Os números de ônibus depredados na Região Metropolitana do Recife em dias de jogos de futebol são crescentes e preocupam entidades vinculadas ao transporte público em Pernambuco, além dos operadores - motoristas e cobradores - e passageiros, que terminam sendo os grandes prejudicados. Somente este ano, já foram 1.693 coletivos danificados e um prejuízo de R$ 628 mil durante as 81 partidas que aconteceram na Ilha do Retiro, nos Aflitos e no Arruda até o início de novembro. Dois motivos apontados como causa para tanto vandalismo são a audácia de "marginais travestidos de torcedores", nas palavras do presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, Dilson Peixoto, e a impunidade por parte da Polícia.
A quantidade de peças que sofreram avarias neste ano - 4.315 - já supera a de 2008, que foi de 3.155. No ano passado, 1.443 ônibus foram depredados, representando um prejuízo de R$ 386 mil. "Esses atos não só danificam o patrimônio, como também ameaçam a segurança de outras pessoas. A gente tem os motoristas e cobradores que, muitas vezes, passam por um sistema de absoluto vexame, de ameaça ou até de agressão mesmo, não só verbal, mas física", afirma Dilson Peixoto.
Para tentar conter a ação dos vândalos, o Grande Recife faz um relatório das depredações a fim de mapear as áreas de maior incidência desse tipo de crime. "Criamos um banco de dados e, em cima disso, identificamos os pontos onde ocorrem as depredações, inclusive com os horários, se antes ou depois do jogo", afirma o gerente de fiscalização Mário Sérgio.
O trabalho mostra que, neste ano, até outubro, as vias de maiores registros de depredação de coletivos são a Avenida Agamenon Magalhães (76 casos), Avenida Norte (75), BR-101 Sul (53) e as avenidas Rosa e Silva e Mascarenhas de Moraes, com 50 e 45 casos, respectivamente. Apesar desse mapeamento - compartilhado durante o ano passado com a Polícia Militar e com o Ministério Público de Pernambuco, sem resultado positivo -, o efetivo da polícia e a equipe de fiscalização do próprio Grande Recife não têm conseguido minimizar os atos de vandalismo.
A média de ônibus danificados em 2008, por jogo, foi de 25 veículos, com 55 peças destruídas. No geral, os baderneiros quebram janela, retrovisor, alçapão, luminária, estofamento de banco e parabrisa. "Eles estão prejudicando um patrimônio que serve a eles mesmos, serve à família deles", observa o gerente.
Ele chama atenção também que essa destruição se reflete junto a todos os usuários. "Infelizmente não é possível fazer a reposição de peças imediatamente, então, muitas vezes, esses ônibus não podem rodar no outro dia, prejudicando grande parte da população". Essas ações são definidas pelo presidente do consórcio como "relação esquisita, esquizofrênica, porque, na verdade, é como se o cara estivesse atirando no próprio pé".
Fonte: JC online
1 comentários:
Acho totalmente inaceitável a não punição por estes atos, e ainda mostra como anda hoje esses jovens, pois a falta de educação faz com que estes jovens possam se tornar tão irracionais, como que se não tivessem nada na cabeça a não ser de vou fazer que não vai da em nada mesmo, se eu quebro ou não quebro tanto faz, aí vem a impunidade que assume sua incompetência em dizer que ainda está mapeando as areás de maiores riscos, brincadeira.
Fabinho, São Goncalo-RJ
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