Sem o repasse dos R$ 6 milhões os postos da Fácil ficaram vazios nesta sexta-feira, dia 21. Nenhuma recarga será feita até que a verba seja liberada. A previsão mais otimista é de que isso aconteça só na próxima terça-feira (25).
Os deputados não votaram o projeto que transfere o crédito da Secretaria de Obras para a de Transportes. "Essa questão do Passe Livre vai dar cadeia. Porque o que estão fazendo nesta cidade, o dinheiro está sumindo pelo ralo da incompetência e provavelmente da corrupção. Isso vai dar cadeia”, afirma o deputado Paulo Tadeu, líder do PT.
O governo tentou garantir a colocação dos créditos antes da transferência do dinheiro, mas o decreto infringe a lei que determina primeiro o repasse dos recursos. Desde o início do Passe Livre foram liberados mais de R$ 23 milhões. Em fevereiro, R$ 7 milhões para pagar as passagens dos estudantes. Em março, 8,2 milhões e em abril, mais R$ 8 milhões.
Durante a audiência pública sobre mudanças na lei, Wagner Canhedo, dono de empresa de ônibus e da Fácil, disse que o recurso é insuficiente para arcar com o Passe Livre. “Foi aprovado nesta Casa uma despesa de R$ 19,5 milhões, por mês, para atender 150 mil estudantes mês. E qualquer um que souber fazer conta vai chegar a essa conclusão”, enfatiza o empresário do transporte. Esse valor não está especificado no projeto, apenas a quantidade máxima de passagens por mês: 54.
O que a lei determina é a apresentação pela Fácil de um demonstrativo mensal da utilização dos créditos, por cada estudante beneficiado. De abril para maio, o cadastro dos estudantes aumentou 30%. Wagner Canhedo disse durante a audiência pública que faz o relatório quinzenalmente.
Mas, de acordo com o governo, até hoje não foi feita nenhuma prestação de contas detalhada ao DFTrans. E a Corregedoria tem tido dificuldade, inclusive, em ter acesso ao banco de dados da Fácil para fazer a auditoria na empresa. Canhedo disse que apresentaria os números ainda hoje à Câmara Legislativa.
Fonte: DFTV
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