Os destinos são inúmeros e variam desde a ida ao trabalho, à escola, ao hospital, fazer compras, visitar um amigo ou parente, e até mesmo para o lazer, como ir ao shopping, à balada. Seja qual for o destino, o deslocamento da maioria dos teresinenses atualmente é feito através de um transporte coletivo.
Diariamente 235 mil pessoas usam o serviço prestado pelos 500 ônibus que circulam na capital, o que resulta na marca de sete milhões de passagens contabilizadas mensalmente pelo SETUT (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina).
A responsabilidade de deslocar com segurança todos esses usuários cabe a homens e até mesmo mulheres que gostam e estão satisfeitos com o que fazem, cada vez mais presentes na vida dos passageiros, pois quem nunca programou um compromisso levando em conta quantos minutos passará dentro de um ônibus?
A responsabilidade de deslocar com segurança todos esses usuários cabe a homens e até mesmo mulheres que gostam e estão satisfeitos com o que fazem, cada vez mais presentes na vida dos passageiros, pois quem nunca programou um compromisso levando em conta quantos minutos passará dentro de um ônibus?
Muitos acreditam que os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina não passam de funcionários que são obrigados a exercerem a profissão porque precisam do salário, entretanto, para os responsáveis por conduzirem o transporte coletivo da cidade, levar e trazer o passageiro de seus destinos é mais que uma função, se trata de uma relação de compromisso e amizade.
Para estes funcionários o serviço feito durante o transporte de passageiros é também um local para fazer amizades, como é o caso da dona de casa Maria dos Santos, que trabalha como cozinheira há 30 anos em um quiosque do Mercado Central e todos os dias utiliza a mesma condução às seis horas manhã.
Para estes funcionários o serviço feito durante o transporte de passageiros é também um local para fazer amizades, como é o caso da dona de casa Maria dos Santos, que trabalha como cozinheira há 30 anos em um quiosque do Mercado Central e todos os dias utiliza a mesma condução às seis horas manhã.
“Após pegar tantas vezes o mesmo ônibus no mesmo horário, fiquei amiga do motorista e do cobrador, ao ponto de todos os dias levar uma garrafa de café para eles tomarem quando chegassem no ponto final, e quando eles voltam para fazer o percurso novamente devolvem a garrafa para minha filha. Mesmo quando acontecia o rodízio e eles tinham que mudar de linha, eu sempre deixava na banca de bombom que tenho a garrafa de café e minha filha entregava para eles. Fico triste quando o motorista ou cobrador de quem gosto mudam de linha e passam a trabalhar em outro bairro”, conta Maria dos Santos.
Em alguns casos a relação entre funcionário da empresa de ônibus e passageiro vai além da amizade. Foi o que aconteceu com o motorista José Altamir, que segundo ele conheceu o amor da sua vida durante o percurso que fazia diariamente na linha de ônibus para o bairro Santa Maria da Codipi, da empresa Emvipi, na zona norte de Teresina.
“Ela trabalhava como professora bolsista numa escola e todos os dias ela pegava o ônibus no mesmo horário. Sempre quando entrava, dava bom dia e passava na catraca, ficávamos depois trocando olhares pelo retrovisor, até que um dia trocamos o número de telefones e marcamos um encontro e desde esse dia estamos juntos. Temos dois filhos e me sinto muito feliz por conviver há 17 anos com minha esposa, Janaina Shirlei”, declarou o motorista.
Histórias como a de Altamir dificilmente acontecem, isso porque a relação entre funcionários e passageiros deve ser a mais profissional possível. Entretanto, motoristas e cobradores sempre presenciam amizades e namoros que acontecem dentro dos ônibus seja entre passageiros e funcionários ou entre os próprios passageiros.
“Com os estudantes é mais fácil acontecer uma paixão, quando os dois estudam em colégios distintos e trocam olhares dentro do ônibus, também há casos em que sempre nos perguntam onde determinada pessoa pega o ônibus, se conhecemos, e às vezes damos uma de cúpido e formamos os casais”, afirmou o cobrador Abrão da Silva.
“Com os estudantes é mais fácil acontecer uma paixão, quando os dois estudam em colégios distintos e trocam olhares dentro do ônibus, também há casos em que sempre nos perguntam onde determinada pessoa pega o ônibus, se conhecemos, e às vezes damos uma de cúpido e formamos os casais”, afirmou o cobrador Abrão da Silva.
Abrão conta ainda que os motoristas e cobradores de ônibus em Teresina conhecem a grande maioria dos passageiros que utilizam os ônibus, já que pegam a condução todos os dias nos mesmos locais e horários.
“Algumas pessoas que ao entrar no ônibus nos cumprimentam, perguntam como foi a noite, nos tratam muito bem, mas há ainda os passageiros que já sabemos que quando o ônibus atrasa três minutos, vão entrar reclamando e dizendo que está atrasado para o trabalho”, relata o cobrador.
“Algumas pessoas que ao entrar no ônibus nos cumprimentam, perguntam como foi a noite, nos tratam muito bem, mas há ainda os passageiros que já sabemos que quando o ônibus atrasa três minutos, vão entrar reclamando e dizendo que está atrasado para o trabalho”, relata o cobrador.
O motorista Francisco Miguel conta que na profissão além de amizades e amores que começam dentro dos ônibus, também já presenciou casos tristes, como assaltos, brigas de marido e mulher, passageiros que se sentem mal devido ao calor e até mesmo a morte de um deles, como o caso ocorrido em agosto do ano passado na linha viária 802, Conjunto Santa Fé via Avenida Maranhão.
“Joaquim entrou no nosso ônibus no bairro Saci e se sentou no fundo do veículo. Quando estávamos próximos ao Centro Administrativo, começou uma gritaria e pediram para eu parar o ônibus porque havia um senhor passando mal. Estacionei e todos desceram ajudando a carregar o homem, mas já era tarde demais. Foi tudo muito rápido. Ele sofreu um ataque fulminante", lamenta Francisco Miguel, que hoje trabalha na linha Teresina – Timon Conjunto Boa Vista via Ponte Nova, da empresa Dois Irmãos.
“Joaquim entrou no nosso ônibus no bairro Saci e se sentou no fundo do veículo. Quando estávamos próximos ao Centro Administrativo, começou uma gritaria e pediram para eu parar o ônibus porque havia um senhor passando mal. Estacionei e todos desceram ajudando a carregar o homem, mas já era tarde demais. Foi tudo muito rápido. Ele sofreu um ataque fulminante", lamenta Francisco Miguel, que hoje trabalha na linha Teresina – Timon Conjunto Boa Vista via Ponte Nova, da empresa Dois Irmãos.
Fonte: TV Canal 13
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