O presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar Gondim, reconhece que o Sistema de Integração Temporal em Fortaleza é confuso, mas lembra que se trata ainda de um projeto piloto. Segundo ele, há um estudo em andamento para melhorar o sistema integrado na Capital. ``Estamos criando alguns cenários para ver o que pode ser feito``, adianta o gestor.
Uma das possibilidades seria criar um modelo semelhante ao que é adotado em São Paulo, onde a integração é livre. Lá, o passageiro pode fazer até quatro viagens com um único bilhete. Não há combinações de linhas. O usuário pode subir em qualquer ônibus ou até mesmo no metrô. ``Estamos estudando as alternativas. Mas isso tem que ser feito com cautela. Liberar a integração como foi feito em São Paulo é arriscado.
Estamos avaliando os prós e contras``, comenta Ademar Gondim. O risco, segundo ele, seria a queda na arrecadação, que acabaria levando ao aumento da tarifa. ``Em São Paulo, a Prefeitura injeta R$ 90 milhões de reais para cobrir o sistema livre. Mesmo assim, a passagem custa R$ 2,70``, argumenta o presidente da Etufor.
Em Fortaleza, o valor da passagem é R$ 1,80. ``A gente não dá subsídio direto, mas reduz alguns tributos para conseguir manter esse valor``, diz ele. Ademar lembra ainda que a Integração Temporal é apenas uma das medidas tomadas pela Prefeitura para melhorar o sistema de transporte público.
``Na verdade, a integração maior é feita nos terminais de ônibus. Esse é o nosso diferencial. Além disso, temos a tarifa social aos domingos, a gratuidade para os portadores de deficiência. Nenhuma cidade tem todos esses aspectos``.
Fonte: O Povo online
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