush.
Segundo o sindicato, caso os rodoviários façam a operação, irão contra a decisão judicial que determina que pelo menos 60% das linhas circulem. Os horários de rush são entre 5h e 8h30 e 16h e 20h.
Segundo João Osório, presidente do Sindicato dos Rodoviários, o impacto do protesto poderá ser percebido no horário de pico, quando os ônibus deverão circular mais cheios. No entanto, Osório afirma que o prejuízo maior será dos empresários, que deixarão de lucrar nesse período.
Osório não descartou que os rodoviários façam algum ato ainda esta tarde. O presidente do sindicato da categoria afirmou ainda que haverá uma nova assembleia no próximo domingo (20/6), e que a greve geral da próxima segunda-feira (21/6) está mantida.
Reivindicações
Os rodoviários pedem um reajuste salarial de 20%, além da renovação do acordo coletivo, que garante tíquete alimentação, cesta básica, quinquênio, e jornada de seis horas corridas.
Até o momento, não houve nenhum tipo de acordo entre os rodoviários e empresários, que alegam não ser possível o reajuste sem aumentar o valor da passagem. Segundo João Osório, apenas o Governo do Distrito Federal pode afirmar se há real necessidade de cobrança de valores mais caros. "Mas até agora a postura do GDF é de não participação" nas negociações, afirma.
Fonte: Correio Braziliense
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