O Governo Federal, através do Ministério das Cidades, está elaborando o PAC da Mobilidade Urbana, com o objetivo de melhorar a infra-estrutura principalmente das cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014 e já vislumbrando as futuras Olimpíadas no Rio de Janeiro, caso a cidade seja escolhida pelo Comitê Olímpico Internacional.
A idéia, apesar do gancho esportivo, é dotar o País de um planejamento básico para que as grandes obras de transporte urbano possam seguir, isso em escala nacional. As obras deverão também ter um elaborado memorial descritivo antes de saírem do papel.O Ministério das Cidades está envolvendo tanto estados como prefeituras nas discussões sobre o tema na chamada "Conferência das Cidades", que neste ano está na sua quarta edição. No evento são discutidas ações, experiências e programas relativos a transporte coletivo urbano, meios alternativos de transporte nas cidades, tarifas dos serviços de transporte coletivo, acessibilidade, mobilidade urbana sustentável e políticas públicas para o setor.
Atualmente as conferências estão na fase municipal que deverá se estender até 15 de dezembro. A fase estadual prossegue até 1º de fevereiro de 2010 e a Conferência Nacional vai de 24 a 28 de maio do próximo ano. O esforço de cada ente envolvido nessa macro discussão será gigantesca para solucionar tantos problemas, principalmente nas chamadas metrópoles. Temos como exemplo, a maior cidade do País - São Paulo, que tem prejuízos de R$ 33 bilhões por ano, devido a falta de mobilidade urbana segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas. Se cada trabalhador fica entre duas e três horas por dia no trânsito, significa que ele perde pelo menos dois dias de trabalho por mês.O trânsito da cidade de São Paulo é comparado com o de cidades como Bangcoc (Tailândia), Pequim e Xangai (China), Cairo (Egito), Calcutá e Chennai (Índia) e Jacarta (Indonésia), considerados por especialistas, como os piores do mundo. A frota da capital paulista chega a 5,6 milhões de veículos.Outras capitais vivem, em proporções menores, os mesmos problemas enfrentados pela capital paulista. O Rio de Janeiro, com frota de 1,8 milhões, Belo Horizonte com 1,1 milhão, Fortaleza com 610 mil e Salvador com 568 mil são as de trânsito mais complicado. Manaus, com 383 mil veículos, sofre com o trânsito desordenado, principalmente na região central.
Brasília, com 1,09 milhão de veículos, foi planejada para carros. Praticamente sem calçadas, tem um sistema de transporte público deficitário, o número de ônibus é reduzido nos fins de semana e não há linhas especiais para os locais de lazer.
A exceção no Brasil, é Curitiba, com 1,15 milhão veículos, conta com um sistema de transporte público, controle urbano e de tráfego, que servem de modelo para outras cidades.
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