Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil *** Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil *** Em Fortaleza, Cartão Bilhetinho garante gratuidade para mais de 51 mil crianças *** No DF, Mais 171 linhas de ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro *** Novo modelo de ônibus elétrico, 2 toneladas mais leve, é testado em Porto Alegre *** Metrô do Recife dá um passo a frente para a privatização *** GDF pretende renovar a frota de metrô com investimento de R$ 900 milhões *** Conheça nossa página no Instagram

Em São Paulo, Frota de ônibus tem idade média acima do limite

domingo, 14 de agosto de 2011

Bancos desconfortáveis, poluição e até cordinha azul para dar o sinal --desativada há muitos anos. A idade avançada da frota de ônibus urbanos da capital não está só na aparência. A média de vida dos coletivos de concessionárias é de cinco anos e cinco meses, segundo a SPTrans (que administra o transporte público), cinco meses mais do que o previsto em contrato com as empresas.

Relatório do TCM (Tribunal de Contas do Município) revela que oito empresas começaram o ano com idade média de veículos acima de cinco anos. Ao todo, nove das vinte garagens da concessão --ou 45%-- estavam em desacordo.
Passageiros dos terminais Santana, Tatuapé e Parque Dom Pedro, nas zonas leste, norte e centro de SP, reclamam de barras mal fixadas e ônibus quebrados.

SPTrans diz renovar frota

A SPTrans informa que a frota de ônibus da capital é renovada de forma "constante" e que 10.992 dos 15.000 veículos foram substituídos entre 2005 e 2010. De acordo com a empresa, não há nenhum ônibus com mais de dez anos circulando na cidade, com exceção dos trólebus, que possuem vida útil maior.

Já a idade média dos ônibus em regime de permissão, a maioria micro-ônibus, é de três anos e seis meses, diz a SPTrans. A empresa informa ainda que irá encaminhar esclarecimentos ao Tribunal de Contas do Município sobre o relatório.
Com relação à linha Vila Rosa/Santana, cujos ônibus, segundo passageira, quebram frequentemente, a SPTrans informa que a fiscalização será intensificada.
A empresa municipal ressalta que todos os ônibus do sistema passam por vistoria pelo menos duas vezes ao ano, e que essa periodicidade pode aumentar conforme a necessidade e os resultados dos trabalhos. Todos os ônibus, diz a SPTrans, passam por inspeção veicular. Questionadas, as empresas não se manifestaram.



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Metrô de São Paulo quer atender 50% a mais em 2014

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) quer fazer do transporte público de massa uma de suas principais bandeiras de governo. Na terceira passagem pelo Palácio dos Bandeirantes, o tucano, em menos de sete meses, já anunciou sete grandes projetos de Metrô e trens da CPTM. Além disso, prometeu, em Jundiaí, um trem de média velocidade para ligar a cidade do interior à capital em 25 minutos. Hoje, o trajeto de cerca de 60 quilômetros dura, em média, uma hora e cinquenta minutos.

Somados, os investimentos nesse setor chegam a R$ 18 bilhões. Para se ter uma ideia do volume de recursos, neste ano o estado tem R$ 21,2 bilhões reservados para investimentos.

Em 2013, o estado deve começar ainda a ligação entre a capital e o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, de trem. A linha da CPTM vai da estação do Brás, no Centro, até o aeroporto internacional. A Linha 13-Jade vai ser um prolongamento da Linha 12-Safira. O custo estimado chega a R$ 950 milhões.

"Nossa meta é chegar a nove milhões de passageiros transportados por dia ao final de 2014", diz Alckmin. Hoje, seis milhões de pessoas usam o Metrô ou a CPTM todos os dias.

Além de atacar um dos maiores problemas dos paulistanos e moradores de cidades vizinhas que trabalham na capital, Alckmin mira também municípios governados hoje pelo PT, como São Bernardo, Osasco e Carapicuíba, na Grande São Paulo, e bairros carentes excluídos do mapa do transporte sobre trilhos e de predominância petista, como Sapopemba, São Mateus e Cidades Tiradentes, na Zona Leste, e Capão Redondo, na Zona Sul.

"Nós vamos ultrapassar os cem quilômetros de Metrô", projeta. Hoje são 70 quilômetros de vias. A extensão da CPTM chega a 40 quilômetros. Há 15 dias, o governador retomou as obras da Linha 5-Lilás, atualmente entre Capão Redondo e Largo Treze, em Santo Amaro, na Zona Sul, e que vai até a Estação Chácara Klabin, na Linha 2-Verde. O trecho, orçado em cerca de R$ 7 bilhões, será a obra mais cara do Metrô.

Outro projeto que saiu do papel é a Linha 17-Ouro, que fará a ligação do Aeroporto de Congonhas até a Estação Morumbi da CPTM. Antes prioridade por conta da provável abertura da Copa do Mundo de 2014 no estádio do São Paulo, a obra perdeu força no ano passado após a exclusão do Morumbi do Mundial. Mesmo assim, o investimento de R$ 1,3 bilhão foi mantido. A expectativa é inaugurar o primeiro trecho até maio de 2014, antes, portanto, da Copa. E, em 2015, entregar as segundas e terceiras fases, que vão passar sobre o Rio Pinheiros até chegar a Linha 4-Amarela na Estação São Paulo-Morumbi.

Nova tecnologia
O Metrô contratou uma empresa especializada  para fazer o prolongamento da Linha 2-Verde.  Serão usadas fôrmas de alta tecnologia para a fabricação de trilhos de concreto que serão usados no monotrilho. O trecho entre Cidade Tiradentes e a Vila Prudente será feito em 50 minutos.

Linhas diretas para a capital são prioridades
As linhas diretas dos municípios da região metropolitana com a capital também entraram no mapa de prioridades da gestão estadual. A promessa é construir um Metrô Leve do ABC (Veículo Leve Sobre Trilho), com 20 quilômetros de extensão, para ligar São Bernardo e São Caetano à Estação Tamanduateí do Metrô  na capital. Anunciada num "território" do PT, a obra de R$ 4,1 bilhões deve ser licitada  em 2012.

Já o Expresso ABC vai levar os passageiros à capital com mais rapidez. Com menos paradas (seis estações), vai ser implantado paralelamente à Linha 10-Turquesa da CPTM. Sairá de Mauá, passando por Santo André, São Caetano, Tamanduateí, Brás e Luz.

"Estamos agora com quatro obras do Metrô ao mesmo tempo (Linha 2-Verde, Linha 5-Lilás, Linha 4-Amarela, Linha 17-Ouro), mais uma da CPTM (Linha 8-Itapevi). Vamos começar a Linha 6, da Freguesia do Ó, a extensão da Linha 9 até Varginha, a Linha 13 até o aeroporto e o Expresso ABC. Ano que vem vão ser oito obras em conjunto", projeta o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

Há ainda  um estudo para criar uma linha direta entre Pinheiros e Barueri. Os 20,8 quilômetros teriam somente quatro estações  com tempo de viagem estimado de 20 minutos -  hoje o passageiro fica 35 minutos dentro do trem e ainda é obrigado a fazer uma baldeação (troca de trem). O projeto é iniciar essa obra em 2013 e terminá-la em dois anos. "É uma tônica para fazer com que o trem seja mais eficiente", explica Jurandir.

Para o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda,  os novos trajetos vão permitir uma melhor distribuição dos passageiros na rede, reduzindo a lotação nas principais linhas. "O desafio é criar as alternativas de trajeto.  (O investimento) vai significar mais gente, mas mais bem distribuída dentro da rede, tendo mais opções de trajeto e de conexões. Portanto, será uma operação com mais conforto para o passageiro e mais opções para o usuário", explica.

Novos trens vão substituir frota antiga
Recentemente, o Metrô
comprou 33 novos trens, ao custo de R$ 1 bilhão, que já estão circulando nas Linhas 1-Azul (sete composições), 2-Verde (16) e 3-Vermelha (dez carros). Foram adquiridos também 14 trens novos para a Linha 4-Amarela, operada pela concessionária ViaQuatro.

R$ 1 bi
foi o valor gasto pelo Metrô com as 33  composições

Vagões velhos também serão reformados e  modernizados
Os 98 trens das frotas originais das Linhas 1-Azul e 3- Vermelha serão modernizados até 2014. Outros 15 serão
comprados para as linhas 1, 2 e 3, segundo o governo. Já foi autorizada a compra de 26 novos trens para a Linha 5-Lilás.

Linhas 8 e 7 da CPTM ganham mais carros nos próximos anos
A CPTM também terá investimentos em novas composições. A Linha 8-Diamante vai ganhar 36 trens, a Linha 7-Rubi terá 80% da frota renovada e os 20% restantes reformados, firma o secretário de Transportes, Jurandir Fernandes.


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Em Goiânia, Começam as obras em terminal de Aparecida

Começa a reforma do Terminal Araguaia, em Aparecida de Goiânia. Segundo a prefeitura, a obra será realizada com o terminal em funcionamento. A proposta da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) é de que em até 45 dias as obras sejam finalizadas.

Segundo a prefeitura, o terminal vai contar com serviços como maior acessibilidade às plataformas, bicicletário com 20 vagas, além de grades de proteção em toda a área e sanitários reformados. As instalações e a comunicação visual devem ser renovadas e a segurança deverá ser feita por 16 câmeras com vigilância 24 horas.

Os motoristas também devem ser beneficiados com uma sala de 20 metros quadrados para o descanso, um projeto que atende, segundo a prefeitura, todas as exigências do Ministério do Trabalho.

Os sanitários devem oferecer mais conforto e higiene para o passageiro e, como a reforma deve acontecer com o terminal em uso, o consórcio da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (Rmtc) optou por locar banheiros químicos durante período obras.

A venda de passagens terá um local específico dentro da estação durante a reforma. O usuário está sendo orientado por agentes de transporte para que o período de obras corra de maneira tranquila.

Segundo a prefeitura de Aparecida de Goiânia, a parte externa também deve receber uma nova sinalização que será implantada pela Secretaria Municipal de Trânsito (SMT). Devem ser realizadas, ainda, manutenção no asfalto e jardinagem nas proximidades.

O terminal Araguaia atende cerca de 33 mil passageiros por dia com uma frota de 56 ônibus. Moradores da região contam com uma linha Eixo, nove alimentadoras e três ônibus que fazem ligação com outros terminais.

Fonte: G1.com.br

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Início de obras em grandes vias muda trânsito de Salvador

Intervenções viárias em vários pontos de Salvador, com o investimento de R$ 1,3 milhão. Este foi o anúncio feito, na última sexta-feira (12), pela Prefeitura Municipal para amenizar os engarrafamentos que aborrecem diariamente os motoristas.
De acordo com o superintendente de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), Alberto Gordilho, o projeto foi elaborado pela equipe técnica do órgão e será executado, em três etapas, pela Superintendência de Conservação e Obras Públicas
(Sucop).
Na etapa inicial, três obras estão em andamento: o alargamento da pista e a construção de um recuo para ônibus na Avenida ACM, na altura do Hiper Posto, nos sentidos Lucaia e Iguatemi; a criação de um recuo para parada de ônibus na Avenida Suburbana, próximo ao viaduto do Lobato; e a criação de uma agulha (desvio para uma via paralela)  na Avenida Bonocô, em frente ao posto Mataripe, para evitar  o afunilamento da pista no sentido Iguatemi.

Xando Pereira | Agência A TARDE
Ao todo, 24 pontos da cidade sofrerão mudanças e a previsão da Transalvador é de que a primeira etapa seja concluída em 40 dias. Outras seis intervenções estão no cronograma, com previsão de início  em setembro. Os locais são  Avenida Tancredo Neves; próximo ao supermercado Makro; Stiep; Av. Paulo VI (Pituba),  Av. Otávio Mangabeira, Ogunjá e Largo do Luso (Plataforma). 
“As três etapas devem ser concluídas até o final do ano. São pequenas intervenções que visam melhorar a circulação de ônibus na cidade, principalmente no Subúrbio. Na Bonocô existe um grande gargalo que deixará de existir com o alargamento da pista”, salienta Gordilho, reforçando que nesse primeiro momento não haverá nenhuma mudança no trânsito.


Fonte: A Tarde Online

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Natal: Urbanista aponta caminhos da mobilidade urbana

Imagine uma cidade praticamente sem carros particulares rodando pelo seu centro, com ruas de calçada larga e em que quase todos andam de trem ou ônibus. É assim que, pelo menos em parte, o arquiteto e urbanista suíço-canadense Luc Trottier, especializado em arquitetura sustentável e mobilidade urbana, pensa como seria o ideal para ser viver. "Eu sei que é praticamente impossível viver sem carro, mas isso seria ótimo em vários sentidos", ponderou Luc, durante entrevista realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Pós-graduado na França, Luc Trottier veio a Natal em companhia da esposa e acabou aceitando o convite do Departamento de Políticas Públicas da UFRN, para proferir a palestra, que superlotou um auditório no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) e mais uma sala de aula, que transmitia o encontro ao vivo, via internet. O estudioso se baseou na sua tese de mestrado, chamada "Arquitetura e mobilidade -repensar a composição urbana da ótica de uma mobilidade durável.

Inimigo da presença do carro particular nas cidades, durante a palestra e em entrevista concedida à reportagem de O Poti/Diário de Natal Luc trouxe à tona diferentes - e inovadores - conceitos sobre densidade e mobilidade urbana, defendendo exatamente o contrário do senso comum e do que ocorre na maioria das cidades de todo o planeta. "A solução para uma melhor mobilidade é encurtar distâncias, favorecendo o pedestre. Há de ser ter uma maior concentração populacional para promover qualidade de vida, além de uma melhora no trânsito. Cidades como Paris, com mais de 20 mil habitantes por quilômetro, e Barcelona (16 mil habitantes por km²) são excelentes cidades para se viver, mesmo com a alta concentração de pessoas", explicou o arquiteto e urbanista. O adensamento, no entanto, deve ser orientado, pois, de acordo com ele, a construção de arranha-céus não é o caminho e sim o investimento em quarteirões.

Partindo da lógica de que tendo tudo mais perto, aliado a preferência das ruas para o pedestre e não para o carro, o cidadão irá preferir andar, ao invés de usar o carro - o vilão, em vários sentidos, para Luc Trottier. "A aceleração da urbanização nas cidades nos últimos 50 anos criou uma fragilidade nas cidades e falta de uma reforma no setor de transporte, o único a não mudar na história recente, favoreceu a situação atual das cidades. Este setor é o único que continua em um gasto crescente de energia, enquanto todos os outros consomem menos a cada ano", afirma Luc. Segundo ele, a presença maciça do carro como transporte em todo o mundo causa enorme impacto tanto na ecologia como na economia, tornando-o um fator dominante nas cidades.

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Tarifas dos ônibus intermunicipais da Paraíba foram reajustadas

O Conselho Executivo do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), reunido nesta sexta-feira (12), autorizou o reajuste das tarifas dos ônibus intermunicipais. O índice ficou definido em 9% para as empresas que operam o transporte na região metropolitana – Bayeux, Santa Rita, Cabedelo e Jacumã – e 10% para os transportes de características rodoviárias, além de 11,11% para o transporte hidroviário entre Cabedelo e Costinha.

O superintendente do DER, Carlos Pereira, informou que o último reajuste tarifário concedido pelo órgão foi em fevereiro de 2010 e, que, ao aprovar o aumento nas passagens, o órgão rodoviário responsável pela administração do transporte coletivo intermunicipal do Estado, pactuou com as empresas responsáveis pelo transporte de passageiros, a melhoria no sistema, que inclui – dentre outros pontos – a renovação da frota, o cumprimento dos horários, o respeito às gratuidades e abatimentos já concedidos e o bom atendimento aos usuários.

As novas tarifas entraram em vigor à zero hora deste sábado (13) e as tabelas com as novas tarifas das principais linhas da região metropolitana e do interior do Estado estarão disponíveis nos guichês das empresas dos terminais rodoviários de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira e Cajazeiras, administrados pelo DER, bem como nos outros terminais operados pelas prefeituras.

A Resolução do Conselho Executivo do DER, que deliberou sobre o reajuste, está publicada na edição deste sábado do Diário Oficial do Estado. 

Informações: Secom-PB
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Dilma exige responsabilidade nos projetos de mobilidade urbana, apenas Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba estão dentro do prazo

sábado, 13 de agosto de 2011

O Palácio do Planalto mandou avisar: está acesa a luz amarela do PAC da Copa,  quanto aos prazos de entrega das obras de mobilidade urbana,  consideradas como herança benigna do maior evento do futebol mundial. Alguns projetos estão tecnicamente condenados por problemas de orçamento básico.

Mais técnica que política, a presidente Dilma Rousseff quer todas as obras previstas dentro de um cronograma de metas o mais rápido possível. Dos 55 projetos apresentados para captação do dinheiro do Fundo de Garantia, via Caixa Econômica Federal, apenas 38 foram contratados. O governo federal tem R$ 7,8 bilhões para financiar as obras, mas alguns projetos estão sendo reprovados. Mesmo os projetos contratados podem ter sua abrangência reduzida dramaticamente, caso a obra não seja entregue até dezembro de 2013.

O motivo para a rejeição de mais de 31% das propostas é a falta de competência técnica das prefeituras e governos estaduais que compõem as 12 sedes da Copa-2014, na elaboração correta das propostas e plano executivo das obras.

Em entrevistas, a presidente vem usando a chamada vacina contra o descrédito da população, afirmando que “todas obras serão entregues no prazo previsto”. Mas nos bastidores de Brasília, nove  pessoas estão dobrando o horário para estudar as planilhas na Secretaria de Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades.  A chefe do grupo, Luiza Gomide, tem deixado de almoçar para cumprir a meta de consolidação dos dados.

“Acho que os projetos foram feitos com alguns problemas na origem: falta de análise para licenciamento do Ibama; falta de análise de custos  sobre desapropriações  e reassentamentos urbanos. É um problema de cultura, mesmo. Nós estamos aprendendo com tudo isso, mas a presidente quer datas e responsabilidade na execução das obras. Vamos atende-la”, explicou a diretora executiva da Secretaria de Mobilidade Urbana, órgão que existe desde 2003.

Dois casos merecem destaque especial e devem cair na malha fina do Planalto: Cuiabá e Salvador. A primeira sede apresentou projeto de corredor expresso de ônibus a um custo de R$ 323 milhões, com financiamento de 95% por parte da Caixa Econômica Federal (FGTS).  Agora, surgiu um projeto de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) com preço muito mais alto o tempo para finalizar as obras é curto.

Na avaliação do ministro do Esporte, Orlando Silva, nenhum projeto que tenha custo alterado será beneficiado pelo PAC da Copa. “ Esses governos municipais e estaduais deverão procurar outras fontes de financiamento. O governo quer a data limite de 31 de dezembro de 2011 para liberar o dinheiro de mobilidade urbana da Copa. As obras que puderem ser entregues até dezembro de 2013 ficarão no pacote. Quem não puder, ficará de fora do PAC”, explicou Orlando Silva.

Luiza Gomide conhece esses projetos de cor:  “Salvador e Cuiabá estão mudando os projetos. Nada temos contra o transporte VLT mas duas perguntas precisam de respostas  imediatamente: esses projetos podem ser entregues no prazo? Qual a maneira mais apropriada de fecharmos essa planilha de reponsabilidade sobre a obra toda? Estamos refazendo essas perguntas nessa consolidação de dados, pedida pelo Planalto”, comentou a diretora executiva, Luiza  Gomide.
Quatro sedes sem projetos

Brasília iniciou a formatação de dois projetos de mobilidade urbana a um custo R$ 364 milhões com 95% de financiamento pela CEF.  Um dos projetos tentaria montar a estrutura para operação do VLT em seis quilômetros de extensão com quatro estações. O segundo projeto iria melhorar o acesso ao aeroporto pela rodovia DF 047. Nada disso foi aprovado até agora. Manaus também apresentou dois projetos de monotrilho a um custo de R$1,3 bilhão para 20 Kms de extensão, 9 estações e 10 trens.  A CEF bancaria 42%, mas nada foi contratado até o momento porque o projeto não cumpre todo o protocolo de viabilidade ambiental e social.

Natal  parece ser o caso mais emblemático de incapacidade técnica para formatar um projeto de grande magnitude. O estádio é o mais atrasado de todas as sedes. As obras de mobilidade urbana foram desenhadas em 3 projetos para melhoria das vias públicas e construção de viadutos.  Tudo a um custo de R$ 441 milhões, com financiamento de 85% por parte da CEF. Nenhum projeto atende as exigências básicas do  Ministério das Cidades.

Recife aparece com 5 projetos  para a construção de um corredor de ônibus, melhorias urbanas, viadutos e metrô.  Custo de R$ 880 milhões  com 76% de financiamento federal. Nada foi contratado até agora.

Fortaleza montou sete projetos entre VLT e corredores de ônibus (BRT). O custo total chega a R$ 562 milhões, com financiamento federal de 72%. Apenas 2 projetos estão contratados mas o quadro de execução também é crítico.

Na opinião da diretora executiva da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, o governo vai mudar sua atitude a partir do programa que beneficiará cidades com mais de 700 mil habitantes. “Para evitar problemas de orçamentos tecnicamente comprometidos como no PAC da Copa  por falta de inclusão de vários itens como impacto ambiental e reassentamento urbano, exigiremos isso com antecedência”, explicou Luiza Gomide.

O programa de aceleração de crescimento para as 25 cidades com mais de 700 mil habitantes vai liberar R$ 18 bilhões para obras de transportes urbanos, nos próximos meses. “Nós vamos financiar o desenho do projeto. O prefeito terá de cuidar de seu plano diretor e seguir o protocolo a partir de suas necessidades estratégicas. Alguns projetos do PAC da Copa estão com contas abaixo do necessário. Agora, a soma não bate”, concluiu Gomide.

Por Raul Rodrigues
Portal Uol Notícias

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Baixada Santista ganha 60 ônibus novos para o sistema de Transporte Metropolitano

O governador Geraldo Alckmin entregou, ontem, mais 60 veículos para o sistema de Transporte Metropolitano da Baixada Santista, completando um total de 201 novos ônibus que foram entregues entre janeiro e agosto deste ano. O sistema é gerenciado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/SP). Os veículos substituirão parte da frota das empresas Piracicabana e Breda.


Do total de 201 carros, as empresas permissionárias que atuam na Região Metropolitana da Baixada Santista já entregaram, nos últimos meses, 141 ônibus zero-quilômetro. A nova frota inclui micro-ônibus e ônibus rodoviários para operação de linhas seletivas e ônibus urbanos, para circular nas linhas comuns. O investimento total das empresas na aquisição dos 201 veículos é de R$ 66,4 milhões.




Segundo o governo paulista, 73% do sistema será composto por ônibus totalmente acessíveis às pessoas com deficiência, que contarão com elevador para cadeira de rodas e espaço reservado no interior. Também há uma área especial para pessoas com deficiência visual e seus cães-guia. Os bancos reservados aos passageiros especiais serão diferenciados pela cor amarela. Uma das novidades, segundo o governo, é o maior conforto para todos os passageiros.

Os bancos terão assentos e encosto estofados, os vidros serão climatizados de forma que a temperatura ambiente poderá ser regulada, além de diminuírem o volume de ruídos. Outro item são os ventiladores de teto.



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