Governo de SP investe R$ 450 milhões em linhas da CPTM cujo plano é privatizá-las ** ** Bauru recebe 27 novos ônibus para transporte coletivo ** ** Número de passageiros do metrô de Salvador cresce 11,6% no 1º trimestre ** ** Governo de Sergipe isenta ICMS sobre óleo diesel para transporte público em Aracaju ** ** VLT Carioca passa a circular uma hora mais cedo ** ** Itajaí testará ônibus elétrico em frota do Sistema de Ônibus Local (SOL) ** ** Empresa quer linha de trem turístico entre Porto Alegre e Gramado; entenda o projeto ** ** Pagamento em Pix passa a ser aceito em todas as estações do metrô do Recife ** ** Siga nossa página no Facebook **
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Companhia Brasileira de Trens Urbanos. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Companhia Brasileira de Trens Urbanos. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Greve no metrô de BH deixa população a pé e trânsito caótico

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A população de Belo Horizonte e Região Metropolitana que utiliza o metrô para ir trabalhar ou estudar enfrenta dificuldades na manhã desta segunda-feira (14) devido a greve dos metroviários. Conforme a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), cerca de 215 mil usuários que utilizam, diariamente , o transporte na Capital podem ser afetados por causa da paralisação.

O movimento teve início a meia noite desta segunda. Desde então, todos os 25 trens estão parados e as estações totalmente fechadas. A falta do transporte público  também atrapalhou o trânsito nos principais corredores da cidade.

Na avenida Cristiano Machado houve lentidão, desde Venda Nova até o centro de Belo Horizonte. Trânsito ainda ficou impraticável no Anel Rodoviário, Via 240, Complexo da Lagoinha e avenda Tereza Cristina.
Também foi registrado aumento no número de passageiros nas estações BHBus do São Gabriel, Barreiro e Diamante. Houve tumulto no momento do embarque de passageiros nestes locais e alguns ônibus circularam superlotados.

Conforme a BHTrans, as linhas de acesso ao centro serão reforçadas e, para tentar minimizar o sofrimento dos usuários, já foram disponibilizados mais de 15 ônibus, das linhas 80 e 66.

A movimentação na estação Eldorado, em Contagem, foi mais tranquila. As empresas que fazem o transporte intermunicipal foram orientadas pelo Departamento de Estradas e Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) a criarem uma linha especial para facilitar o transporte de passageiros do Eldorado para a região Central, com paradas próximas as principais estações do metrô. A viagem que normalmente seria feita em 20 minutos passou a durar mais de 1 hora.

Segundo a CBTU, uma ação cautelar foi ajuizada, solicitando ao Tribunal Regional do Trabalho a garantia de uma escala mínima de funciomanento do metrô. A Companhia aguarda manifestação da Justiça na expectativa de uma imediata convocação de audiência entre as partes.

Em nota, a CBTU informou que a "paralisação dos metroviários ocorre no momento em que se negocia o acordo coletivo que vale para todas as operadoras do sistema. A decisão dos metroviários mineiros já foi comunicada à Administração Central da Companhia Brasileira de Trens Urbanos.  As negociações salariais transcorrem desde o inicio do ano, quando foi instalada uma mesa permanente de negociação pela direção da CBTU e as diversas bases sindicais de metroviários e ferroviários que representam seus empregados, inclusive os de Belo Horizonte."

Já o Sindicato dos Metroviários confirmou que os 800 funcionários, entre maquinistas, seguranças, mecânicos e agentes administrativos, não vão trabalhar, a menos que a Justiça ordene uma escala mínima. Eles pedem aumento do piso salarial de R$ 990 para R$ 1.700, além de melhorias no plano de saúde, vale-alimentação e auxílio-creche, o que teria sido recusado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos.

Uma nova assembleia para decidir os rumos da greve está prevista às 15 horas desta segunda, na Praça da Estação. 

Fonte: Hoje em Dia

READ MORE - Greve no metrô de BH deixa população a pé e trânsito caótico

Metrô do Recife registra sua 73ª ocorrência de quebra em 2019

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

A paralisação no sistema metroviário no Grande Recife, na última segunda-feira (26) e que afetou a linha centro do metrô, foi a 73ª ocorrida somente este ano segundo  a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o Metrô do Recife. O número de interrupções, de acordo com a CBTU, representa 0,80% de um total de aproximadamente 91 mil viagens que aconteceram de janeiro até última semana de agosto. Os problemas têm revoltado os passageiros que utilizam o serviço, que sofre com o sucateamento e a escassez de verbas.

Entre as 73 paradas, três resultaram em paralisações mais longas. A mais duradoura parou a linha Centro do metrô por quatro dias em julho passado. Entretanto não há uma estimativa de quantas viagens deixaram de ser feitas em dias de suspensão do serviço. A última interrupção ocorreu por causa de um curto circuito que danificou o cabo de transmissão na Linha Centro, prejudicando principalmente o ramal Camaragibe. Há suspeita de que tenha sido uma ação de vandalismo - uma rede de pesca, segundo a CBTU, foi jogada em cima de um trem e se enroscou no pantógrafo, equipamento que liga o veículo à rede aérea. 

De acordo com o superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos, Leonardo Villar, os serviços de manutenção estão sendo feitos dentro das limitações financeiras. “Estamos procurando trabalhar para minimizar estas estatísticas e fazer um comparativo com outras”, afirmou Villar, que também disse buscar alternativas para detectar os problemas antes que eles aconteçam. 

O superintendente informou que há um déficit de R$ 250 milhões nas contas da companhia. Segundo ele, cerca de R$ 7 milhões por ano são gastos com a manutenção do serviço. No orçamento anual, estava prevista a concessão de R$ 98 milhões, valor considerado baixo pela Companhia; entretanto, devido à contingenciamentos realizado por parte do Governo Federal, somente R$ 54 milhões foram liberados no início do ano, o que, de acordo com a CBTU, garantia o funcionamento até o mês de junho. De acordo com Villar, o restante do orçamento está sendo concedido de forma fracionada, em parcelas mensais de R$ 8 milhões. 

Nos dias de paralisação, e também no dia a dia, os usuários do transporte público metroviário enfrentam uma série de transtornos e reclamam constantemente dos serviços. “Ontem (terça) cheguei de 9h27 no trabalho para quem deveria pegar de 8h; isso é horrível.”, afirmou a atendente de caixa Adriana Luísa, 44. “Nós estamos sofrendo muito, o metrô quebrando sempre, quente, falta ar condicionado e temos problemas de segurança. Todos os dias nos dão uma desculpa diferente”, disse a operadora de caixa, que também falou sobre os aumentos na tarifa: “Se tivéssemos melhorias no serviço, os aumentos seriam justificados”.

Viajando diariamente de metrô da estação Jaboatão para a Central, no Recife, a técnica contábil Elisângela Oliveira, afirma que, “nos últimos meses, o sistema tem ido de mau a pior”. “Já tive dinheiro descontado no meu salário por conta de horas que perdi no transporte público. Fora o transtorno que temos com tumultos, violência e falta de estrutura”, disse.

O metrô do Recife foi inaugurado há 34 anos e atende aproximadamente 338 mil pessoas por dia. Cerca de 22 trens fazem em torno de 500 viagens por dia. No próximo dia 8 de setembro, a tarifa do metrô sofrerá reajuste de R$ 0,40, passando a custar R$ 3.

Informações: Folha de Pernambuco


Colabore com o Blog Clicando nos anúncios da página
READ MORE - Metrô do Recife registra sua 73ª ocorrência de quebra em 2019

Tempo de espera no metrô de BH é a maior entre principais linhas do país

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Qualquer semelhança com um trem metropolitano não é mera coincidência. Além da aparência antiga dos vagões, o metrô de Belo Horizonte tem o maior tempo de espera entre uma composição e outra nos horários de pico em comparação com os outros cinco os principais serviços do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre. Os usuários mineiros ficam entre 4 min a 7 min esperando o embarque nos momentos de maior movimento, o que é diferente dos modernos sistemas adotados em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde o intervalo entre viagens gira em torno de 2 minutos.

O metrô mais demorado depois do de Belo Horizonte é Recife, onde o tempo de espera é de 5 min durante o pico. Já nos demais horários, a capital mineira fica em terceiro lugar entre os que têm maior intervalo, com 10 min, atrás apenas de Recife, com 15 min, e Brasília, com 14. “A frota é muito antiga. Se tivéssemos uma modernização, a espera seria menor”, disse a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Alda Lúcia dos Santos.

Velocidade. A lentidão também é observada no ritmo empregado pelo metrô ao longo do trajeto, segundo engenheiros em transporte. A velocidade comercial – que é a velocidade média para a composição percorrer toda a linha, incluindo as paradas – gira em torno de 40 a 45 km/h nas maiores redes de metrô do Brasil e do mundo, segundo o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dimas Gazolla.

Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o metrô da capital mineira, informou, em nota, que a velocidade média da composição é de 38 km/h e que o tempo gasto para se fazer o percurso de 28,1 km da linha 1 – da estação Vilarinho à estação Eldorado – é de 44 min.

Porém, a reportagem de O TEMPO percorreu o trajeto completo da linha 1 e gastou 53 min – sem que houvesse qualquer parada atípica –, o que corresponde a uma média de 31,8 km/h. O mesmo ritmo foi observado nas demais viagens nos horários de pico. “O metrô da capital não consegue atingir uma velocidade maior porque não tem tecnologia de metrô, como dispositivo avançado de segurança, que permite a frenagem rápida em casos de acidente. Do ponto de vista técnico, ele é um trem urbano”, afirmou Gazolla.

Na prática. Durante o percurso feito pela reportagem, na semana passada, o tempo de intervalo entre um metrô e outro chegou a 6 min – às 7h36 saiu uma composição e só às 7h42 saiu a seguinte, na estação Vilarinho. Em outros momentos de pico, a espera girou entre 4 e 6 min. Já nos demais horários, a reportagem chegou a ficar 14 min aguardando o trem na estação Central – também sem que houvesse qualquer aviso de pane aos usuários –, o que lotou a plataforma.

A CBTU informou que a frota atual é de 25 trens, e a última renovação ocorreu em 2001. Cada composição comporta 1.026 passageiros. Por dia, o metrô transporta 230 mil pessoas.

Quanto à velocidade média, a companhia alega que o ritmo é semelhante a dos outros sistemas brasileiros, podendo ser até maior que a do metrô de São Paulo, “que opera com uma velocidade comercial de 33 km/h na linha Azul”. Já o metrô de São Paulo informou as composições transitam, no mínimo, a 40 km/h.

Melhorias

Reforço.  Em julho deste ano, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) implantou duas viagens a mais por sentido, no horário de maior movimento – entre 18h e 19h, o que aumentou em 20% a capacidade. 

Novos. A partir do segundo semestre de 2014, dez novos trens começam a circular na capital, e, com isso, a meta é reduzir o intervalo entre viagens e aumentar a velocidade máxima para 90 km/h. 

Estudo. A CBTU informou que está fazendo, ainda, testes para checar se é possível circular com trens acoplados durante o pico.

Levantamento

Dados. O Ministério das Cidades está elaborando um banco de dados sobre a qualidade e o desempenho dos metrôs do país e outros serviços de transporte público. Ainda não há data para divulgação.

Por Luciene Câmara
Informações: O Tempo
READ MORE - Tempo de espera no metrô de BH é a maior entre principais linhas do país

Metrô do Recife em estado de greve, sistema transporta mais de 400 mil pessoas por dia

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Os metroviários de Pernambuco decretaram estado de greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia da categoria realizada na noite desta quarta-feira pelo Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindimetro-PE). A mobilização, no entanto, ainda não interfere no funcionamento do metrô no Recife, que opera normalmente nesta quinta-feira.

De acordo com o sindicato, o estado de greve seria um alerta para que a CBTU/Metrorec fique atenta às reivindicações da categoria, que reclama da infraestrutura e dos problemas relativos ao planejamento de operação do sistema para 2016. Nesta quinta-feira, um documento será enviado à presidência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU/Metrorec) solicitando uma nova reunião para debater os problemas do metrô, como a possibilidade de paralisação do sistema por falta de verba.

Esta semana, a direção da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) manifestou oficialmente preocupação com a situação finaceira da companhia. No cargo há dois meses, o presidente da companhia, Marco Antônio Fireman, revelou que a receita operacional da companhia está comprometida em 90% e admitiu que a situação pode forçar uma paralisação dos sistemas por "incapacidade financeira". "Transportamos mais de 600 mil pessoas por dia, oferecendo um serviço essencial, o transporte de pessoas, em sua maioria de baixa renda, com uma tarifa social. É o único transporte social do Brasil, subsidiado em quase sua totalidade pelo Governo Federal. Precisamos mostrar o valor que a Companhia representa para as cidades onde opera e reverter essa situação o mais rápido possível”, apelou Marco Fireman.

De acordo com a companhia, o Grande Recife Consórcio de Transporte tem, desde 2013, uma dívida com a CBTU no valor total de R$ 48 milhões referentes à falta de repasse das passagens que têm integração entre ônibus e metrô. O débito significa uma média acumulada de R,3 milhões por mês ou 16% da receita que deixam de ser recebidos.

Em nota, a CBTU acrescentou que tem uma dívida histórica com a Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social (Refer) no valor aproximado de R$ 2,6 bi. O débito estaria em análise pela Procuradoria Geral da União (PGU), com  possibilidade de acordo por parte da União. Entretanto, a ação cautelar movida pela Refer contra a CBTU garante uma penhora no valor de R,5 milhões mensais, comprometendo 54% da receita líquida operacional da empresa.

Esses dois casos, somados a outras penhoras no valor de R,8 milhões mensais (20% da receita), comprometem quase toda a receita operacional da CBTU. Sobram apenas 10% da receita para a Companhia cumprir com as suas obrigações e operar os seus sistemas. Atualmente, a CBTU opera os sistemas de transporte de passageiros nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal, como agente do Governo Federal.

Informações: Diário de Pernambuco

READ MORE - Metrô do Recife em estado de greve, sistema transporta mais de 400 mil pessoas por dia

Metrô de BH chega a sua capacidade máxima com 200 mil pessoas

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) admitiu ontem o que os usuários vêm sentindo há algum tempo. O Metrô de Belo Horizonte chegou a seu limite e está com a sua capacidade esgotada. Com a media diária de 167 mil passageiros, em dias úteis, até o ano passado, os trens da capital bateram recorde de lotação e já operam, neste ano, no limite de 200 mil pessoas de segunda a sexta-feira.
Levantamento feito pela CBTU, a pedido de O TEMPO, mostrou que, comparados os meses de abril de 2010 e deste ano, o aumento no número de passageiros chegou a 670.241. Em janeiro de 2011, a média diária de passageiros foi de 128.976. Três meses depois, as roletas da CBTU já marcavam 156.071 usuários. No dia 23 de novembro do ano passado, quando um temporal atingiu a capital, a CBTU contabilizou 220 mil passageiros.
A empresa admite que, nos horários de pico - entre 6h30 e 7h30 e 18h30 e 19h30 -, não há mais espaço para embarques de passageiros, além do que vem sendo registrado desde janeiro deste ano.
Na comparação entre o acumulado do primeiro quadrimestre de 2010 (janeiro a abril) com o mesmo período deste ano, são 2,4 milhões a mais de passageiros circulando pelos 28,2 km que separam as estações do Eldorado (Contagem) e Vilarinho, em Venda Nova. Um crescimento médio de 16,2%. Somente entre 2009 e 2010, a empresa já havia registrado aumento de 37% na demanda.
A CBTU não tem um estudo sobre os motivos do crescimento no número de usuários, mas credita a obras, inauguração da Cidade Administrativa e qualidade precária do transporte coletivo dos ônibus a migração para os trens. "Sabemos que a implantação da Cidade Administrativa (sede do governo), as obras na Antônio Carlos e na Cristiano Machado e o trânsito lento e carregado têm trazido as pessoas para o metrô. É um crescimento natural e espontâneo, já que a qualidade do transporte por ônibus não é boa", justificou o gerente regional de operação, Fernando Pinho.
Na capital, a CBTU descumpre até mesmo uma recomendação de organizações internacionais do setor, que limitam em seis pessoas o número de passageiros por metro quadrado nos vagões. Neste ano, apenas em janeiro, período de férias escolares, a meta não foi descumprida. Em abril (dado mais recente), o índice de distribuição do espaço foi de 7,67 pessoas por metro quadrado. "É uma taxa de conforto teórica, mas temos que cumpri-la".
Nesse cenário, o que não faltam são reclamações. "Às vezes, evito pegar o metrô de tão lotado que está", disse o funcionário público Nilson Silva, 34, usuário do transporte há dez anos. Para ele, a qualidade não é mais a mesma.
Faltam vagões e sinalização
Na mesma proporção em que o número de passageiros aumenta, o atraso da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) na gestão do metrô da capital fica mais evidente. A falta de vagões e a precariedade na sinalização tornaram ainda mais complicada a situação do transporte, o que a própria empresa reconhece. "Precisamos de mais trens e de ampliação na sinalização", disse o gerente regional, Fernando Pinho.
A empresa afirma não ter verba para investir mais e reduzir o atual intervalo entre as viagens de quatro para dois minutos, nos horários de pico, medida tida como ideal para diminuir o caos no metrô. "Faltam investimentos".
Para o diretor-presidente da ONG Rua Viva e ex-presidente da CBTU, João Luiz da Silva Dias, o metrô da capital está ultrapassado. "Faltam novas estações e trens. Desde 2007, pedimos verba, mas ainda não veio". (RRo)
Fonte: O Tempo
READ MORE - Metrô de BH chega a sua capacidade máxima com 200 mil pessoas

Em nova assembleia, metroviários do Recife decidem manter 100% da greve

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Contando com a presença de aproximadamente 100 metroviários, assembleia realizada na noite desta quarta-feira (08) decidiu pela continuidade da greve total do serviço, sem aceitar proposta da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para que 30% do metrô do Recife voltasse a funcionar.

A assembleia aconteceu após audiência mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6). A sessão começou por volta das 14h30 e teve mais de quatro horas de duração. Sem conciliação, a CBTU apresentou proposta de funcionamento com um terço do serviço, circulando em horários de pico e sem rodar aos domingos. Ainda no tribunal, a categoria fez ajustes nos horários sugeridos pela empresa, mas, quando submetida à assembleia, a proposta foi rejeitada.

"A gente colocou uma proposta na audiência, contra a proposta da CBTU, mas em assembleia os metroviários decidiram mater a greve 100% e por tempo indeterminado. A gente pede que a população compreenda a nossa luta, que não é por salário, mas por segurança. Nesses dois dias, a CBTU não apresentou propostas concretas e por isso a categoria não considerou que houve avanços. Do que adianta rodar 30% do serviço e correr riscos mesmo assim?", disse Diogo Morais, presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindimetro-PE).

Na quinta-feira (9), representantes do Sindimetro-PE terão uma reunião com a presidência da CBTU, no Rio de Janeiro, a partir das 14h. "Espero que a gente seja recebido, para ver se a administração central apresenta alguma proposta. Os encaminhamentos serão repassados para a direção do Sindicato, que ficará aqui para fazermos nova assembleia, às 18h", informou Morais.

Outros pontos acordados na audiência de conciliação, caso a proposta de funcionamento de 30% tivesse sido aceita, foram a redução da multa à cateogoria -- de R$ 800 mil/dia para R$ 50 mil/dia -- e a suspensão do julgamento que estava marcado para a próxima sexta-feira, no pleno do TRT. Com a manutenção da greve, esses acertos perdem a validade. O tribunal deve expedir ainda esta noite uma nova decisão a respeito da paralisação.

Categoria quer mais segurança
Os metroviários entraram em greve para cobrar reforço na segurança das estações de trem para passageiros e funcionários. A categoria diz que pede providências desde 2012 para conter a onda de assaltos e furtos no sistema e a CBTU não apresenta propostas concretas. Nenhum trem circulou no Grande Recife nesses dois dias, prejudicando cerca de 400 mil passageiros. O G1 percorreu avenidas, estações e terminais de ônibus e viu paradas e coletivos lotados e o sufoco vivido por muitos passageiros.
Vandalismo nos dias de jogos

Mobilização
O Sistema de Trens Urbanos do Recife é operado em quatro linhas férreas, com extensão total de 71 quilômetros, abrangendo os municípios do Recife, de Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e do Cabo de Santo Agostinho. Ao todo, são 39 estações. A Linha Centro é a que tem maior demanda e estações mais inseguras, de acordo com o Sindicato dos Metroviários.

Nesta quarta, os grevistas prometem fazer mobilização, a partir das 19h, na central de manutenção do metrô, no bairro de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, para tentar envolver os operários do setor no movimento.

Os metroviários afirmam que assaltos ocorrem com frequência dentro e fora das estações. Segundo eles, caixas eletrônicos atraem o interesse de quadrilhas armadas. "Desde 2012, a gente vem discutindo esse problema da segurança e a CBTU só realiza paliativos, nenhuma solução definitiva. Em fevereiro deste ano, a CBTU apresentou algumas propostas e o documento foi assinado em audiência no TRT [Tribunal Regional do Trabalho], mas nada foi cumprido. Nesta última semana, a empresa também deu sugestões, mas nada concreto, por isso, votamos pela paralisação", disse Diogo Morais.

Ele acrescentou que as estações Santa Luzia, Werneck, Floriano e Engenho Velho estão entre as mais inseguras por terem movimento de passageiros relativamente pequeno, o que facilita a ação de bandidos devido à falta de policiamento ostensivo.

Ainda segundo Morais, em assembleia realizada no último dia 30 de setembro, trabalhadores da área de segurança apresentaram um número preocupante: este ano já foram notificadas 1.600 ocorrências nas estações de metrô, entre assaltos, vandalismo e agressões. Ele lamenta que a população não registre queixa nas delegacias.

"Nós temos esse problema de subnotificação também dentro da categoria. Os servidores já estão acostumados a fazer relatórios de ocorrência e não obter resposta da empresa. É preciso registrar o B.O. porque isso dificulta até o planejamento da empresa para combater o problema", comentou Diogo Morais.

A segurança da parte interna do metrô é de função da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A CBTU informou que, de janeiro a outrubro deste ano, foram registrados apenas quatro assaltos em trens, sendo três na Linha Centro e um na Linha Sul. Já furtos ou tentativas foram 17 na Linha Centro. Na área externa das estações, foram três roubos em terminais da Linha Centro e um da Linha Sul. O telefone da ouvidoria do Metrorec/CBTU para sugestões e reclamações é o (81) 2102-8580.

Em nota, a Polícia Militar (PM) informou que realiza policiamento ostensivo no entorno das estações do metrô da Região Metropolitana do Recife com homens a pé e motorizados, com carros e motos. O órgão afirma que faz operações com abordagens e aponta que a falta de formalização e informação sobre os delitos dificultam a ação da PM na identificação e prisão de criminosos. O telefone da corporação para registrar ocorrências é o 190.

Informações: G1 PE

READ MORE - Em nova assembleia, metroviários do Recife decidem manter 100% da greve

Em BH, CBTU anuncia compra de 10 trens e diminuição do intervalo entre as viagens no horário de maior demanda

sábado, 18 de agosto de 2012

Reduzir o intervalo entre viagens no horário de pico para três minutos. Essa será a realidade, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), em Belo Horizonte, assim que a frota de 25 trens que leva 215 mil passageiros todos os dias entre as estações Vilarinho, em Venda Nova, e Eldorado, em Contagem, tiver mais 10 composições. O edital que prevê a contratação de novos trens para todo o país já está pronto e deve ser publicado nos próximos dias. No entanto, o novo superintendente da CBTU em BH, Nilson Tadeu Ramos Nunes, admite que, depois da publicação, o projeto pode demorar até 43 meses, ou três anos e meio, para ser concluído. A compra prevista para Belo Horizonte está avaliada em R$ 211 milhões e, além de diminuir o intervalo no pico, pode possibilitar que mais vagões sejam acoplados às composições, aumentando a oferta de lugares para os passageiros, de acordo com a empresa.

“De imediato, a compra de carros vai aumentar a oferta em 50%. Mas a ideia é aumentar em 100%, mudando de quatro carros por trem para oito no pico. As estações já foram dimensionadas para esse tipo de operação, mas ainda serão necessários alguns ajustes”, diz Nilson Tadeu Ramos Nunes, no cargo desde o dia 3. Segundo ele, o reforço da linha 1 é a primeira ação de sua gestão, pois o gargalo de passageiros nos horários de pico é muito grande e precisa de melhorias.

Atualmente, a composição em Belo Horizonte, que serve a única linha de metrô existente na capital (Vilarinho/Eldorado), com 28 quilômetros de extensão, é composta de 25 trens. Cada trem possui quatro carros de passageiros, sendo dois motores e dois reboques. No horário de pico, segundo a CBTU, os intervalos entre as viagens variam de quatro a sete minutos. Com a aquisição das 10 composições, o tempo de espera vai cair para três minutos de intervalo entre a passagem de um trem e o próximo. Ainda será possível operar com composições maiores, que podem ser de oito carros, dobrando a oferta para os passageiros.

Usuário do metrô de segunda a sexta-feira para se deslocar até o trabalho, e eventualmente nos fins de semana, para ir até a Arena Independência, o analista de sistemas Ricardo José Ferreira Zannato, de 34 anos, espera um melhor atendimento nos horários de pico há anos. “Entrar em um dos vagões do metrô no fim da tarde é impossível, fica lotado. E o fato de ficar tão cheio também significa um calor insuportável. Precisamos de mais conforto com muita urgência”, afirma Zannato. Ele é morador do Bairro São Paulo, Nordeste de BH, trabalha na Cidade Industrial, em Contagem, na Grande BH, e por isso o transporte mais viável é o metrô. Zannato mora próximo à Estação Minas Shopping e trabalha perto da Estação Cidade Industrial. “É um sistema muito rápido, mas não é porque é mais veloz que temos que nos sujeitar a condições insalubres”, desabafa o analista de sistemas.

Plano de ação
 Há menos de um mês no cargo, Nilson Tadeu Ramos Nunes, que foi cedido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para exercer a nova função de superintendente da CBTU na capital, afirma que pretende implementar algumas medidas à frente do órgão. “A principal prioridade é a Linha 1 e a adequação da demanda à capacidade. Também pretendo estreitar os laços da empresa com a UFMG, por meio de duas parcerias que vão contribuir para a evolução técnica do órgão”, explica Nunes.
Segundo ele, uma das iniciativas é um programa de capacitação de profissionais, desde a base do sistema até o topo, ou dos mestres de linha até os engenheiros ferroviários. “Precisamos repor o conhecimento que sai do processo com as aposentadorias e capacitar cada vez mais todos os envolvidos. As pessoas passam nos concursos, mas, muitas vezes, não entram com a capacitação adequada, tanto no nível médio quanto no superior”, diz o superintendente.

O outro programa que ele pretende adotar em BH para se tornar um exemplo para todo o país é de desenvolvimento tecnológico na UFMG. “Somos altamente dependentes de tecnologia externa quando o assunto é o transporte metroferroviário. Temos uma universidade preparada que se encontra entre as melhores no ramo das patentes. A ideia é começar desenvolvendo pequenos componentes e evoluir para todo o sistema,” acrescenta.
Alerta para gargalos na expansão

O novo superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Belo Horizonte, Nilson Tadeu Ramos Nunes, reforça os alertas já feitos pela empresa com relação aos projetos de expansão do metrô divulgados pela Trem Metropolitano S. A. (Metrominas), empresa criada pelo governo estadual para desenvolver e implementar os novos projetos. Nunes acha muito complicada a implementação das linhas 2 (Barreiro/Calafate) e 3 (Savassi/Lagoinha) como vem sendo divulgado. Para ele, a ligação Barreiro/Calafate é um caminho que ficaria pela metade, além de jogar em um sistema que já sofre com gargalos uma demanda muito grande de passageiros vindos do Barreiro.

“O Barreiro é uma região importante e é um de nossos objetivos dentro do contexto da Linha 1. Mas ainda estamos levantando todos os projetos antigos para saber o que é viável ou não”, diz o superintendente. Ainda segundo ele, uma das possibilidades é criar um ramal que conecte a região à já existente linha 1. Sobre a conexão subterrânea prevista para ligar Savassi e Lagoinha, ele aponta problemas. “É complicado pensar nesse trecho dessa forma, por conta da manutenção. Como seriam levados os trens até o pátio do São Gabriel para reparos ou consertos?”, acrescenta o professor.

Parceria
Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), a Metrominas foi criada com o objetivo de ser o novo órgãos gestor do metrô na Grande BH, em parceria com a iniciativa privada. De acordo com a Setop, ficou acertado que a linha 1 será transferida do governo federal para o estadual e a operação de todo o sistema ficará a cargo da nova empresa.


READ MORE - Em BH, CBTU anuncia compra de 10 trens e diminuição do intervalo entre as viagens no horário de maior demanda

No terceiro dia de greve, metrô de BH operou com 88% de passageiros

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Nesse terceiro dia de greve dos metroviários, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) registrou a movimentação de cerca de 57 mil passageiros, entre 5h20 e 8h30, número que corresponde a 88% da demanda normal registrada nos dias úteis. As pessoas estão mais atentas sobre a escala mínima que está sendo cumprida pelos grevistas e voltaram a usar o sistema.

Os trens rodam normalmente nesse turno da manhã e de 17h às 19h30, de segunda-feira a sexta-feira. No sábado, o metrô vai funcionar apenas de 5h30 e 9h e as composições não vão circular domingo. O Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) cumpre operação mínima exigida pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) sob pena de multa de R$ 30 mil.

Segundo a CBTU, o sistema operou nesta manhã com capacidade de 21 trens e o intervalo entre as viagens é de 4 a 7 minutos, que é o mesmo praticado nos horários de pico da operação regular. Durante toda a escala especial de operação, o metrô realizará cerca de 160 viagens, considerando os dois horários programados para a circulação de trens.

De acordo com Alda Lúcia, não há novidades na negociação com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Os metroviários reivindicam reajuste salarial de 5,74%, participação nos lucros e resultados, adicional noturno de 50%, além de plano de saúde. De acordo com o sindicato, a CBTU se recusa a aumentar os salários e definiu manter congelados os benefícios dos trabalhadores, como os auxílios transporte e alimentação.


READ MORE - No terceiro dia de greve, metrô de BH operou com 88% de passageiros

Novo trem do metrô do Recife chega em novembro para integrar aos novos terminais

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A chegada, no próximo mês de novembro, do primeiro trem de um pacote de 15 veículos comprados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) dará o pontapé inicial na série de mudanças na Linha Sul do metrô do Recife. Os outros 14 trens serão entregues até o fim de 2013.

O investimento da aquisição dos 15 novos trens foi de R$ 196 milhões, ou seja, cada veículo custou R$ 13,06 milhões. Os equipamentos vão inaugurar uma nova fase no metrô do Recife. “O que chega em novembro vai integrar a Linha Sul do metrô. Essa foi uma decisão estratégica, já que dois terminais estão aguardando  para serem inaugurados, mas nada impede que o trem também seja usado na Linha Centro”, explicou o assessor da superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (STU/REC), Leonardo Beltrão.

De acordo com o presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, Nelson Menezes, a inauguração dos dois terminais está diretamente ligada à chegada dos trens. O alerta da capacidade esgotada da linha Sul, com a atual frota de trens, somente com a inauguração do Terminal Aeroporto, foi suficiente para o estado frear a inauguração dos dois terminais. A versão só foi finalmente divulgada depois que o próprio governador Eduardo Campos admitiu as razões do “atraso” para a entrega dos terminais.

A previsão é que os 15 trens sejam entregues até fevereiro de 2013, mas antes de serem liberados eles precisam passar por testes. A expectativa é que os testes não demorem tanto como os do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), que faz a linha Cajueiro Seco/Cabo de Santo Agostinho. O equipamento se encontra em testes nos finais de semana com o uso de passageiros, depois de passar um bom tempo carregando sacos para simular o peso da carga, mas durante a semana o trem díesel volta a circular. 

O bancário Marcelo Queiroz, 30 anos, usa o metrô do Recife diariamente e aguarda as mudanças com ansiedade. “Apesar de considerar o transporte público da cidade um dos melhores entre as capitais do Nordeste, acho que a chegada de novos trens será fundamental para a Copa do Mundo”, afirmou.

Informações: Diário de Pernambuco e Blog Mobilidade Urbana

Siga o Blog Meu Transporte pelo Facebook
READ MORE - Novo trem do metrô do Recife chega em novembro para integrar aos novos terminais

Licitação de projeto do VLT de Natal fica para maio

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Apontado como parte da solução na mobilidade urbana da Grande Natal, o sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) ainda não tem data prevista para começar a funcionar. A licitação do projeto executivo, que tinha sido anunciada para este mês, ficou para maio. Ontem, o assunto foi debatido em uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) deve começar a receber, no próximo mês, os 12 VLTs e as duas locomotivas adquiridos com R$ 154 milhões do PAC Equipamentos, do Governo Federal. O superintendente da CBTU,  João Maria Cavalcanti, vai hoje (8) ao Ceará, para acompanhar a montagem dos equipamentos. Todo mês, dois veículos devem ser entregues. Eles fazem parte da primeira das quatro etapas.

Outros R$ 311 milhões já foram garantidos pelo PAC Mobilidade para readequação das linhas férreas que já existem, além de reforma de construção de estações (serão 30) e construção de três viadutos, para evitar maior interferência dos trens sobre o trânsito. 

Exaltado pela CBTU e lideranças políticas, o projeto sofreu críticas do professor da Universidade Federal do RN (UFRN), especialista em trânsito, Rubens Ramos.  “Natal terá uma tecnologia 50 anos atrasada. Um trem urbano deve conviver com a  sociedade, parar no sinal, como os carros e ônibus, e estar interligado a bicicletários. Natal, no passado, era uma cidade de vanguarda, mas hoje está atrasada. A Europa não compraria mais VLTs como esse”, afirmou Ramos.

O professor ainda questionou o fato dos veículos usarem diesel como combustível.  Técnica da CBTU responsável pelo projeto, a arquiteta Dulce de Albuquerque afirmou que os trens comprados para as próximas fases podem ser elétricos, dependendo dos projetos com as prefeituras. “Por agora, estamos aproveitamos parte da estrutura que já temos, que é da União”, pontuou.

Apontado como parte da solução na mobilidade urbana da Grande Natal, o sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) ainda não tem data prevista para começar a funcionar. A licitação do projeto executivo, que tinha sido anunciada para este mês, ficou para maio. Ontem, o assunto foi debatido em uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) deve começar a receber, no próximo mês, os 12 VLTs e as duas locomotivas adquiridos com R$ 154 milhões do PAC Equipamentos, do Governo Federal. O superintendente da CBTU,  João Maria Cavalcanti, vai hoje (8) ao Ceará, para acompanhar a montagem dos equipamentos. Todo mês, dois veículos devem ser entregues. Eles fazem parte da primeira das quatro etapas.

Outros R$ 311 milhões já foram garantidos pelo PAC Mobilidade para readequação das linhas férreas que já existem, além de reforma de construção de estações (serão 30) e construção de três viadutos, para evitar maior interferência dos trens sobre o trânsito. 

Exaltado pela CBTU e lideranças políticas, o projeto sofreu críticas do professor da Universidade Federal do RN (UFRN), especialista em trânsito, Rubens Ramos.  “Natal terá uma tecnologia 50 anos atrasada. Um trem urbano deve conviver com a  sociedade, parar no sinal, como os carros e ônibus, e estar interligado a bicicletários. Natal, no passado, era uma cidade de vanguarda, mas hoje está atrasada. A Europa não compraria mais VLTs como esse”, afirmou Ramos.

O professor ainda questionou o fato dos veículos usarem diesel como combustível.  Técnica da CBTU responsável pelo projeto, a arquiteta Dulce de Albuquerque afirmou que os trens comprados para as próximas fases podem ser elétricos, dependendo dos projetos com as prefeituras. “Por agora, estamos aproveitamos parte da estrutura que já temos, que é da União”, pontuou.

Informações: Tribuna do Norte
READ MORE - Licitação de projeto do VLT de Natal fica para maio

Projetos para trens de passageiros somam R$ 85 bi

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O visual futurista e imponente do trem-bala tem ofuscado um movimento que, com bem menos barulho, começa a ganhar força por todo o país. Depois de ter sido abandonado há mais de 40 anos, o transporte ferroviário de passageiros volta à cena, impulsionado, em boa parte, pelos projetos da Copa do Mundo de futebol de 2014 e da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.

Levantamento feito pelo Valor sobre as iniciativas em fase de estudo ou já em andamento no país em torno desse tipo de transporte, englobando desde linhas de metrô, trens regionais e interestaduais, até monotrilhos e os chamados "veículos leves sobre trilhos (VLTs), um tipo de bonde mais moderno, muito usado em várias cidades europeias, mostra que o setor vai movimentar R$ 85 bilhões nos próximos cinco anos. Os dados foram apurados com órgãos do governo, agências reguladoras e associações do setor.

Na semana passada, o Ministério dos Transportes reuniu em Brasília um grupo de empresários e representantes do setor para discutir o assunto. O governo já está em poder de uma lista de lista de obras prioritárias, que prevê a criação de 14 trens regionais (tráfego feito dentro de um único Estado), espalhados pelo país. Não se trata de trens com vocação turística. São percursos regulares, com saídas diárias. Essa relação - resultado de um pente-fino feito Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 64 trechos potenciais - é formada pela reativação de partes de estradas de ferro que não foram concedidas à iniciativa privada na década de 90 e que se encontram abandonadas.

Entre os projetos (ver arte ao lado) estão linhas como a de Campinas a Araraquara (São Paulo); Pelotas a Rio Grande (Rio Grande do Sul); Recife a Caruaru (Pernambuco); e Santa Cruz a Mangaratiba (Rio Janeiro). Juntas, essas linhas somam 1,3 mil quilômetros (km) de malha, o que não é pouca coisa. Hoje, se um passageiro quiser chegar a seu destino no país por meio de uma malha ferroviária regular, terá à disposição restritos 930 km de malha, extensão que já contabiliza todas as linhas de metrô e trens regionais em operação no país.

"Os trechos entre Bento Gonçalves a Caxias do Sul (RS) e de Londrina a Maringá (PR) já estão em fase avançada de estudos de viabilidade econômica", diz Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

A expectativa é que mais projetos sejam viabilizados ainda neste ano. Além dos trens regionais de passageiros, há uma lista de mais 15 projetos de VLTs no forno. O VLT é um equipamento com características de metrô, mas de média velocidade e com capacidade reduzida. Enquanto uma linha de metrô carrega, em média, 60 mil passageiros por hora/sentido, um VLT, normalmente formado por dois vagões, transporta cerca de 30 mil no mesmo período.

Hoje o único VLT em operação no país circula nos trilhos de Cariri, município próximo a Fortaleza. Os pedidos desses bondinhos já fechados em todo o país, no entanto, já chegam a 140 carros, um pacote que custará cerca de R$ 500 milhões. Há encomendas de Recife, Maceió, Sobral, Macaé, Arapiraca e Brasília.

Para os trajetos mais curtos, Estados e municípios têm apostado nos monotrilhos. De acordo com dados da Abifer, atualmente há 378 carros já encomendados para esses projetos, o que vai movimentar R$ 1,44 bilhão só em equipamentos.

Hoje usam diariamente o transporte ferroviário no país cerca de 7,7 milhões de passageiros. A capital paulista é, de longe, o maior mercado, cuja capacidade, como já é conhecido, está acima do limite a muito tempo. Somadas as malhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do metrô, circulam por São Paulo 6 milhões de passageiros por dia. Trata-se de uma das malhas de metrô mais densas do mundo. Basta destacar que os 70 km atuais do metrô de São Paulo carregam 3,7 milhões de pessoas por dia, enquanto o metrô de Londres, que tem 413 km de malha, transporta diariamente 3,5 milhões de passageiros.

No Rio de Janeiro, as linhas de ferro são usadas por aproximadamente 1,2 milhão de passageiros diariamente. Cerca de 130 mil trafegam por metrô em Brasília e as demais 370 mil em outras cidades do país.

Indutores da maior parte dos novos projetos, os jogos da Copa do Mundo e Olimpíada já colocaram na pauta do Paraná a construção de uma linha de metrô em Curitiba. Em São Paulo, a meta é que os 230 km atuais de malha - somando 160 km da CPTM - cheguem a 420 km até 2014.

No Orçamento da União previsto para a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), foram reservador R$ 9 bilhões para iniciativas associadas ao setor de passageiros. A retomada dos investimentos no setor já resultou, inclusive, na fundação de uma nova associação. Acaba de ser criada em Brasília a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos). Rodrigo Vilaça, atual diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), vai acumular o cargo de diretor-financeiro da instituição. O papel da associação, diz Vilaça, será o de levar à gestão pública federal e estadual a necessidade de dar espaço para a entrada da iniciativa privada. "Vamos atuar junto à CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) e aos metrôs estaduais para que dividam as operações por meio de concessão", comenta. "É a melhor alternativa para disseminar rapidamente o acesso das pessoas a esse transporte."

Fonte: Valor Econômico OnLine

Share |
READ MORE - Projetos para trens de passageiros somam R$ 85 bi

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Como os trens de alta velocidade estão modernizando e desenvolvendo a Ásia

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

NOVO BRT RIO


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

VLT no terminal Gentileza


Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960