De acordo com a Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel), as 40 empresas que prestam serviços de transporte coletivo na cidade de Belém e o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel) começaram a receber, nesta quarta-feira (16), as notificações com a ordem de serviço.
O diferencial na regulamentação da lei, além da gratuidade, é a quantidade de ônibus que serão disponibilizados para circular com a catraca liberada nos domingos estabelecidos pela CTBel. Normalmente a frota que circula de segunda a sexta é de aproximadamente 1.400 veículos, enquanto que aos domingos esse número é reduzido em 50%. Porém, nos dias de gratuidade, as empresas terão que disponibilizar os 100% da frota para atender com qualidade toda população de Belém.
Para o prefeito de Belém, Duciomar Costa, esta é uma medida que beneficiará toda a população. “Belém possui vários atrativos de lazer e diversão, que nem sempre são devidamente explorados pela população. A gratuidade, em pelo menos um domingo do mês, será um incentivo a mais para sair de casa e aproveitar o que há de bom na cidade” diz. "Há muitos que trabalham também aos domingos. Vamos facilitar a vida dessas pessoas", completa.
É o caso, por exemplo, de Iranilde Cabral, que gasta duas passagens de ônibus diariamente, inclusive aos domingos, para se locomover de sua residência ao trabalho. “Será muito bom se isso realmente acontecer. Sou cozinheira e necessito do transporte coletivo todos os dias. Já dá para economizar um dinheirinho, e isso sempre é bom”, ressalta dona Iranilde.
Para Manoel Miranda, que gasta em torno de R$7.50 com passagens por dia, a gratuidade é muito bem-vinda. Ele é segurança de uma casa de show da cidade e todos os dias pega quatro ônibus para trabalhar. “Trabalho também aos domingos, e essa alternativa irá com certeza fazer com que eu economize uns trocados, além de que não irei esperar tanto nas paradas, o que acontece normalmente com a frota reduzida” explica.
Para as pessoas que não costumam andar de ônibus nos domingos, a alternativa é bastante atrativa e interessante. “Quem sabe isso não servirá de incentivo para sairmos de casa e passear pela cidade, é uma maneira prática e econômica” ressalta a arquiteta Ana Alencar, que acredita que essa opção irá privilegiar bastante a classe baixa, além de incentivar as pessoas a saírem de casa e aproveitar as áreas de lazer que a cidade oferece. (Comus)