O atropelamento de uma idosa dentro do terminal da Lagoa, ocorrido na última quarta-feira, foi o primeiro acidente considerado grave em um dos sete terminais em 2009. Segundo a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), foram registrados outros quatro acidentes nesse período, todos no terminal do Papicu. As vítimas tiveram ferimentos leves. Em dois casos os usuários escorregaram ao descer do coletivo. O acidente de quarta-feira foi o primeiro caso de atropelamento. Filas desorganizadas, demora, superlotação e tumulto no embarque e desembarque trazem insegurança para a rotina de quem usa o transporte coletivo. A tensão é diária. Quem precisa passar pelos terminais nos horários de pico relata que as jornadas são motivo de estresse. O professor Januário Nascimento, 27, deixou de pegar ônibus no terminal de Parangaba e paga uma passagem a mais para evitar as confusões da fila. ``A minha noiva já machucou o pé por causa do empurra-empurra da subida``, relata. Mesmo nas filas preferenciais, idosos, gestantes e pessoas com crianças de colo não estão livres do aperreio. ``Às vezes o pessoal empurra pra tomar a frente. Até idosos fazem isso``, lamenta a aposentada Francisca Cruz, 79. Tudo pela disputa por um lugar para viajar sentado. O agricultor Antônio Pereira do Nascimento, 74, conforma-se. ``Pedir eu não peço. Muitas vezes tem um jovem (ocupando o assento preferencial), fazem cara feia``.
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