Os rodoviários de Belém podem entrar em greve na segunda semana de maio, caso a patronal não sinalize nenhuma negociação de reajuste salarial. Ontem estava marcada uma reunião entre os empresários e os rodoviários na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), mas a patronal não compareceu e a reunião foi cancelada.
A data-base para o reajuste salarial dos rodoviários é no próximo dia 1°, mas, segundo a categoria, até agora não houve nenhuma posição da patronal sobre a questão econômica. “Já nos reunimos cinco vezes com os empresários e negociamos 34 cláusulas. A única que ainda não foi discutida foi a econômica”, disse o secretário geral do sindicato, Cristian Vilhena.
Hoje, os rodoviários realizarão duas assembleias para decidir se começarão o movimento de greve ou não. “Tudo vai depender de uma resposta dos empresários. Se eles não nos procurarem, vamos começar a organizar nossa paralisação para a segunda semana de maio”, ressaltou Vilhena.
Os trabalhadores querem um reajuste de 12% em cima do salário base, o aumento do ticket alimentação de R$ 260 para R$ 350, além de auxílio hospitalar. O supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Roberto Sena, explicou que o valor que os rodoviários estão pedindo está abaixo do reajuste do salário mínimo.
Sena disse que os empresários devem estar esperando sair o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, para poder reajustar os salários dos trabalhadores. “O que os rodoviários estão pedindo está de acordo com a nossa estimativa do INPC. Por isso, é provável que eles acatem a proposta dos trabalhadores”.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setrans-Bel) foi procurado pela reportagem, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto. (Diário do Pará)
Fonte: Diário do Pará
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