Os usuários do transporte público em Goiânia e região metropolitana, teoricamente, são os primeiros do País a contar com um serviço via SMS que informa em tempo real quanto falta para o ônibus chegar a um dos 4 mil pontos de ônibus espalhados na capital e em cidades do entorno. Com investimento de R$ 50 milhões, o sistema foi amplamente divulgado para a mídia, diferente do que ocorreu com as recentes mudanças de itinerários.
A alta tecnologia, no entanto, é de difícil utilização por algo bem mais rudimentar. Para se usar o serviço, é necessário saber o número do ponto de ônibus, para ser informado pelo SMS o horário em que o veículo passará. A numeração dos pontos, feita com tinta comum, simplesmente não foi feita. Denício explica que houve um atraso no processo de licitação, mas que dentro de 60 dias estará pronto.
Questionado sobre o lançamento do sistema sem poder ser utilizado, ele alegou que a companhia estava com a expectativa de que a licitação sairia mais rápido, por isso lançou a campanha sem a sinalização.Quanto à central de atendimento 0800 648 2222, que sempre está com as linhas ocupadas, o Ministério Público já analisou esta questão e pediu providências, que, segundo os órgãos, já estão sendo corrigidas.
No início de fevereiro, outra mudança movimentou a vida dos os usuários do transporte coletivo, que foram pegos de surpresa pela CMTC, com as alterações de 27 linhas convencionais e 9 do Citybus. A falta de divulgação pelos órgãos gerou transtornos e reclamações, mas eles afirmam que as mudanças vão gerar melhorias.“As linhas se aglutinaram, não acabaram, mas aumentaram a oferta”, salienta Denício, que admite que houve falha na divulgação das mudanças, e que folders foram feitos, mas não atenderam ao público.
“Estamos intensificando este trabalho, pois o propósito é melhorar o sistema de transporte coletivo.”O presidente da CMTC, Marcos Massad, enfatiza que as alterações estão sendo revistas, de acordo com as reclamações, e serão readequadas. Para o diretor técnico da CMTC, Denício Trindade, a intenção é sempre facilitar a vida do usuário do transporte coletivo. “Estamos no caminho.
Reconhecemos que houve falhas no novo plano operacional, como a falta de uma comunicação maciça informando as alterações nas linhas. Mas observamos que passado o impacto da mudança, as pessoas estão se adequando às mudanças e até reconhecendo que muitas foram para melhor.”
Fonte: O Hoje
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